domingo, 31 de julho de 2022

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM (II)

O principal cabo eleitoral do Lula...


Em artigo longo – não teve tempo de ser mais curto – escrito em 31 de maio de 2020, ainda sob os efeitos das acusações de corrupção contra Lula e o PT, começava eu a desconfiar de que o governo bolsonarista ia desarranjar políticas de controle do país pelos seus atos e atitudes desqualificados que iam se sucedendo.

Entre o ano de 2020 e agora, em 2022, próximo das eleições suas atitudes que tendem a eleger Lula:

Antiecológico: incentivando a predação da Amazônia omitindo-se aos ataques de garimpeiros violentos e assassinos que invadem terras indígenas, incendiários e de madeireiros ilegais;

● Antivacina, desprezando as milhares de vítimas da doença (“não sou coveiro”) e sempre incentivando medicamentos ineficazes - até hoje e de modo insano;

● Armamentista impondo esse seu “projeto” como prioritário "para garantir o futuro". Que futuro? O futuro é agora, estabelecendo um projeto de redução da fome nestes tempos de sopa de ossos ;

● Aliou o governo ao "centrão" - a ele se submete – grupo que concentra o que há de pior na política brasileira – o manejo do orçamento secreto constitui-se política vergonhosa de corrupção aberta. Para o capitão, os “outros” é que são corruptos…

[Cante o general Heleno de novo: “Se gritar pega Centrão, não sobra um m’irmão”];

● Inflação alta afetando gêneros básicos, de primeira necessidade e com ela a fome agravada afetando milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza e desempregados: em momentos graves de crises, organiza exibições em “motociatas” uma atitude soberba e desprovida de seriedade para agradar seus seguidores.  Solidariedade zero, mesmo apoiado por pastores sem fé porque sem os Evangelhos;

● Sem esconder sua incompetência embora não a assumindo, passou a criticar as urnas eletrônicas e com ela acenos de golpe para alimentar a ira de seus seguidores. Nessa argumentação falsa, pede a volta do voto impresso - e a volta da máquina de escrever! 

 Agora promete “grande manifestação” no 7 de setembro, no qual se comemorarão os 200 anos da independência. Tudo no seu padrão inconsequente aumentando a tensão política num país que precisa de estabilidade e trabalho.

E por aí vai. Agora ele está na iminência de eleger Lula. É ele o seu principal cabo eleitoral tais os desmandos que pratica. Com isso tudo ele está preparando a cada dia “a volta dos que não foram”. Parece que neste momento é uma caminho sem volta, irreversível.

Mas, ouçamos as urnas em outubro.


Bolsonaristas e bolsonarices

1. O capitão é conservador, defende a família e acredita em "deus".

"Conservador não sustenta ameaça de golpe, se "inspirando" em Trump e seus asseclas que envergonharam os Estados Unidos... e não defende torturadores...

Defende a família: nisso é o capitão especializado porque constituiu três.

Acreditar numa divindade superior exige um pouco de compaixão aos semelhantes em momentos de infelicidade. Não o vi agir desse modo nem para disfarçar. Assim não sendo o "deus" equivale a Zeus, pagão. Ou pensa que esses "pastores" desvangelizados representam alguma coisa? 

2. "O Lula implantará o comunismo e eu vou perder meu apartamento". Eu li isso! O que é comunismo? Não há respostas. Ignorância rasa. 

3. Globo "lixo" e outras: para o bolsonarismo radical nenhuma das emissoras independentes e a imprensa escrita divulgam a verdade. A verdade está com o capitão cujo gabinete paralelo mostrou especialidade em fake news...

4. Moro "traidor": para esse tropa o ex-juiz é assim qualificado. Vejam só, Moro deixou a magistratura com direitos vitalícios porque teve a ingenuidade de acreditar no "canto do sereio". Nada de "carta branca", nada de administração da PF. Com poderes reduzidos saiu do governo. E, então, o capitão agora intervém na cúpula da PF até para preservar seus interesses. E é o Moro o "traidor"!

5. É dado ao baixo calão publicamente de modo destemperado.


Duas palavras finais:

I - Não sou eleitor de Lula nem do PT;

ii - Quem se interessar pelo artigo de 2020 no qual ne refiro às condições políticas daqueles dias, acessar:

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM 2020