domingo, 13 de agosto de 2023

A UCRÂNIA, A GUERRA E A "DESRUSSIFICAÇÃO"

Já escrevi antes sobre o tema guerra Russo-Ucraniana especialmente criticando Lula por sua postura ambígua mas que, no fundo, inclina-se para apoiar Putin sugerindo num eventual acordo de paz, propiciar ao agressor, uma saída honrosa do conflito que ele provocou como conquistador de territórios. (*)

Todos sabem o argumento que Putin adotou para a agressão, mesmo já tendo incorporado ao território russo, a península da Criméia: a decisão da Ucrânia em se filiar à OTAN.

Ora, com essa pretensão da Ucrânia de buscar a Otan — e não há quem tenha afirmado o contrário —, a península continuaria pertencendo à Rússia invasora. Essa a ironia.

Mas, o que quer Putin?

Tutelar o país Ucrânia e, para tanto, vai destruindo sua infraestrutura, seus bens humanos e culturais, impede a saída de toneladas de alimentos de seus portos como se lhe coubesse tal direito como "senhor" — mas, nesses atos criminosos o que há são tentativas sórdidos de domínio que devem ser rejeitadas pela decência. 



Ucrânia agredida





A Otan e os países a ela filiados, ajudam a Ucrânia e a guerra putiniana não se resolve. E essa ajuda bélica não poderia faltar.

E, como decorrência uma Otan sonolenta foi despertada  e agiu. Há pouco recebeu em suas fileiras a Finlândia cuja fronteira com a Rússia é de nada menos do que 1,3 mil quilômetros.

Putin ameaçara retaliações mas se queda ausente. Certamente que sabendo o que enfrentaria se agredisse também a Finlândia.

A pretensão dele é a Ucrânia a qual ataca de modo desbragado, chegando ao cúmulo de qualificar de terrorista o presidente Zelenski por bombardear a ponte que liga a Criméia ao território russo. É um escarnio russo. Quem é o terrorista?

E como tem agido o povo ucraniano? Seu exército?

Com muita dignidade no seu sofrimento à agressão russa. Não querem entregar a liberdade de sua país a agressor soberbo.

Não houve qualquer notícia até agora que sua população contestasse aquilo que vem se chamando de "desrussificação" na Ucrânia. (**)

E o que isso significa? Isto:

a.) Rejeição à língua russa:

b.) Milhões de livros russos foram retirados das bibliotecas ucranianas;

c.) Proibição de nomear nomes russos a logradouros ucranianos;

d.) Exigência da língua ucraniana no território do país, mesmo em locais em que há a predominância do russo;

e.) Dia de Natal alterado para 25 de dezembro e não mais em 7 de janeiro  — data da tradição ortodoxa;

f.) Mudança na estátua de Kiev ("Mãe pátria") — saindo o brasão soviético sendo substituído pelo tridente símbolo da Ucrânia. 

Então, a Ucrânia se volta para à Europa. Dá sinais incontestáveis de que quer se livrar do ranço russo de Putin. 

E os Estados Unidos nada tem a ver com essa disposição do povo ucraniano.

Porque ele, Putin, se inspira no stalinismo e volta ao passado pesarosos com o fim da União Soviética que dava mais poder e visibilidade à Rússia perante o Ocidente.

Hoje, de longe, considerando a grande parcela do povo russo que apoia Putin — porque seus opositores estão presos — parece ser a Rússia um país sem brilho incorporando alguma coisa da índole da Coréia do Norte.


Referências:

(*) Acessar: LULA RECUA NOS PALPITES À GUERRA

 (**) Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo" de 08.08.2023 e Google.

 

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