sexta-feira, 27 de novembro de 2020

AGENTES DO MAL. (Considerações não totalmente políticas)

 Aqueles que onde pisam ou mexem pioram ou estragam...


Este é o terceiro artigo sobre a mesma temática. Não me preocupo se repito conceitos. Para mim, essa repetição é necessária de maneira que se complete o ciclo de desqualificações que caracterizam o governo atual. (*)


Após resenhar o livro “O Anticristo” de Nietzsche fiz buscas no Google para copiar uma capa melhor que aquela que dispunha no meu volume. (**)

Para minha surpresa, entre tantos “anticristos”, apareceu em diversas buscas, a foto de Jair Messias Bolsonaro.

Ele seria se não o “anticristo”, o agente da discórdia.

Que eu me lembre ele nunca mencionou a palavra ‘paz’ até porque seria uma contradição ao “empunhar” sempre armas fictícias, em gestos que fazia e faz com as mãos.

Uma característica do anticristo de Nietzsche é a ausência de compaixão. Essa virtude muito humana, significa para o autor alemão, sobretudo, um sentimento de fraqueza. Sem compaixão, eis aí o homem superior.

Mas, vamos lá.


O desastre ambiental

O capitão não fez segredo quanto à sua má vontade em relação à preservação do meio ambiente. E, para piorar, para manter essa postura negativa, nomeou aquele que poderia ser o pior ministro do meio ambiente possível. Um representante assumido das forças vandálicas (aquelas que destroem, que estragam).

A floresta, embora os adeptos do (des) governo atual e muitos não aceitam, tem um valor espiritual, suas árvores, seus animais e nesse conjunto há uma imensa força de equilíbrio planetário. (***)

Mas, ele não entende disso nada mesmo se proclamando religioso, evangélico, a ponto de se “batizar” no Rio Jordão, por um dito pastor que está preso por corrupção.

Ora, direis, o messias daqui não é culpado disso! Foi apenas mais uma de suas escolhas equivocadas!

Quando se unem os agentes do mal com a desonestidade incontrolada como é o caso das quadrilhas que atuam na Amazônia, os prejuízos se elevam e isso se assistiu há pouco: os incêndios se avolumaram de modo assombroso; as respostas governamentais foram tímidas, um dar de ombros irresponsável até que, ao constatar que o fogo emocionava não só os estrangeiros mas também os brasileiros - alguns sem timbre decologistas, maresponsáveis que pensam a longo prazo -, resolveu o governo agir, criando até mesmo o comitê da Amazônia que até agora pouco trouxe de prático.

O desastre pela omissão foi imenso não só na Amazônia como no Pantanal. As forças vandálicas que se uniram, nesses desastres tiveram à exaustão seu ponto de confluência.


O trato da pandemia




Não poderia ser pior.

Nas primeiras manifestações da pandemia, no início do ano, em rede nacional, chamou a doença, com poucas vítimas, então, de gripezinha, valendo-se do qualificativo dado pelo médico Varella, contratado da Globo que assim a classificara de modo inadequado.

Equivocado, o messias daqui pretendia fazer o isolamento somente dos idosos, com grau maior de risco de contraírem a doença. Contrariado, porém, com decisão correta do STF que atribuiu o controle da doença também aos Estados e Municípios, de modo irresponsável afrontou todas as medidas preventivas que iam sendo reconhecidas como necessárias: incentivou pelos seus atos a aglomeração, manteve o contato pessoal estreito e se exibiu cavalgando um cavalo emprestado a um policial.

À medida que a doença avançava e os mortos se avolumavam, os hospitais se esgotavam de pacientes com a covid-19, seus comentários: “e daí?”, “não sou coveiro”, “sou messias mas não faço milagres”, “todos vamos morrer um dia”.

Como disse, Nietzsche no seu “O anticristo” esses homens sem o sentimento de compaixão, são "superiores".

Então, com as mortes aos milhares apresentava-se indiferente e ainda criticando o isolamento principalmente no Estado de São Paulo, porque vê em Dória um fantasma que o atormenta, possível adversário em 2022.

E, nesse vácuo entre a responsabilidade dos Estados e Municípios e sua omissão, aproveita, então, para culpar a explosão do desemprego aos agentes públicos que agem corretamente para controlar o que possível a pandemia severa, implantando o isolamento e restrição às atividades industriais e comerciais.

Na realidade, o isolamento “radical”, o salvou de responder a uma catástrofe maior em vítimas fatais se tivesse, como queria, isolado apenas a população de risco mantendo toda a atividade intacta.

A doença atingiu todas as idades.

Hoje são mais de 170 mil mortes. Até que ponto suas atitudes irresponsáveis ao longo do ano contribuíram para essa tragédia?

Mas, o corolário da farsa foi a defesa da droga cloroquina como remédio contra a pandemia. Ridículo, porque se fosse eficaz o mundo a teria adotado.

Seus seguidores, a maioria sofrendo de acefalia, juravam que alguém conhecido havia se curado com droga sem a certeza se a cura se dera a despeito dela.

Foi tão extravagante essa posição indefensável que a possibilidade de uma segunda onda da pandemia que pode se manifestar, segundo ele, o “Brasil seria um país de maricas".

Como militar, capitão, antes de tudo, ainda que não exemplar nos seus tempos, ele deveria pensar na pandemia como uma guerra. E na guerra, seus heróis não abandonam seus feridos e mortos, salvo na absoluta impossibilidade de resgate.

Mas, sendo ele quem é, não há como esperar uma atitude dessas. Soldados têm compaixão.


As vacinas

Principalmente com a vacina chinesa, contratada pelo Governo do Estado de São Paulo que atribuiu ao Instituto Butantan a produção dela, o messias fez a festa quando a Anvisa – cuja atividade técnica não pode se render à pressão politica – rejeitou a continuidade de seus testes, alegando que um voluntário tivera consequências graves decorrentes da vacina. Mas, não, fora um suicida.

- “Venci mais uma vez o Dória”, disse ele, num estado de espírito exultante antes de saber do suicídio.

O que o constrange é que essa vacina originária da China tem tudo para ser aprovada antes das outras, se não houver injunção política que impeça, inclusive na Anvisa.

Espera-se que quando as vacinas forem liberadas, haja pronto um plano de contingência elaborado pelo Ministério da Saúde, mesmo que tolhido o ministro, um general que tem sido humilhado por um capitão. Espera-se que com a vacina aprovada, não saia o Ministério  na correria e no improviso.

Sobre a obrigatoriedade da vacinação ele, o messias, se diz contra. Ele queria a cloroquina obrigatória. Mas, ele não tem autoridade sobre isso, felizmente.


O “evangélico”

Com tudo isso ainda se diz temente a Deus.

Uniu-se a todas as ditas igrejas evangélicas, que pressionam de modo descarado seus fiéis na obtenção de recursos (“dízimos”); há entre seus lideres, “bispos” milionários mas, é claro que, com troca de afabilidades eles detém um curral eleitoral, que são suas ovelhinhas agarradas.

Mas, do ponto de vista de sua conduta pessoal, além de tudo o que acima foi exposto, de regra seu linguajar sórdido se mistura com o nome do deus que invoca.

Ele já se disse católico. Mas, não será nessa religião que terá o curral das ovelhinhas.


O governo

Com todas essas polêmicas, sem respirar, o governo está parado. Muitse fala e pouco se tem feito. E em seu auxílio não se pode esquecer seus filhos, o Flávio e a distribuição da “rachadinha” que indica desvio de recursos da ALERJ – o pai se constrange em tentar acobertar o filhinho mais velho. Eduardo e seus discursos desqualificados que de regra geram conflitos e Carlos que seria o condutor da avalanche de “fake news” nas redes sociais que se valeu delas para divulgar mentiras e distorções de natureza política e ataques a reputações de adversários. Essas alimentaram o ódio.

Me pergunto se há nível de inteligência razoável nesses trapalhões.

Esse é o capitão que dizia que mudaria os métodos políticos – nada de “dá lá toma cá “- e nem pensar em corrupção. Nada mudou e pior: há um sentido de mediocridade, de incompetência. O país marca passo.

TUDO ONDE TOCA OU DO QUE FALA, ESTRAGA OU 

FICA PIOR. É UM DOS AGENTES DO MAL.


Referências:

(*) "Eu preciso falar sobre isto (de novo)"

Acessar: https://martinsmilton2.blogspot.com/2020/11/eu-preciso-falar-sobre-isto-tudo-de-novo.html

(*) "Lucubrações tenebrosas"

Acessar: https://martinsmilton2.blogspot.com/2020/07/lucubracoes-tenebrosas.html


(**) "O Anticristo".

Acessar: https://resenhadoslivrosqueli.blogspot.com/2020/06/o-anticristo-de-friedrich-nietzsche.html


(***) A "alma" das florestas e os animais "almas viventes".

Acessar: https://martinsmilton.blogspot.com/2020/05/a-alma-das-florestas-e-os-animais-almas.html

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