domingo, 13 de fevereiro de 2022

VARIEDADES TEMÁTICAS (VIII)

 A "FILOSOFIA" DO BAIXO CALÃO, DO 'PALAVRÃO' DESENFREADO 

Os "podcasts" - o significado dessa palavra, simplificado, pode ser a transmissão de um vídeo sonoro (*), claro, pela internet - tem tido como particularidade, o palavrão desenfreado.

Há filósofos, ou os que assim se qualificam, que nesses ambientes de duvidosa inteligência, largam os conceitos de "alta" filosofia para lembrarem na explanação, o vocabulário de boteco.

Eu não sei, mas me parece que esse palavrório não vai bem com a mente que busca algo além do cotidiano, que pensa em algo superior a esse rotina de ir e vir. O palavrão satisfaz o ego de baixo relevo.

A escritora chilena Isabel Allende no seu livro "A Casa dos Espíritos" usa e abusa dessa linguagem chula que se atribui ao órgão sexual masculino.

O que há de inteligente nisso que não seja um excesso de modernidade entorpecida?

Um excelente palestrante se orgulha em pronunciar o baixo calão em suas palestras até para escandalizar velhinhas atentas. Ele é defensor ardoroso de Nietzsche, Sócrates seria apenas uma excrecência grega...

Filosofia, filósofos, opiniões...tempos obscuros estes.

(*) O termo podcast teria surgido da junção de iPod, dispositivo da Apple de reprodução de arquivos MP3 (áudio), e broadcast, palavra em inglês que significa "transmissão" (de rádio).

PODCASTS QUE PULULAM NO "WATCH" DO FACEBOOK

São diversos deles, alguns invocando a cultura da pornografia. Longe de mim censurar essas manifestações. Mas, o que vejo são entrevistadores medíocres que interrompem até mesmo entrevistas com gente que tem o que dizer, para fazer piadas fora do contexto, sórdidas, de regra, tumultuando o pensamento que tentava o entrevistado expor.

POR ISSO, EU NÃO ESTRANHO, DE MODO NENHUM O COMENTÁRIO PRÓ-NAZISMO DE UM DESSES ENTREVISTADORES QUE NO MOMENTO ESTARIA, PELAS SUAS REAÇÕES, COM A MENTE AFETADA PELO ÁLCOOL OU ALGUMA OUTRA SUBSTÂNCIA. 

Não pretendo ampliar as críticas que o vulgo Monark vem recebendo. Ele apenas revelou o nível que ostenta: não sabe o que fala, não mede as consequências destes tempos tão obcecados contra qualquer manifestação racista, máxime pelas feridas não cicatrizadas do Holocausto.

E não é só ele, não, que ostenta esse perfil de baixo entendimento, isso para fica no menos. Um tempo meio marginal em que há encaminhando de opiniões.

NAZISMO E COMUNISMO: VÍTIMAS

Os horrores do holocausto são sempre lembrados porque os judeus se instalaram, digamos, no seu pedaço de terra, bíblico em Israel.

E com isso documentam nos detalhes os abusos nazistas, sabendo-se de experiências indescritíveis de crueldade.

Então, o holocausto é uma realidade que "agride" a humanidade. As vítimas registradas seriam 6 milhões de judeus e indivíduos indesejados.

Como foi possível aquilo tudo, praticado pela loucura humana? 

E as vitimas do stalinismo? De vez em quando vejo tentativas de enaltecer a ação de Stalin na guerra e a derrota que impôs aos nazistas a partir de 1943.

As vítimas do holocausto são sempre lembradas pelos judeus. Israel não deixa esquecer o sofrimento dos judeus. Mas, e as vítimas do comunismo stalinista, a barbárie tão grave quanto a praticada pelos nazistas?

Os números são imprecisos, mas suas vítimas seriam superiores ao holocausto.

A diferença é que essas vítimas do ditador soviético estão enterradas precisamente... onde? Jazem perdidas no solo da antiga União Soviética.

Não há, como há em Israel, quem chore por eles. Tudo é velado e discreto. O silêncio faz a diferença.

Tudo a lamentar nessa política insana da morte, jamais esquecer e jamais enaltecer,

PALAVRAS, PALAVRAS... E SENTIDOS

Presidenta

Volto à polêmica. A palavra foi utilizada por Machado de Assis, pelo menos no livro "Memórias Póstumas de Braz Cubas".

O Dicionário Caldas Aulete, do inicio da década de 60, o mais velho que tenho, lá está: "Presidenta, mulher que preside, esposa de um presidente".

Monteiro Lobato, na seu "O Presidente Negro" (de 1926) usa "presidenta" para designar a esposa do presidente: "Esposa de presidente, presidenta é". 

Recorde ou récorde (referindo-se a um resultado esportivo que supera outro na mesma modalidade)

Récorde, tem a ver com "record", segundo pronúncia da palavra em inglês. Acho que a Rede Globo tem muito a ver com isso. Já vi gente instruída criticar essa pronúncia récorde. Com razão, mas eis que no "Dicionário (míni) da Língua Portuguesa de Antônio Houaiss reconhece as duas formas: recorde (pronúncia: 'recórde') e récorde...

E aí vão ficando as duas pronúncias... com mais uso a utilizada pela Globo.

Judiar

Essa palavra é polêmica. O mesmo Dicionário Houais, esclarece a define para alguém que trata outrem com escárnio ou causa sofrimento físico ou moral. Essas duas acepções "resultam de antiga tradição antissemita de origem europeia". 

Não sei, mas no meu tempo de criança era-me explicado que essa palavra tinha a ver com os ato violentos da crucificação há 2 mil anos.

Por outra, o mesmo Lobato na obra citada usa judiar numa conversa amistosa..."está a senhora a judiar comigo."

Não sei mas sei que essa palavra pela sua conotação ambígua tem quem a evite usar. Seria algo antissemita...

Denegrir

Vem sendo considerada palavra racista, A palavra significa tornar negro, escuro, enegrecer. Tem outros significados. Mesmo conhecendo minhas limitações não vou deixar de usá-la apenas porque passou a ter "conotação racista". Há aí um exagero e nessa linha há outros exageros. Posso usar enegrecer, branquear, a expressão "preto no branco"? Ou tenho que esquecer que elas estão nos dicionários ou na linguagem corrente?

CALOR E VERDE

Quem conhece Piracicaba, sabe.

No lado oposto da rua do Porto, atravessando a ponte pênsil e caminhando sob a área  verde do outro lado, é notável a diminuição da temperatura. 

Então do lado dos restaurantes a temperatura e mais alta. Do outro lado, as árvores parecem exalar uma brisa, a temperatura cai.




Reclamam do aumento da temperatura, do sol escaldante? 

Ora, preservem as árvores, as matas, lutem pela Amazônia que as coisas melhoram.

Abaixo a indiferença, na base do "isso não é comigo", "isso não me afeta". Abaixo a omissão oficial em preservar a Amazônia.

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM (II)

O governo atual, de Jair Bolsonaro é muito ruim.

Falta ao governo noção de conjunto. Já disse que, onde ele mexe ou piora ou deteriora. É dado à propagação da mentira, da distorção religiosa e do escárnio verbal.

E isso é tão verdadeiro que o capitão é, hoje, o principal cabo eleitoral de Lula, a ponto de viabilizar a volta dele e de sua turma ao governo federal.

Imaginaram suportar a influência de José Dirceu, Guido Mantega, Dilma, Gilberto Carvalho, os discursos de Gleisi Hoffman?

É a volta ao passado, consequências do presente desastroso que levam a se voltar ao passado que se imaginava era passado.

E há a questão da laja-jato levada a quase "zero" pelo ministro Gilmar Mendes, que desponta com notório desvio de personalidade que não suporta as luzes de Sergio Moro. Inveja.

Naquele recente julgamento ao anular as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba (leia-se juiz Sergio Moro), ele venceu no berro por maioria, numa sessão a ser esquecida, uma mancha no STF.

No final do ano passado, leu-se esta manchete:

"A Petrobras acumula R$ 6,17 bilhões de devoluções em decorrência de acordos de colaboração, leniência, repatriações e renúncias, segundo comunicado da companhia. Somente este ano, mais de R$ 1,2 bilhão foi recuperado pela empresa."

Então, se tudo da lava-jato é suspeito, esqueceu o ministro de determinar a devolução pela Petrobrás, desses valores, aos ex-corruptos. Sim, se os julgamentos foram anulados, não há como se defender a retenção, pela empresa, desses valores!

Os corruptos deixaram de ser corruptos.

A decisão do STF nessa matéria, foi um desastre.

E outra coisa: no ABC e até longe da região se sabe que Lula "sabe"...