quinta-feira, 27 de julho de 2023

"SÍNDROMES" DE FIDEL CASTRO E STALIN SE FUNDEM

Fique claro e já disse isso, que rejeito o bolsonarismo com veemência, mas não posso ser "lulista" porque, nesse caso, entraria no mesmo fosso de incoerências. 

Vejo em Lula, hoje, após sete meses de governo, tentativas de apagar com medidas importantes o desastre bolsonarista.

Mas, não posso negar que têm ele e alguns dos seus aliados, ainda, a referência de Fidel Castro uma figura histórica, que teve  relevo no seu tempo, uma referência "moderna" principalmente ao propagar sutilmente o antiamericanismo (*)

Mesmo assim Lula, para justificar a esquerda caduca que o rodeia, chegou ao cúmulo, para defender a ditadura venezuelana, dizer que seria a democracia, um "conceito relativo". 

Dá para aceitar isso? Na Nicarágua com um ditador truculento como se revela há tempos Daniel Ortega, seria, então, uma ditadura relativa? E em Cuba?

Bom lembrar que os Estados Unidos não são culpados por essas distorções políticas que Lula sustenta.

Então, Lula quanto a essas ditaduras, com a "conversa fiada" em defender esses supostos aliados de ideologia sai pela tangente e prefere não os criticar ignorando, então, a realidade que salta às vistas. Propagando fake news ideológica.

Com tais conceitos ultrapassados em mente, passou a manter há pouco algum silêncio em relação à guerra russo-ucraniana, mas é notória sua inclinação para de algum modo "livrar a cara" de Putin que com sua truculência ressuscita Stalin. Há que lembrar que para garantir um regime à força Stalin não poupou sequer aliados naqueles tempos cinzentos de violência e desrespeito humano na extinta União Soviética.



Lula escolheu o lado da truculência, do invasor, que tem pretensões de conquistar territórios pela força.



Se se pensar em humanidade, nessa guerra sobretudo de conquista territorial porque os ucranianos estão defendendo seu país à agressão promovida por um insano, preferindo a  Europa ao ranço russo identificado pelo governo atual, se torna insuportável garantir a Putin uma saída honrosa.

Essa ideia é um absurdo sem conta. 

E, então, há pouco, ao comentar a posição do presidente chileno Gabriel Boric que se posicionara contra a agressão russa na Ucrânia, disse Lula ser ele é "jovem e apressado."

Não, é Lula que é um velho arraigado em ideologias que ficaram no tempo das quais ele ainda alimenta e, nesse diapasão, demonstra toda sua incoerência.

Não assume que os tempos mudaram?

Então, será esperar muito que Lula chame Zelensky para uma conversa civilizada e declarando seu apoio à Ucrânia posição civilizada que suscitaria incentivo à mesma posição em toda a América Latina.

Tenho certeza: seria o começo da derrocada de Putin o fim da guerra e, repito, não merece ele qualquer saída honrosa. A única saída honrosa é a Rússia sair da Ucrânia.

Mas, por ora, estamos constatando a "síndrome" de Fidel Castro com a "síndrome" de Stalin se agravando.

Nada poderia ser pior. 

Ainda bem que Lula desistiu de se apresentar como paladino da paz porque ao apoiar Putin ainda que veladamente descredencia esse discurso que chegara mesmo os limites da demagogia.


Referência no texto

(*) Nessa linha, no discurso desqualificado e para fazer média com Putin, em visita ao líder russo, Dilma Roussef, diretora do banco dos BRICS criticou o dólar como moeda internacional de negócios. Essa conversa só será aceitável se for precedida de um projeto sério. Em assim não sendo esse discurso não passa de uma farsa. Lula já defendeu o uso das respectivas moedas nacionais nas transações com a Argentina. Para começar, uma "boa" experiência, com 1 (um) real (R$) valendo Pesos $57,82. 






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