sábado, 29 de junho de 2013

PARA ONDE VAI DILMA E SEU ‘GOVERNO’?



Nestes meus artigos, não poucas vezes, constatando a presença do lulopetismo em seu governo, opináramos que Dilma só teria o “seu” governo quando se libertasse principalmente da influência do seu padrinho, o ex-metalúrgico Lula.

Não fora somente o ex-presidente que interferia por sua vontade mas constatou-se, por outra, que quando a presidente se via diante de um dilema corria a ouvir os seus conselhos – se assim podem ser considerados.

Ela sempre relevou a herança que adquirira dos atos e discursos demagógicos do seu protetor, da corrupção, de escalões acostumados às facilidades que beiravam, como beiram, a licenciosidade, o descontrole em relação ao dinheiro público fácil, que transita por esses supostos “elegíveis” a tanto.  

O que dizer do cartão corporativo com gastos em excesso, das idas e vindas de aviões “oficiais” e essa mordomia toda que humilha um povo desinformado?

Os mais pobres ainda são controlados pelo “bolsa família” como se comprovou com a recente corrida dos beneficiários às agências da CEF por causa de uma desinformação, um “incidente” mal explicado e que vai se perdendo no esquecimento, sem explicações convincentes das “autoridades”.

Não sei se para se convencer de que era a presidente que viaja e paga a conta e ainda, de um país rico – país rico não pende para  excessos como este – na sua visita ao papa Francisco patrocinou uma festa de apartamentos para o seu séquito em Roma, postura inacreditável, abuso com o dinheiro público que não pode ser esquecido.

Outro ponto: a presença de aliados de Lula nas suas portas, especialmente de Gilberto Carvalho, essa figura ambígua, suspeita, que a assessora como Ministro da Secretaria Geral que, especulam órgãos da imprensa, joga contra ela e informa o seu verdadeiro chefe, o seu padrinho, de todos os engasgos da presidente.

Já não é desta feita que constato anomalias e desvios nessa figura –até pelas bobagens que costuma dizer quando instado.

Assim, se quisesse Dilma assumir para valer o seu governo haveria que exonerar todos esses aliados do seu chefe e romper politicamente com ele.

Mas, não. Para acobertá-lo, não o envolve nas suas próprias dificuldades que dele herdou como é o caso, para exemplificar, dos escândalos da Petrobrás, beirando, imaginem, a quebra moral, porque financeiramente isso não deve ocorrer porque o dinheiro do contribuinte será usado para salvá-la, certamente.

Ao longo desses tempos de seu governo, comprovou-se que Dilma pouco delega e, nessa linha, assume atitude duras em relação aos seus ministros: ela os trata com desdém e não evita pitos em público. E não age do mesmo modo com seu padrinho que interfere negativamente em seu governo. A psicanálise explica.

Para piorar avolumam-se os protestos de rua, pedindo assistência médica com um mínimo de decência, melhoria básica na educação, mobilidade urbana, anticorrupção... e indagações sobre os gastos bilionários com os estádios megalomaníacos para a Copa do Mundo, muito mal explicados.

Nessas passeatas participam os “remediados” que se convenceram que a “bolsa família” é um engodo, sem a assistência médica prestada com um mínimo de dignidade.

E qual sua resposta, por ordem, sempre, de seu padrinho?

● Reforma política, constituinte – da qual se retratou porque inviável – plebiscito para resolver exatamente “o quê”?

O povo prioriza nas ruas assistência médica decente e ela responde:

● “Reforma política”, “plebiscito”!

O que pensa ela estar fazendo?



E o pior que, nessa tentativa em mudar o centro das atenções, a Rede Globo insiste em pautar esse tema concedendo tempo que excede ao normal como se houvesse nele alguma inteligência.

Ou a rede faz o jogo do tudo muda para nada mudar. Afinal, ela é bem contida com os anúncios do Banco do Brasil, da CEF e outros sob o patrocínio do governo federal.

E para onde vai (ou não) indo Dilma?

Não poderá comparecer na decisão da Copa das Confederações no Maracanã porque sabe que será vaiada pela multidão com todos os pulmões. E esse desagrado  publico  se reflete em sua popularidade que caiu 27 pontos nestes dias, situando-se ora em 30%, segundo o “Datafolha”.

Para onde vai Dilma?

Para salvar o seu governo, precisaria romper com o lulopetismo, pernicioso, e fazer reforma radical no interior do seu governo, começando por reduzir pela metade seu ministério, hoje com 39 ministros em pastas que se sobrepõem.

As coisas como caminham tendem a piorar ainda mais para ela se não tomar medidas urgentes e drásticas no sentido de sanar “o seu governo” que ainda não começou para valer.

E a piora do governo Dilma me preocupa, sabem?

Pode vir por aí uma crise institucional embora saberemos suportá-la.






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