domingo, 5 de julho de 2020

VARIEDADES TEMÁTICAS (VII) E O BOLSONARISMO



1. FATOR GNUS

Nestes dias, em que continuam na média pouco mais de mil mortes por dia, os municípios e os estados, responsáveis pela política de controle do coronavírus, cansados das idas e vindas das infecções do vírus, do fecha e abre a atividade comercial e industrial resolveram ceder e rompem com as medidas preventivas e de isolamento.

Então, principalmente no Rio de Janeiro, há alguns dias, os bares estouraram. Os frequentadores na maioria não mantiveram qualquer cuidado, mesmo o uso de máscara.

Há dias fiz uma analogia que é esta:

FATOR GNUS”. Gnu é um animal do tipo “bovino” – para facilitar a compreensão –,  que prolifera nas ditas savanas africanas. Para encontrar melhores pastos se obrigam a atravessar rios e pântanos repletos de predadores, os crocodilos. Então, toda a manada avança sobre as águas, para confundir os predadores, mas “sabendo” que alguns ou muitos serão abatidos pelos crocodilos. Essas idas e vindas no que se refere ao relaxamento do isolamento e da quarentena conduz os invasores ao “fator gnus” – muitos serão abatidos pelo predador chamado coronavírus. Mas, arriscam.




2. FATOR BOLSONARO

Contrariado com a decisão do STF que atribuiu aos Estados e Municípios o controle da pandemia, o capitão atua no “vácuo” das hoje mais de 60 mil mortes: “esperto” como é se vale da impossibilidade de se saber a como estaríamos hoje se a política de prevenção fosse somente de natureza vertical como ele “queria”, isto é, cuidando apenas dos indevidos com grau maior de risco.

E para piorar a situação, desautoriza qualquer medida preventiva para alegria de seus defensores deslumbrados que veem nele o “mito”, muitos deles internados por causa da covid-19.

E talvez pela sua formação militar – embora não fora um exemplo a ser seguido na caserna – dá de ombros com as mortes causadas pela doença. Sim,

com as primeiras mil vítimas fatais, seu comentário lacônico fora “E daí?, nas 10 mil mortes, passeio de jet-ski lembrando Collor que fazia esses passeios, claro, não para tripudiar uma crise dessas, nas 30 mil mortes, passeando de helicóptero valendo-se das mordomias da presidência, do alto fez acenos para os deslumbrados lá embaixo e depois, no chão, dando uma de cavaleiro, tomou emprestado um cavalo e saiu entre eles cavalgando do modo mais despropositado. Porque na sua marrinha de ignorar a pandemia, não toma qualquer cuidado nem como exemplo e incentiva seus deslumbrados a fazerem o mesmo.

Agora, o tema é desmerecer os efeitos das máscaras.

OK. Nos rumos das 100 mil mortes com a ajuda do “fator Bolsonaro”. Mesmo que se consiga a vacina apressada.

3. “O ANTICRISTO”

Tenho um blog que é hoje por mim tratado “carinhosamente”, “Dos livros que li”.
Ao ler o 73º livro, no caso do “O Anticristo” de Friedrich Nietzsche, depois de comentado e resenhado, não pude escanear a capa do meu exemplar porque muito desgastada.

Então abri o Google para localizar a imagem de capa e ao inserir “o anticristo”, apareceu algumas fotos de Bolsonaro como tal.

Uma surpresa, mas o qualificativo partiu, claro, predominantemente, de adeptos da “esquerda” e nem tanto. E quais os motivos a partir do que disse a respeito o escritor atormentado:

a.) Eliminar a compaixão porque ela enfraquece o "homem superior";
b.) Renunciar ao cristianismo.

No tocante à falta de compaixão, a atitude do capitão em relação aos mortos, com o seu “E daí?” deixa entrever que a morte chega, ora, ora. Quanto ao cristianismo, ele se diz fiel, mas suas atitudes não demostram a fé: as divindades não podem estar permanentemente ao lado de quem mistura o seu “deus” com o que há de pior no vocabulário chulo – e muitos são os religiosos que defendem o “santo” –  e o desdém com a preservação ambiental aqui incluídas as matas virgens sequer entendidas em relação ao equilíbrio do planeta, a vida dos animais selvagens e sua política anti-indigenista.

E dado aos gestos de armas e pretende dotar a população toda de armas e, indiretamente, incrementando a violência porque entre os “santos” armados, há uma horda de desequilibrados que não perdem a oportunidade para o crime.
Teria o capitão esse perfil anticristo? (*)

[Do ponto de vista universal – onde residem as Divindades - essa nuvem negra que encobre o planeta chamada pandemia, tem tudo a ver com o que fazemos contra ele: o poluição dos mares, do ar, o descaso com as florestas, reduzidas ao vil metal – uma irresponsabilidade – e nesse caso, a violência contra os animais. A "causa e efeito" é infalível, mas os que dormem na vida não se dão conta ou ignoram. Isso é coisa de “filósofo”. Aqui a linguagem é do dinheiro, o resto é bobagem!]. (**)

Acessar:


Em âmbito praticamente planetário o “Facebook” e outras redes do grupo vêm perdendo anunciantes de peso porque suas páginas não “coíbem” mensagens de ódio, principalmente, num processo que dissemina, em última instância, a reação e a vingança.

E aí o ódio se torna de dupla mão, podendo gerar simplesmente a violência e a tudo o que de pior que sobre-existe na mente humana.

Por aqui, no mesmo Facebook houve o tal “gabinete do ódio” alimentado nos subterrâneos do Planalto, que divulgou (e ainda divulga, em menor quantidade hoje) falsidades, distorções e mentiras à exaustão.

Imaginavam ou imaginam esses bolsonaristas radicais que a divulgação intensa desse “lixo” pudesse convencer os antibolsonaristas a aderirem ao nome do capitão.

Mas, não, deu-se o efeito contrário. Tantas as falsidades que simplesmente fazia e faz crescer o repúdio aos métodos do capitão porque ela compactua com essas aberrações.

Agora, com o projeto antifalsidades aprovado no Congresso, essa turma reclama que ele pode ensejar a censura, interpretações ambíguas na acusação da falsidade - inibindo a livre manifestação. Isso pode acontecer, é uma preocupação verdadeira, mas muito do projeto foi sustentado pelo bolsonarismo insano e a propagação de dezenas de “fake news.






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