terça-feira, 19 de julho de 2011

FUTEBOL: DESCLASSIFICAÇÃO NA COPA AMÉRICA



O início do trabalho de Mano Menezes. Técnico não bate pênaltis. Os paparazis da imprensa esportiva que endeusam os jogadores e prejudicam.






Já foi o tempo que o futebol me empolgava – o Palmeiras da “academia” e aquele time da década de 90 -, mas há certo atrativo para verificar as possibilidades e o desempenho da seleção brasileira e os novos jogadores.

A despeito dos críticos, eu gostei do início do trabalho de Mano Menezes. Lá está ele, com a derrota para o Paraguai, explicando o inexplicável, a perda da classificação num dia em que a seleção brasileira jogou um pouco melhor.

O técnico não é culpado. Não foi ele quem bateu aqueles pênaltis desastrosos, como se tivesse realmente “escalado a kaiser.

Embora seja meio ou muito chegado a ela, atribuo parte desses deslizes à imprensa, no caso a esportiva, pela insistência em acompanhar, tal qual paparezzis exacerbados, qualquer movimento, qualquer gesto dos principais jogadores, principalmente Neimar. Forçam entrevistas formulando perguntas idiotas.

Essa paparicação incansável e insuportável aumenta a responsabilidade dos jogadores que não podem errar estão sempre sob rigorosa observação e haverão que acertar e vencer sempre a qualquer custo. É a expectativa que a imprensa impõe e cobra. Na derrota revertem-se os conceitos: não serão uns fracassados?

Na hora “h” esses jovens jogadores assim assediados e cobrados, perdem o rumo dando a impressão que perdem também o gosto pela vitória.

Nessa conformidade, as metáforas tolas, sem tino, de repórteres da TV Globo, do seu locutor ainda titular que divaga abobrinhas e gesticula querendo explicar o que não se explica, é demais.

Ainda bem que há opções que não a Globo nesses jogos, como é o caso do “Sport TV” que transmite com profissionalismo e sem esses cacoetes globais.

Por fim, insisto que o trabalho de Mano Menezes apenas começou. Haverá tempo ainda para saber de seu desempenho e resultados.

Saberá ele, agora, com a desclassificação na Copa América, que só grandes jogadores em campo podem não ser decisivos como foram outras gerações. Há aspectos psicológicos a superar e saber que os paparazzis da imprensa esportiva estarão sempre por perto endeusando os jogadores “eleitos” e exigindo jogadas e partidas geniais.

E aí, goleiro pega frangos, pênaltis nas nuvens e a desclassificação. Há alguma novidade nesses últimos anos?

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