segunda-feira, 2 de julho de 2012

O AQUECIMENTO DO CLIMA, SIM E NÃO...


Seriam um equívoco os estudos que defendem o aquecimento global pela emanação de CO2 em excesso na atmosfera, provindos da queima dos combustíveis fósseis e queima de florestas? Tudo seria um equívoco, verdadeiro terrorismo climático?


(Este artigo complementa o de 25.06.2012, “A Rio+20 passou. E agora”).

Os Estados Unidos, na região oeste, vêm enfrentando incêndios florestais gigantescos. A propagação dessa catástrofe ambiental, na opinião do professor Michael Oppenheimer, da Universidade de Princeton, seria “uma janela para o que o aquecimento global realmente se parece”. (1)

Essa opinião do americano tem a ver com o “calor extremo na região, que tem facilitado a propagação do fogo”, fenômeno que se alinha com projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

Por outra, no Colorado, em Montana e Utah, diz a notícia, “a quantidade de neve ficou abaixo dos níveis normais e o gelo derreteu rapidamente, antecipando a temporada de incêndios”.

Nesse desarranjo, qualquer fonte de ignição pode propagar tais catástrofes e, pior, a saúde é afetada pela fumaça espessa: “A poluição pode atingir níveis bem piores que em lugares como a cidade do México e Pequim”, argumenta Howard Frumkin, especialista em saúde da Universidade de Washington. (1)

No que se refere aos efeitos da poluição sobre os oceanos, cientistas afirmam que os seus níveis se elevarão de modo gradativo mas irreversível mesmo que as emissões poluentes diminuam.
“Há vários estudos que mostram o papel dos gases de efeito estufa no aumento da temperatura do planeta. Esses gases foram responsáveis pelo aumento de 0,17°C por década de 1980 a 2010 e pelo aumento de 2,3 milímetros do nível do mar por ano de 2005 a 2010.” (2)
Mesmo que a elevação desses níveis pareça irrisória, todos esses estudos têm como causa a poluição - a emissão em larga escala do CO2, agravando o "efeito estufa".
Verifica-se, pois, espécie de consciência mundial que ressalta os efeitos dos poluentes produzidos por várias fontes que estariam, mesmo, afetando a temperatura do clima a ponto de tornar mais constantes, como reação, as tragédias ambientais em pontos diferentes do planeta.
Há, porém, uma corrente de estudiosos que pensa diferente e se coloca em oposição à relação entre as emanações de CO2 e o aquecimento global. Sintetizando:
1.) Os cálculos matemáticos que revelam as previsões de mudanças climáticas são simplistas;
2.) Há 5.000 anos, a temperatura média era 3° mais elevada do que hoje (quem mediu?);
3. ) A “descarbonização” da economia é desnecessária, porque são ignorados fatores astrofísicos e atmosféricos naturais;
4. ) O clima vai esfriar até 2030 e não esquentar isso por conta da “baixa atividade solar” do oceano Pacífico, pelo que as projeções sobre o aquecimento são alarmistas. (3)
Um climatologista que vem sendo ouvido pela mídia, é Luiz Carlos  Molion, da UFAL – Universidade Federal de Alagoas. Suas opiniões são as seguintes, destacando o que disse em recente entrevista:
a.) O aquecimento entre 1912 e 1960 se deu pelo aumento da atividade solar e pouca erupção vulcânica – “as erupções reduzem a temperatura da Terra” (!)
Mas, diz ele, “o terrorismo climático aumentou”;
b.) Seus pareceres e artigos contraditando a teoria do aquecimento climático não são aceitos pelas publicações científicas; espaços somente os que defendem o aquecimento global;
c.) O petróleo não vai acabar porque há resevas petrolíferas  como o pré-sal em todo o planeta, mas será cara a extração; porém, o enxofre que emana do carvão mineral e do petróleo é altamente tóxico;
d.) Não faltará água no século 21 porque 71% do planeta são formados por água mas se ela for poluída, ficará mais cara;
e.) O IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas: “Há quem diga que a ideia da ONU é ter uma governança global. Não duvido” (3)
Quanto à água, é sempre possível a dessalinização dos mares. Quanto à ONU ter uma “governança global” pelo controle climático é uma notória bobagem. O que controla hoje a ONU?
 Nessa linha de certo desdém e soberba em relação aos estudos que defendem o aquecimento global pelo CO2, a teoria de que esses poluentes nada significam, pode abrir flancos altamente indesejáveis: a queima de florestas para “instalação” de gado nas áreas devastadas. Afinal, o CO2 emanado das imensas fogueiras florestais, também não afeta o clima. Ressalva apenas à queima do carvão mineral, por ser tóxico.
 E com esses elementos, os predadores de plantão, ávidos pelo lucro dentro daquela teoria de “Brasil, celeiro do mundo”, “alimento barato” e outros chavões até demagógicos que se repetem por aí, perdem a compostura e partem com mais vontade para a devastação irresponsável.
Dai imensas áreas degradadas, abandonadas, sem a necessária recomposição florestal.
Queimem-se combustíveis fósseis a vontade que não vão faltar, apenas ficarão mais caros. A água não vai faltar mesmo que se avancem sobre rios, nascentes e cursos d'água por conta do desflorestamento. E a lembrar que em pleno século XXI seja ela escassa em imensas regiões do planeta e até mesmo no Brasil..
Um prato cheio para os economistas que não veem a floresta como patrimônio da humanidade com suas riquezas medicinais e fauna, mas uma região a ser “conquistada” de tal ordem que seja convertida em dinheiro.
E o mais rápido possível.
Quero concluir, apelando aos cientistas preocupados com o aquecimento global que estaria ocorrendo nestas últimas décadas - e estou mui propenso a acreditar nisso -, que saiam a público para explanar com a mesma simplicidade, a validade e a segurança dos seus estudos.
 Legendas:
(1) Jornal “O Estado de São Paulo” de 1°.07.2012
(2) idem de 03.07.2012
(3) Compilado do “Jornal de Piracicaba” de 28.06.2012

Foto:

Poluição em São Paulo (http://saopauloestado.blogspot.com)

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