terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TEMAS MÚLTIPLOS, TEXTOS CURTOS (II)



1. Candidatos à Prefeitura de São Paulo; 2. Ambiguidades nos Direitos Humanos; 3. Queima do Alcorão por militares americanos



A maioria absoluta das minhas composições neste portal se dá por artigos longos, densos o que pode ensejar alguma dificuldade em apurar o seu conteúdo.

Por isso, desta feita, novamente tentarei comentários mais sucintos sobre alguns temas atuais
.

1. Candidatos à Prefeitura de São Paulo

José Serra volta a “atacar” as hostes do PSDB anunciando sua candidatura à prefeitura de São Paulo. Sou obrigado a reconhecer que o PSDB não tem um candidato “alternativo” para se equilibrar a Serra. Os outros tucanos que pretendem a indicação do partido em prévias, José Anibal e Ricardo Tripoli (deputado) não parecem ter “nome” para sensibilizar o eleitorado de São Paulo. Roda e roda e sobra Serra que hoje, na imprensa, o sempre notório Fernando H. Cardoso admitiu que, ganhando Serra, ele pode ser (de novo?) opção do partido para a presidência da República. (1)

No PT, mais um queridinho de Lula foi guindado à condição de candidato do partido: Fernando Haddad, ex-ministro da Educação. Não fora Lula insistir em seu nome e não teria ele possibilidades na candidatura até porque sua gestão na Educação foi sofrível, confusa. Mas, foi um modo interessante de tirar Marta Suplicy do páreo.

Finalmente, o candidato do PMDB que vem sendo anunciado é Gabriel Chalita. Não o conheço e pouco sei de suas obras. Mas, sempre o reconheço pela sua mechinha curva de cabelo na testa...

2. Ambiguidades nos Direitos Humanos

Não é novidade a extrema tolerância do Governo Brasileiro à ditadura cubana a ponto de ignorar ações anti-direitos humanos na Ilha e, mais, até mesmo ser desautorizado pelos Castro (s) ao negar a viagem da dissidente blogueira Yoani Sánchez que recebeu visto do Brasil, mas foi proibida de sair de Cuba.

Diz a imprensa de hoje que o Brasil, no Conselho de Direitos Humanos da ONU criticou “a forma como potências ocidentais e os países árabes tem pressionado o ditador sírio”. (2)

Sim, um ditador já sanguinário querendo permanecer no governo custe o que custar.

Condenou também o Brasil, o virtual armamento da oposição síria, proposições que estariam fora do âmbito da ONU.

Afinal, o que está dentro da ONU? Ou melhor: o que pode estar sob influência da ONU num quadro violento como se assiste na Síria? Aguardam-se respostas do Governo Brasileiro. O terrorismo oficial na Síria, o bombardeio de cidades sem olhar quem são as vítimas significam exatamente o quê? Lá vale o massacre aos dissidentes e quem mais estiver na frente. E os direitos humanos? Ora...não apontem nossas contradições!

Enquanto isso, por aqui, já beirando a demagogia, considerando o posicionamento ambíguo do Brasil nas relações internacionais no tocante aos direitos humanos, com aqueles ares de vestais, se implanta a “comissão da verdade” para apurar abusos nos governos militares.

A verdade revolvida, é bom se esclareça, haverá que apurar a VERDADE. Seja ela qual for.

3. Queima do Corão

Há que lembrar o repúdio no mundo islâmico às caricaturas publicadas em 2005 do profeta Maomé de autoria do dinamarquês Kurt Westergaard que, por conta delas, foi ameaçado de morte e foi mesmo vítima de atentado praticado por um somali. Frustrado por pouco.

Foi um trabalho artístico num dos países mais civilizados do mundo? Liberdade de expressão? Foi sensato, considerando a tensão que existe e existia nas relações com os países islâmicos?

Mas, muito pior do que isso, foi a queima de exemplares do Corão, confiscados de prisioneiros afegãos na base americana do Afeganistão (Bagram, 60 km de Cabul), porque “segundo as autoridades americanas, serviam para esconder mensagens trocadas entre os prisioneiros.” (3)

Qual o resultado dessa insensatez?

Uma onde de protestos e mortes dando margem a que o talibã justificasse seus atos terroristas, “uma reação à falta de respeito dos invasores pelos objetos sagrados do Islã”. O presidente americano Barack Obama se desculpou perante o povo afegão pelo erro cometido por “inadvertência” e “ignorância” de seus militares.

Em que hora em que tal erro se dá! Estímulos gratuitos à discórdia e à violência, aumentando a tensão.

Legendas:


1. “O Estado de São Paulo” de 28.02.2012

2. Idem

3. Idem de 26.12.2012

Foto: São Paulo imensa, proporcional aos desafios.

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