domingo, 7 de abril de 2024

O "EVANGELISMO" COMO "ARMA" POLÍTICA

O chamamento religioso se dá, atualmente, nos Estados Unidos logo com quem? Com Trump que passou a vender sua própria "bíblia", esta "patriótica" e porque pretende que os lares americanos voltem a orar. 






Claro que ele não é religioso, mas há uma tendência atual, de que a "religiosidade" vale para fins políticos como nunca. Então, ele não pede dízimos porque já é rico demais, mas vende sua "bíblia patriótica" a U$60,00.

Julgar é fácil mas eu o tenho como um daqueles ensinamentos contidos nos Evangelhos de Mateus, com tradução sempre questionada, que é este:

19.24: E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar rico no reino de Deus.

Para lembrar quando derrotado para Biden nas últimas eleições, partiu dele o tumulto nunca visto na Democracia americana, qual a tentativa de anular o pleito que decretara sua derrota inconteste.

E, tendo como causa sua pressão insana, a consequência foi a invasão do Capitólio em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021 por seus eleitores desqualificados,  dando-se depredações e até cinco mortes.

E que venham alegar sua inocência nesses atos vergonhosos.

Então Trump, que reza na cartilha da direita e da extrema direita, aí está se valendo do "evangelismo" para amealhar votos dessa massa de eleitores acéfalos.

Trump, bom que se diga, não é dirigido pelo "evangelismo" mas a ele apela. Por aqui, Bolsonaro tem um forte apoio desses que se designam "pastores" a ponto de ter se submetido a tantas unções que o qualificaram efetivamente como o "ungido" da política brasileira incluindo profecias que davam sua  vitória nas eleições de 2022. Profecias que não se concretizaram.







Quais as razões desse "evangelismo" à sua volta, os excessos que se verificam maculando a fé nos Evangelhos desprezados?

Certamente que a farsa do comunismo iminente, da ação dos ateus... como se o "evangelismo" não fosse tão pernicioso porque manipula a mente  de milhões de fieis fazendo-os acéfalos.

E Bolsonaro é um exemplo de ungido? Não é.

Ele preparou sua derrota.

► No seu governo foram divulgadas à exaustão as "fake news" fazendo do país um paraíso de inconstâncias e mentiras. E nessas mensagens a implantação do ódio;

► Desmoralizou as vacinas de combate à covid, preferindo divulgar a cloroquina até para as emas criadas no Alvorada, a ponto de, ainda hoje, haver pouco procura de vacinações preventivas tradicionais;

► Nesses seus desvio de personalidade ou revelando suas maldades, imitou um doente grave por falta de oxigênio;

► Liberou armas para quem quisesse e em muitos casos muitos dos seus seguidores montaram arsenais e muitas foram parar nas mãos do crime organizado;

► Em momentos graves na saúde, especialmente pela pandemia, ele se omitia, promovendo "motociatas" para se exibir, ate porque às mortes aos milhares, ele não era "coveiro";

► Desmoralizou as comemorações do bicentenário da Independência (2022) promovendo aquele coro insano do "imbrochável";

► Tentou o golpe das joias em operação inconcebível no aeroporto de Guarulhos, na qual seus subordinados tentaram liberar ilegalmente parte delas;

► Golpista por quatro anos de seu mandato, criticando as urnas eletrônicas sem nunca provar qualquer elemento do que alegava culminando com a preparação da ruptura constitucional, a reunião com os embaixadores em 18 de junho de 2022 no Palácio do Planalto;

► Como resultado dessas imprecações exacerbadas, deu-se a sua derrota instalando-se o acampamento de milhares de seus eleitores desqualificados nas frente dos quarteis que marchavam promovendo cenas entre o ridículo e o cômico, culminando com o cantar do hino nacional para um pneu;

► Na sua soberba ele não assumiu a derrota mas foi logo fugindo para Miami, deixando essa horda de acéfalos na frente dos quarteis, esperando o golpe, culminando com a intentona golpista de 8 de janeiro de 2023.

► Ele é responsável direto pelo país de cabeça para baixo, assessorado pelo "evangelismo" político sem os Evangelhos, pelo discurso de ódio que promove.

► Esse é o ungido, "eleito" pelos evangélicos e para manter a exaltação do equívoco se excedem e, repito, desprezam os Evangelhos. Ele foi derrotado pela irresponsabilidade e se empolga hoje com a claque que o homenageia por onde vai, a mesma turma com o nível mental daqueles que acamparam na frente dos quarteis. 

E a esposa 3, a Michele?

Não há em suas manifestações nada que a qualifique para assumir altos cargos no país.

Evangélica, "fluente" em línguas tanto que nas comemorações da aprovação do ministro André Mendonça em 4 de dezembro de 2021 pelo Senado, além de saltitar fez um discurso no qual se pode anotar algo assim: "sasaramaia, sasaramaia". Seja lá o que for, em qual versículo dos Evangelhos tal "língua" é autorizada? E se fora dos Evangelhos houver essa "autorização" bíblica, que alguém aí a interprete.

Depois, para recolher moedas no espelho d'água no Alvorada, matou as carpas que lá estavam  havia décadas. Claro que as "explicações" vieram mas o fato é que essa intervenção na busca das moedas, deu nisso, a lamentar. Há os que farão troça, "porque tudo isso é irrelevante para o bem maior."

Então, como resultado das "dificuldades" do marido nos Judiciário tais suas inconsequências, ela vem sendo apontada como opção a ele, se não puder o ungido se recandidatar em 2026.

E qual a estratégia?

Ela se maquia do modo mais atraente, usou chapéu sofisticado, demonstra sua beleza e encanta a claque que já a coloca na presidência da República.

Será que não se pensa um pouco de modo responsável entre a beleza e o tamanho do Brasil? Outra aventura apoiada pelo "evangelismo" exacerbado?

Por fim, na sua manifestação no dia 25 de fevereiro, na concentração na av. Paulista ela disse isto: "Por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento da libertação. Eu creio em um Deus todo poderoso capas de restaurar o curar nossa nação".

Talvez ela se inspire no Irã regido por uma teocracia, embora não cristã, mas que dá bem uma ideia de até onde as coisas podem chegar.

Vou encerrando porque não há mais tempo e vou dizendo que rejeito, pela ignorância que ele sustenta, o "evangelismo" na política porque tem se revelado nefasto, soberbo sem contar que muitos seus lideres enriqueceram com tal volúpia que do ponto de vista dos Evangelhos podem se enquadrar no versículo 19:24 em Mateus. 

Os tempos são obscuros.






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