sábado, 24 de junho de 2023

¿Por qué no te callas?

Lula confundindo a agressão russa na Ucrânia como se negociasse com a FIESP

Acho que tudo já se disse, mas

Lula, com essa pose que ostenta de estadista e pacifista, age de modo ridículo no que se refere à guerra declarada pelo inconsequente Putin à Ucrânia.

O stalinista genocida do século XXI de um modo ou outro vem sofrendo derrotas humilhantes na sua invasão na Ucrânia.

Agora, noticia-se a rebeldia dos mercenários, por ele contratados para atacar os ucranianos e, sobre essa suposta revolta, Putin, ligado a esses apátridas combatentes, diz que fora traído e, então, recebera um punhalada nas costas. Ora, quem sustenta um grupo que combate sem pátria e com quais interesses, deve saber com quem lida. Que o embale.

Hoje, a situação é muito clara: os ucranianos demonstram que preferem a Europa ao ranço russo de Putin.

Os ucranianos combatem pelo seu país, querem-no intacto, querem a saída russa de seu território e, definitivamente, viraram as costas para a Rússia. Esse o quadro.

E, então, Lula, com seu discurso de sindicalista dos tempos das grandes assembleias no estádio da Vila Euclides em São Bernardo co Campo, pensa que os contendores são o sindicato e a FIESP – Federação das Indústrias de São Paulo e, nesse equívoco, inominável, no seu discurso tanto contraditório como importuno, pretende uma saída honrosa para Putin.

E qual a saída honrosa? Certamente que a manutenção pelo menos da península da Crimeia, invadida pela Rússia.

Eu sei bem das “saídas honrosas” dos tempos de Lula sindicalista: se a greve foi um fracasso quanto às reivindicações postas, a saída honrosa seria discutir com a FIESP o pagamento dos dias paralisados, quebrando aquele princípio do “no work no pay”.

Só que a saída honrosa a Putin, além da escandalosa concessão, implicaria em deixar para trás a destruição e os crimes praticados pelo stalinista e sua gangue.

Já disse antes: ele não pode vencer porque tem a mentalidade de conquista territorial e pode avançar, na sua insânia, sobre outros vizinhos mesmo que protegidos pela OTAN.

Então, dou minha sugestão de saída honrosa: Putin deixa em paz a Ucrânia que quer ser europeia, abandona as áreas “conquistadas” a peso de milhares de mortos e refugiados e é perdoado das destruições que praticou e da reconstrução.

E quanto a Lula, que se calasse porque aquele a quem apoia velada ou ostensivamente, variando segundo a pressão que sofre da liderança ocidental, é um criminoso de guerra.

Enfatizo, ao Lula, a célebre frase do rei Juan Carlos da Espanha, ao falastrão Hugo Chaves na XII Conferência Íbero-Americana de 2007:

¿Por qué no te callas?