sexta-feira, 12 de outubro de 2018

O GENERAL RETRÓGRADO. O DERRUBADOR DE ÁRVORES


A onda Bolsonaro tem uma explicação elementar: o cansaço do lulopetismo que se caracterizou pela corrupção sem limites, incluindo o “honesto” ex-presidente Lula.

Há mais, como o caso da “ideologia de gênero” hoje recolhida no conteúdo programático do partido, mas que foi tentada sua introdução no ambiente escolar com efetividade.

Nesse quadro do antipetismo as indicações dão conta que a diferença no segundo turno entre Bolsonaro e Hadad, lançado às pressas por Lula, aumentará.

Criticam o vice de Bolsonaro que não contém a própria língua, mas e a vice do Haddad? O que terá ela a apresentar nos momentos de impedimentos de Haddad representando o país se ele fosse eleito? O que mais além de comunista, ateia e defensora da causa LGBT tem a dizer? Nada.

São decisões improvisadas, muito próprias da irresponsabilidade do lulopetismo que se fixou num candidato que fora péssimo prefeito em São Paulo como apresentara Dilma como “gerentona” que se revelou incompetente e agora rejeitada na disputa política.

Para mim esses são fatos.

Mas, não se pode aceitar tudo o que vem da candidatura Bolsonaro ou de seus aliados aproveitando-se da ansiedade em se livrar do PT e de tudo o que representa.

Nessa linha, não posso aceitar as declarações do general Oswaldo Ferreira que dissera que no tempo dele – e isso foi há muito tempo – na devastação ambiental “não tinha MP e Ibama para encher o saco”.

Qual o sentido dessa afirmação? Defende ele que a preocupação ambiental é irrelevante porque quando da construção da rodovia BR-163, como tenente era muito feliz porque derrubava as árvores à sua frente sem a intervenção daqueles órgãos fiscalizadores (MP e Ibama).

Hoje general da reserva, ainda “muito feliz”, pensa que está na década de 70 para derrubar florestas para “plantar”, quem sabe, mais gado bovino que exige forte devastação ambiental com a abertura de pastagens que ao se degradar se tornam áreas praticamente estéreis, aumento das áreas de plantio de soja como composto da ração animal, consumo de água em escala para manter os animais saudáveis até o momento do abate sem esquecer os resíduos que essa atividade deixa no meio ambiente.

O general, já idoso e não por isso, um retrógrado, porque não inserido na preocupação mundial com as mudanças climáticas graves. Passados quase 50 anos ele ainda olha para trás contente e orgulhoso por derrubar árvores não se lembrando do péssimo serviço que até hoje representa a BR-163 porque na época das chuvas, com os 100 quilômetros não pavimentados a rodovia é praticamente intransitável com os atoleiros que se formam na sua extensão.

E o que dizer do prejuízo ambiental com a Transamazônica também construída precipitadamente, outra que por meses é intransitável?

Digo a esse general que sua idade avançada hoje – ele é cotado para assumir o Ministério dos Transportes – não lhe encheu de brios e responsabilidades para com o futuro.

É dos tais que olham para o passado, quando “felizes” pela alegria de terem participado de atos e devastações discutíveis, tentam repetir a “felicidade” criticando a preservação necessária nos dias de hoje, retornando à irresponsabilidade ambiental do seu tempo.

E há,  ademais, grandes áreas degradadas pela ação clandestina na Amazônia exatamente por falta de... fiscalização.

Mas, mesmo assim, o general parece estar preparando os interessados de que as coisas mudarão...para pior!

A resistência é necessária, os tempos são outros.



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