terça-feira, 7 de abril de 2020

A CHINA E SUA ECONOMIA ABRANGENTE (A propósito de um artigo de 2011)




Não estou conseguindo entender o que se passa. Da China, tudo está indicando, eclodiu a COVID-19. Surpreendentemente se livrou logo da pandemia contabilizando pouco mais de 3.000 mortos, num país onde prevalece áreas de precária higiene e falta de alimentos. Lá se come tudo o que se mexe, insetos, ratos, morcegos, animais exóticos, e domésticos como cães e gatos, todos esfolados ao vivo num ambiente de muita crueldade.

Pois bem, “resolvendo” a pandemia em seu território assim com muita facilidade, é à China que o mundo agora recorre em busca de máscaras, respiradores e quaisquer outros equipamentos médicos e de proteção. Aos milhões de unidades.

Donald Trump que encarava a China com valentia, diante das dificuldades na obtenção de tais produtos, não acusa mas a acusa de ser a origem da pandemia. Ele busca resignada e avidamente tais equipamentos e paga bem por eles… à China.

Nada de especulações baratas porque essas grassam por aí, mas há algo de humilhante nisso tudo.

Em artigo de 29.08.2011 eu me perguntava quando a China ultrapassaria economicamente os Estados Unidos e isso se dando, pergunto hoje, qual serão os efeitos sobre o mundo democrático?

Então, o saudoso jornalista Daniel Piza que escrevia no Estadão sobre cultura e arte, como se respondesse a um artigo anterior que escrevera sobre o mesmo tema responde de modo ríspido à hipótese. Mas, sempre numa linha de demonstrar sua preferência por tudo que deu, dava e ainda dá a cultura americana, completo eu.

O artigo é, como disse, de 2011. Havia, então, naqueles anos uma idiossincrasia relativamente diferente desta, mas submeto o que escrevi em 2011. Uma “profecia” do desconhecido que influenciará a seu modo o mundo? Para melhor, para pior ainda?

O artigo é este:


China x Estados Unidos

No artigo anterior, considerando as condições atuais e as necessidades da China com seu bilhão e tanto de habitantes a alimentar ponderava que num dado ponto sua economia superaria a dos Estados Unidos.

A China tem crescido e se revelado agressiva.

Enquanto isso, presentemente, os Estados Unidos, vêm sendo atrapalhados pelos radicais do “Tea Party” (republicanos radicais) que não entendem que o mundo é outro e por isso não avaliam o que têm em mãos: um presidente ponderado, moderno e assessorado por Hilary Clinton, que tem se revelado muito competente nas suas atribuições.

Os analistas econômicos vacilam em quanto tempo a China superará os Estados Unidos mas. pelo “andar da carruagem” fica no ar a pergunta: quando?

A essa possibilidade real para mim. o articulista Daniel Piza do jornal “O Estado de São Paulo” de 28.08.2011 desenvolve o tema, rejeita essa possibilidade, com expressões fortes como “É desonesto ignorar a força dos EUA e confundir uma fase crítica com um fracasso estrutural.”

Para mim, os Estados Unidos sempre foram uma referência positiva. Não me vejo fora desse quadro e adotar a cultura chinesa, salvo no que ela tem de melhor, aquelas filosofias surgidas no passado distante.

A China teve e ainda tem intenções colonialistas ao invadir o Tibete e enxovalhar a sua cultura. Por ora, mantém-se distante de Taiwan, que entende ser sua colônia rebelde.

Mesmo que a avalanche chinesa se sobreponha aos Estados Unidos, estarei sempre olhando para os valores americanos que não são poucos e não só para o passado e seus filmes, alguns emblemáticos, mas com a reação americana a esse mundo que muda de modo vertiginoso.

É “pagar” para ver!


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