sexta-feira, 23 de maio de 2025

ACHO QUE FUI ESPULSO DO X (EX-TWITTER)



Meio assim, ao acaso, há dois anos me inseri no X (ex-Twitter)  e comecei a inserir comentários e artigos pertinentes.

Sei que neste meu canto de silêncio minha influência no mundo político é de cerca de 0,00001%, isto é, nula.

Mas, no mundo político do X, tóxico como é, se constata o quanto de ignorância pulula por lá, a mentira, as distorções e as insanidades manifestas — chamava de delírio, acefalias.

E, saibam, eu não poupei nem o Lula nesses comentários - por exemplo, ao insistir em lamber as botas de Putin - mas não me envolvi com a escória bolsonarista e nos desmascaramentos. Contra essa escória, reagi com comentários ácidos; nesses dois anos, entre minhas inserções e manifestações de apoio ou ofensas de outros inscritos no X, a lista já passava de 6 mil.

E chegou a se dar, na minha página, debates envolvendo dezenas de outros membros do X.

Me deparando com a ignorância, mesmo de "celebridades" que às vezes pairam pela imprensa, para mim foi fácil desmontar a mentira, a soberba e as distorções dessa gente. Dos que esperam, por exemplo, a cavalaria americana invadindo o STF, dos que acham que nada ocorreu no 8 de janeiro de 2023 apenas uma pequena depredação em Brasília, que não houve tentativa de golpe pelo "ungido" que perdeu as eleições pela irresponsabilidade, pelo deboche exacerbado e pela incompetência. Foi o "ungido" quem elegeu o Lula.

Como silenciar diante de um Congresso aético, que consome por ano R$50 bilhões do orçamento para distribuir emendas a maioria espúria? Que aumenta na Câmara o número de deputados numa manobra vergonhosa?

Minhas últimas inserções foram a comparação possível entre os papa Leão XIII e XIV e crítica severa ao neto do ex-ditador João Figueiredo.

Nesse quadro severo de comentários eis que numa manhã dessas, há pouco, fui informado pelo X que havia algo de anormal nas minhas manifestações e, depois, que o meu e-mail não batia com o que registrado no X (!). O e-mail é o mesmo de sempre, há décadas.

E com esses "impedimentos" fui expulso da página politica. No recadastramento fui inserido numa página amorfa com predominância do idioma inglês.

Fui censurado? Mesmo com minha insignificância política?

Mas, quero deixar registrado que o X era para mim espécie de vício contaminante porque eu sabia que toda vez que o acionava seria para me deparar com a escória política na qual, com predominância, se insere o bolsonarismo. E digo isso sem ideologia.


NOTA DE DIVULGAÇÃO

Minha relevância política, no meu canto de silêncio, não deve passar de 0,00001%, isto é, nula.

Mas, eu desconfio que, por tudo que comentei em 2 anos no X, desmascarando a mentira e as distorções, predominantemente do lado bolsonarista, entre minhas inserções e comentários de apoio ou de xingamentos ao que disse, resultou em mais de 6 mil manifestações.

As críticas que fiz, muitas severas, me aproveitando, não covardemente, da ignorância manifesta e das distorções inaceitáveis, penso que resultou numa censura do X que dá guarida a essa horda da direita, mesmo acéfala.


 

domingo, 18 de maio de 2025

PAPA LEÃO XIII – “RERUM NOVARUM" – PAPA LEÃO XIV

 


Qual a ilação que se pode fazer entre o papa Leão XIII (1810-1903) e o recém escolhido papa Leão XIV?

Já se destacaram demais as qualidades de Robert Prevost que tem um perfil humanitário, discreto mas que se situa na linha adotada pelo papa Francisco mas deve-se esperar como agirá em algumas questões atuais, o casamento de pessoas do mesmo sexo, por exemplo, que Francisco não recusou a bênção a esses indivíduos. Mas, o papa Leão XIV já não deu um sinal ao dizer que a família é composta por homem e mulher?

Em 2013, voltando do Brasil, quando perguntado sobre os homossexuais respondeu:  "Se uma pessoa é gay e procura Jesus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?"

Essa é uma questão presente e pendente.

Mas, refaço a indagação se há alguma razão para Prevost escolher ser chamado de Leão XIV.

Demos uma examinada em ações de Leão XIII que atravessou os séculos.

Ele viveu nos tempos da ascensão marxista a partir do “Manifesto comunista” de 1847 elaborado por Marx e Engel no qual eram expostas a condições desumanas do trabalho operário, a introdução das máquinas que obrigavam os trabalhadores a tarefas monótonas com salário que não dava para uma vida digna e, principalmente, a condenação da propriedade privada:

E, então, os dizeres finais do “Manifesto”:

Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos”.

Com a explosão dessas ideias na Europa, reafirmadas em inúmeros congressos operários, quase meio século depois, como uma resposta ao “Manifesto Comunista”, em 15 de maio de 1891, o papa Leão XIII, difundia a Carta Encíclica “Rerum Novarum”(Das Coisas novas - Condição dos Operários).

Nesse documento, o papa refutava com veemência as teses comunistas, além de explanar com clareza todas as questões que então preocupavam: a propriedade privada, a questão social, as condições subumanas de trabalho, a longa jornada diária, a greve, os salários, o conflito entre o capital e o trabalho, etc.

Como se constata nestes trechos:

A teoria socialista da propriedade coletiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles mesmos a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública. Fique, pois, bem assente que o primeiro fundamento a estabelecer para todos aqueles que querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular”.

Leão XIII preconizava por uma jornada de trabalho compatível com a dignidade do homem, pois “não é justo nem humano exigir do homem tanto trabalho a ponto de fazer pelo excesso de fadiga embrutecer o espírito e enfraquecer o corpo”. Recomendava ainda jornada mais curta para os que trabalhavam na extração de pedra, ferro, chumbo e “outros materiais escondidos debaixo da terra”.

O salário deveria ser suficiente “para acorrer com o desafogo às suas necessidades e às necessidades da sua família” e, “se for avisado, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e obrará de forma que com prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir modesto patrimônio”. Pois, “a terra produzirá tudo em maior abundância pois o homem é assim feito: o pensamento de que trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e sua aplicação”.

Incentivo ao entendimento entre operários e patrões: “Façam, pois, o patrão e o operário todas as convenções que lhes aprouver, cheguem inclusivamente a acordar na cifra do salário: acima da sua livre vontade está uma lei de justiça natural, mais elevada e mais antiga, a saber, que o salário não deve ser insuficiente para assegurar a subsistência do operário sóbrio e honrado”.

As associações operárias deveriam ser livre e prudentemente organizadas ponderando: “se, pois, como é certo, os cidadãos são livres para se associarem, devem sê-lo igualmente para se dotarem com os estatutos e regulamentos que lhes pareçam mais apropriados ao fim que visam”. E mais adiante: “É necessário ainda prover de modo especial a que em nenhum tempo falte trabalho ao operário; e que haja um fundo de reserva destinado a fazer face, não somente aos acidentes súbitos e fortuitos inseparáveis do trabalho industrial mas ainda à doença, à velhice e aos reveses da fortuna”.

A greve, Leão XIII a entendia danosa aos interesses comuns, propondo ao Estado, como remédio mais eficaz “para prevenir o mal” (...) “a autoridade das leis (...) removendo a tempo as causas de que se prevê que hão de nascer os conflitos entre os operários e patrões”. Propunha àqueles “embebidos de máximas falsas e desejosos de novidades”, que “procuram a todo custo excitar e impelir os outros à violência”, devem ser refreados pelo Estado que, “reprimindo os agitadores, preserve os bons operários do perigo da sedução e os legítimos patrões de serem despojados do que é seu.”

Ambos os documentos, o “Manifesto Comunista” e a Encíclica “Rerum Novarum” tornaram-se referenciais, marcas do seu tempo, porque foram diretos nas questões que abordaram, influenciando, depois, decisivamente, a legislação protetora do trabalho.

Antagônicos, mas nos breves trechos transcritos, percebe-se quantas vezes são eles convergentes. Porque era flagrante o abuso à classe trabalhadora.

Para o seu tempo, a Encíclica "Rerum Novarum" constitui-se documento admirável.

Concluindo:

Me parece que nessa discussão perduram itens que repercutem até hoje aos quais se somam os imensos desafios destes tempos tão conturbados de guerras e morticínios, de intolerâncias e preconceitos. São desafios que justificam um trabalho árduo, de conscientização, que parece justificar o nome de Prevost como Leão XIV.

A esperança com fé nestes tempos "evangélicos" sem Evangelhos.


NOTA DE DIVULGAÇÃO

PAPA LEÃO XIII – “RERUM NOVARUM – PAPA LEÃO XIV

Artigo longo no qual tento estabelecer ligações entre o Papa Leão XIII e a opção de Robert Prevost por adotar o nome de Papa Leão XIV.
Essa identificação pode ser encontrada na admirável Encíclica "Rerum Novarum" (Das coisas novas - Condição dos operários) que, se contrapondo ao marxismo em expansão na Europa, fez ponderações sobre a relação entre patrões e operários, recomendando justa remuneração de modo que os trabalhadores tivessem vida digna com sua família, jornada mais curta de trabalho, entendimento entre as partes, evitando as greves que não atendiam aos interesses comuns, liberdade de associação.
Nos tempos atuais ainda há remanescentes das condições de trabalho, mas os desafios atuais de guerra e morticínios, corrupção e preconceitos que parecem justificar o papa Leão XIV. Nestes tempos "evangélicos" sem Evangelhos.


sábado, 29 de março de 2025

A INFLAÇÃO, OS JUROS E AS CONTRADIÇÕES (II)



"Para conter a inflação consuma o mínimo. Nada de excessos. Basta a cesta básica básica."





Prossigo na minha análise sobre a inflação e os juros aumentados de modo inconsequente pelo Banco Central. (*)

Assim qualifico esses atos do BC porque tenho já convicção de que o porcentual de juros quando elevado tem efeitos maiores ou menores sobre a inflação. Um efeito reverso.

É ingenuidade pensar que quem paga o nível de juros atual não repassa aos preços — empresários e serviços — e, como decorrência, elevando a inflação cujo efeito, nesse caso, se dilui nos vários itens pesquisados.

Já disse e repito: a meta da inflação fixado pelo BC se dá no começo do ano como um índice  incerto na base do "quem sabe" um tipo de jogo de azar. Porque muitos são os fatores que podem alterar esse índice pretendido, ao longo do ano. 

Outro dia, no "Jornal da Cultura", quando se discutia a inflação dos alimentos, preço dos tomates, coisas assim, um dos analistas do programa, sem entrar nessas questões muito próprias das causas, se saiu com aquele argumento desprovido de seriedade:

— Tem inflação porque o governo gasta muito!

A todo momento exsurge esse "argumento" no debate sem que se exemplifique um item sequer dos gastos descontrolados sobre a inflação.

Há dias, num supermercado que não prima pelo melhor preço, ao criticar eu o preço de um produto, a moça do caixa afirmou que era culpa do Lula. 

A moça humilde refletiu o conceito falho de que "o governo gasta muito".

Essa ignorância explica a queda de popularidade de Lula.

Eu noto um fenômeno: qualquer tentativa do Governo Federal em melhorar o poder aquisitivo do povo mais simples ou carente e, então, um outro "argumento" perverso: a oferta de recursos extras movimenta inadequadamente a economia e, como decorrência, aumenta a inflação.

Pelo que se conclui para melhorar a economia brasileira: o brasileiro deve ficar em casa confinado tal qual nos tempos da covid, se alimentar mal ou menos, e seria bom que o desemprego aumentasse porque o emprego também movimenta a economia

isso é uma aberração.

E não faço aqui uma proposição cerebrina. 

O jornal "O Estado de São Paulo" que se notabiliza nestes tempos ao completar 150 anos em publicar editoriais e artigos medíocres confirma essa aberração. Trecho do editorial de 28 de março:

"O fato de que o governo avalia antecipar o 13.º dos aposentados é mais uma prova de que Lula da Silva continua empenhado em injetar recursos na economia, apesar da necessidade de conter o consumo, conforme manifestou o Comitê de Política Monetária do BC. As iniciativas do governo vão em sentido contrário, como o programa de incentivo ao empréstimo consignado privado que, ao menos nesta primeira etapa, é voltado ao aumento da demanda. Se isso vai alimentar a inflação, é problema do próximo presidente."

E nesse quadro de contradições e de real incompetência tudo se "resolve" com a elevação irresponsável dos juros pelo BC que também é um fator inflacionário.

Este país tem analistas tendenciosos, ideológicos, desinformados e tudo vai sendo decidido de modo improvisado com sérios problemas à economia "sustentável".

Um detalhe a mais: e o Congresso Nacional dispondo de mais de R$50 bilhões para gastar de preferência no reduto eleitoral de cada senador e deputado é também, ao seu tempo, um forte apelo inflacionário.

E os 58 novos novos pedágios no Estado de São Paulo que o governador alienígena imporá aos paulistas.

Claro que o BC vai ignorar esses abusos e tenderá a aumentar os juros

País sem juízo, sem seriedade, gerido por amadores e aproveitadores.


 (*) No mesmo sentido, acessar: A INFLAÇÃO, OS JUROS E AS CONTRADIÇÕES (i))




segunda-feira, 10 de março de 2025

A INFLAÇÃO, OS JUROS E AS CONTRADIÇÕES






Eu venho acompanhando, como leigo, o conflito que se dá entre o consumo e a meta de inflação que o Banco Central fixa, sem atinar com eventuais percalços que podem se dar no período.

É um índice ideal, quem sabe dê certo!

Tenho notado que para conter a inflação assim fixada pelo BC, rígida, o brasileiro não pode gastar ou se gastar, que o faça moderadamente. Que coma pouco. Que fique em casa, tal qual nos tempos da covid.

Mas, aos primeiros sinais de inflação, o BC se reúne e, então, os juros são elevados em porcentagem das maiores do planeta.

E, claro, contenção do consumo e juros elevados, aumentam as dificuldades de quem produz.

Não me canso de dizer do alto da minha ignorância — e não vai adiantar nada quem tripudie essa "confissão" — que esse jogo simplista e nem sei se irresponsável, não traga um efeito reverso sobre a... inflação! 

E também sobre a geração de empregos.

Como admitir que os afetados pelos juros altos não transfiram aos preços o que mais têm a pagar!

Repito: é um jogo simplista e todos os analistas da área econômica ficam ansiosos esperando o que  diz a ata do BC que de regra traz a previsão de novos "ajustes" dos juros no período vindouro.

Já se disse que o BC deveria pensar em novos métodos para controlar a inflação porque os juros são prejudiciais para a economia como um todo e, repito, com efeito reverso sobre a própria inflação que pretende controlar. 

Custo de vida mais caro sem explicação racional.

Num jornal do Interior de São Paulo leio longa afirmação do empresário Rubens Ometto, fundador da Cosan que participou da CEO Conference realizada pelo BTG Pactual em São Paulo (26 de fevereiro). Disse ele:

"Se você tem a condição de aplicar o seu dinheiro a 15%, 16% e em alguns casos a 20%, 25% ao ano, você vai ficar vagabundo.  Por que você vai correr risco? Com esse nível de juros reais de 9%, 10% ao ano é impossível você administrar qualquer investimento."

O empresário revelou que o prejuízo da empresa em 2024 foi de R$9.424 bilhões contra o lucro em 2023 de R$1.094 bilhões.

Assim, pois, há algo de falso nesse equação que precisa ser revista, a "solução" simplista da elevação dos juros pelo Banco Central que não se preocupa com as consequências desses atos que vêm se repetindo, prejudicando a atividade econômica e os empregos.

Será possível que esses luminares do BC não pensam em soluções mais realistas, mais responsáveis do que simplesmente subir os juros?

Não se trata aqui, de posição ideológica, defesa ou crítica a quem quer que seja. O quadro é grave para a continuidade dessas decisões ortodoxas demais, contraproducentes.


(*) "Jornal de Piracicaba" de 1º.03.2025


sábado, 1 de março de 2025

A "ÉTICA" DE TRUMP












A eleição de Trump representou a alegria da denominada direita radical que não leva a ética a sério e na busca de espaços aplica a máxima de que "os fins justificam o meio". Tudo pela ideologia, mesmo sem entender bem, no final das contas, o que exatamente quer alcançar.

Nessa linha, a mentalidade é tão retrógrada que ainda há quem tema o comunismo no país, com todas as evidências em contrário. São aqueles que classifico de acéfalos que deliram no mundo paralelo da ignorância.

Mas, Trump na sua truculência, aético, patrocinou uma cena que identifica seu modo autoritário de pensar (?) ao tentar no dia 28 último, impor a Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, depois de fazer comentários desairosos sobre o ucraniano, uma paz que agrade apenas a Putin, essa uma farsa nunca vista.

Trump quer que a Ucrânia reconheça sua culpa pela invasão russa covarde, porque assassina patrícios que, em tempos não tão distante, tinham vínculos nacionais. E se apropria de territórios que há muito não lhe pertence — massacrando um povo que progride sem precisar da Rússia.

Sim,  Zelensky está numa situação difícil em defender seu país diante do poderio do agressor e agora, mais ainda, com o anunciado abandono americano à sua defesa, numa demonstração clara que se submete a Putin.

E mais, Trump,  se aproveita dessa fragilidade política e impõe a  Zelensky assinar um acordo de exploração de riquezas minerais da Ucrânia em troca dos gastos que dispenderam os Estados Unidos na ajuda à guerra contra Putin nos dias de Biden.

Descarada chantagem moral, porque a ajuda americana não foi precedida de aviso de que se tratava de empréstimo, por si só um absurdo.

Essa é a ética de Trump. No incidente do "bate-boca" que se deu entre  Zelensky, Trump e Vance, o ucraniano foi "expulso" da reunião, mantendo sua dignidade, sua ética e, não assinou o acordo de exploração das suas riquezas minerais e, rigorosamente, deixou Trump falando sozinho.

De se insistir: Trump se submeteu a Putin. Ele fala grosso com os países não belicosos como princípio mas se submete ao russo. Vergonhoso.

É a direita raiz, raiz de uma erva daninha.






 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

IDEIAS DE TRUMP QUE SE APROXIMAM DE HITLER

Há cerca de 25 anos, foi publicado o livro polêmico "O Papa de Hitler" de John Cornuell que teve repercussão ao registrar tolerâncias do papa Pio XII com o nazismo.

Há uns 15 anos eu li e resenhei esse livro e dessa resenha extraio este tópico:

"Durante a Segunda Guerra, Eugênio Pacelli eleito papa em 1939, preocupado em preservar Roma e até mesmo o Vaticano de represálias de Mussolini, aliado dos nazistas, apelando aos ingleses para que não bombardeassem Roma, uma ameaça real como reação aos ataques nazistas na Inglaterra do então incontrolável Hitler e seus asseclas, pouco ou nada fizera para condenar o holocausto, porém. Nas ruas, sob as janelas do Vaticano, enquanto isso, muitos foram os judeus e outros rejeitados pelo nazismo conduzidos para o sacrifício e para os campos de concentração. As manifestações de Pio XII contra os excessos nazistas e fascistas constituíram-se apenas em reprimendas contidas que na realidade pouca repercussão tiveram, enquanto o extermínio abominável, segundo o autor, vitimava milhões de criaturas em pleno século 20".

Pio XII receava a reação nazista atacando Roma e o Vaticano?

Nessa resenha, pela repercussão ao artigo que escrevi sobre o livro, fui muito cauteloso porque poderiam existir documentos não tão desfavoráveis ao papa, naqueles dias tenebrosos, como foi a pesquisa contida no citado livro.

Pois isso há pouco aconteceu.

Com efeito o "History Channel" divulgou um bom documentário baseado em documentos divulgados pelo Vaticano, exatamente abrangendo as ações diplomáticas de Pacelli sediado na Alemanha antes do papado e como o papa Pio XII.

Todos os estudiosos entrevistados no documentário, lamentaram o silêncio de Pio XII às notórias crueldades nazistas mas não deixaram de assinalar que países envolvidos ou não na guerra, incluindo os Estados Unidos rejeitaram a "oferta" alemã em receberem judeus em seus países que resultaria na preservação da vida de milhares deles.

E em assim sendo, a Alemanha resolveu pela "solução final" dos judeus, resultando em milhões de vítimas nos campos de extermínio.

Com isso é legítimo perguntar se só o silêncio de Pio XII foi a causa da tragédia? Quantos judeus seriam salvos se houvesse essa compreensão humana dos países em recepcionarem os judeus acuados? 

Dirão muitos que o quadro da guerra não propiciava esses gestos, o conflito se revelava sangrento! Mais sangrento, porém, foi o extermínio nos campos de concentração.

O documentário menciona o Brasil que se prontificara a receber 3 mil judeus "cristãos".

Trump

E onde "entra" Trump nessa história?

Explico: ele está oferecendo ou impondo aos países vizinhos receberem palestinos de Gaza, de tal modo que "desocupem" aquela faixa, ficando a critério dos Estados Unidos, principalmente, e Israel o aproveitamento dela da melhor maneira, até a convertendo num polo turístico! Então, os palestinos pelo que até agora se ouve, são indesejáveis em Gaza e precisam de uma "solução final".









E não fica nisso o trumpismo: nessa distorção de princípios, nesse pragmatismo aético, nas negociações do encerramento da guerra Rússia-Ucrânia, Trump está se aliando à Putin, assumindo que a culpa da invasão e destruição que se dá na Ucrânia, a culpa e de Volodymyr Zelensky, seu presidente. A culpa é do agredido!

Então, não se trata de uma aliança, como se deu na Segunda Guerra, entre os Estados Unidos, União Soviética e Reino Unido para combater um inimigo comum truculento, o nazismo.

A aliança de agora de Estados Unidos e Rússia é para derrotar o mais fraco!

E ao ser contestado por ele, Trump passou a subestimar Zelensky de modo torpe para o enfraquecer e ao que parece, promover a paz entre Estados Unidos e Rússia, deixando de fora a Europa e a... Ucrânia!

Que tempos estes!


(*) Acessar: 

O PAPA DE HITLER.

CANONIZAÇÃO DE PIO XII

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O FACEBOOK SE ALINHANDO AO X?







Antes das ações do STF contra posturas golpistas do X de Elon Musk — as fake news e as distorções —, a plataforma era realmente tóxica, com vídeos de violência extrema, deprimentes, mostrando o pior do ser humano perverso.


Com a volta do X, após pagar as multas e o que mais determinado pelo STF, eu notei uma mudança conceitual: a plataforma de maneira a não deixar dúvida se tornou veículo de divulgação de vídeos pornôs em larga escala; com essa "liberdade" não se vê mais cenas postadas por supostos religiosas — não há mais comemoração saltitante com uso de linguagem “própria” desses “evangélicos” — e não se fala mais em "D. pátria e família".

Claro que a pornografia é incompatível com esse lema hipócrita misturado com política. Mas, todos aqueles que se valiam desse meio para se mostrarem "santinhos (as)" continuam ativos no X convivendo com tais vídeos. Só resta, então, a pátria e a família... família? Que família?

Esse é um dos pontos da degradação da plataforma X e não digo isso para mostrar “puritanismo” — não sou hipócrita. Essa é a liberdade de expressão dessa horda ignara que pende ideologicamente para a “direita”.

O Facebook, comparado com o X, tem até agora, um conteúdo limpo, aceitável. Não é abusado, não partiu até agora para a degradação do X.

Agora, o criador dessa plataforma informa que adotará os mesmos critérios do X isto é, podendo abrir o espaço para desqualificados insanos tal qual se dá na platsforma do bilionário.

É uma preocupação real para incentivo da degradação moral e ética com o silêncio dos “santinhos”.

Vamos ver até aonde chega.