segunda-feira, 31 de outubro de 2011

6° MINISTRO EXONERADO. SEM SURPRESAS


Orlando Silva foi poupado da exoneração até que o STF acolhesse a denúncia de investigação de malversações de recursos públicos no Ministério. Assume o palmeirense Aldo Rebello que pode fazer alterações importantes nos Esportes.



A queda de Orlando Silva foi precipitada com a abertura de processo havido no Supremo Tribunal Federal.

Antes disso – e a minha interpretação é livre – a coisa estava meio incômoda na mesa da presidente Dilma porque o então ministro se julgava imbatível ou coisa assim, até por conta do apoio de Lula incentivando-o que resistisse à pressão.

Na verdade, com o evento STF não havia mais como manter Orlando Silva no Ministério, por despontarem denúncias de malversação de recursos públicos e de corrupção nos seus quadros.

Queiram ou não, sua resistência levava em conta o modo descontrolado de “administração” que apreendera no governo que o manteve ministro no novo governo espécie de quota da “continuidade” imposta por Lula à presidente (a) recém-eleita.

Sua queda, pois, foi linear e a demora se deu pelo que acima expus. Obviedades.

Volta aos holofotes Aldo Rebello como novo ministro dos Esportes, hoje empossado.

Se tem político cujos métodos critiquei à emoção foi exatamente ele pela sua atitude “fria” como relator do novo “Código Florestal” que nas suas linhas e entrelinhas incentiva a devastação florestal que já ocorre dia-a-dia em larga extensão de modo clandestino ou tolerada na Amazônia.

Ao final notícia inserta hoje no Portal IG na qual é revelada a imensa extensão de devastação havida em setembro último. E a ligeira diminuição em relação ao ano passado é, digamos, comemorada! Verdadeira tragédia.(1)

Assumira posicionamento até irônico ou indiferente o agora ministro com todos aqueles que clamavam pelo equilíbrio entre produção e preservação ambiental, incluindo entidades científicas isentas, insistindo sempre de que o Brasil precisa produzir alimentos para o seu próprio sustento e no que puder, o sustento do mundo.

Mas, ela não se convencia de que seu posicionamento até radical se referia apenas ao presente, a uma equação meramente econômica, esquecendo que a predação na velocidade como ocorre tende a ser o grande entrave para a mesma produção que ele tanto preconizara.

E o desvirtuamento irreparável da qualidade de vida num próximo futuro, se é que a palavra “qualidade” haverá que ser possível adotar, então!

Essa determinação que adotou em relação ao Código Florestal pode ser forte referência para o Ministério que assume.

As primeiras informações deram conta de que, além da romper com as ONGs aproveitadoras das “maracutaias” denunciadas no Ministério, Rebello fora instruído a proceder a uma faxina na pasta.

Posto isso, eis que a imprensa noticiou:

A "faxina" exigida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério do Esporte obriga o novo titular da pasta, Aldo Rebelo, a mexer num "paredão" de comunistas, boa parte composta por ex-dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), alocados em áreas estratégicas e suspeitos de desvio de recursos públicos. Aldo vive um dilema. Recebeu a ordem da presidente para mudar o comando da pasta, mas sabe que as trocas em meio a um escândalo de corrupção respingam nas pretensões eleitorais do PC do B em 2012.
(2)

Espera-se que esse “dilema” não seja a causa impeditiva para que tal “faxina” necessária se dê.

Sobre interesses partidários, está a moralidade pública. Palavrinhas até meio difíceis de pronunciar nestes tempos.

Espero que o novo ministro as pronuncie sem constrangimentos.

Uma pausa à aspereza destes tempos:

Dizem que Aldo Rebello é palmeirense roxo. Eis aí uma "virtude" embora no que concerne ao “verde” ele foi indiferente como relatado acima. Quanto ao time, somos os novos “sofredores”. Jogadores não jogam nada e fazem da “boca dura” o seu jogo. Nas chuteiras pouco. Pobre Filipão! Que sobreviva!

Um time com essa tradição!

O ministro dos Esportes palmeirense bem que poderia reverter o jogo e eleger a arena Palestra por merecimento – e não por injunção política - para receber os jogos da copa das confederações.

Sou torcedor medíocre, mas continuo torcedor.



Referências do texto:


(1) "No mês de setembro foram desmatados 253,8 quilômetros quadrados (km²) de floresta na Amazônia, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A área equivale a 30 mil campos de futebol do Maracanã. Em relação ao mês de setembro de 2010, quando foram registrados 448 km² de desmatamento, houve queda de 43%. Já na comparação com o mês de agosto deste ano, quando foram contabilizados 164 km² de derrubadas, houve aumento de 67% da área desmatada.

Mato Grosso foi o estado com maior desmatamento, com 110 km². Em seguida está o estado de Rondônia, com 49,88 km² e em terceiro, o Pará, com 46,94 km². De acordo com o monitoramento do INPE, Tocantins teve 2,24 km² de desmatamento. No estado do Amapá não foi detectado desmate. Segundo o Instituto, apenas 5% da região não foram monitoradas por causa das nuvens.

"Pelo segundo mês consecutivo, nós tivemos uma redução do desmatamento de uma maneira bastante expressiva", disse em entrevista coletiva a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Em agosto, o Deter também apontou uma redução de 38% em relação ao mês de agosto de 2010.”

(2) Jornal “O Estado de São Paulo” de 29.10.2011

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