terça-feira, 6 de abril de 2010

CANONIZAÇÃO DE PIO XII E ESCÂNDALOS DE PEDOFILIA

Sobre o livro "O Papa de Hitler" de John Cornwell inserido no blog "Dos livros que li", acessar:
RESENHA ATUALIZADA
Embora faça parte desse blog ("Dos livros que li") o artigo original inspirado no livro, porém, está transcrito abaixo seguindo-se a polêmica que ele causou.









Inseri num blog pessoal (1) um assunto que para mim poderia estar superado, não fossem os últimos acontecimentos afetando setores da Igreja Católica.

A polêmica que expus, então, referia-se a artigo que escrevi em 2008 sobre as dificuldades do Vaticano com a canonização do Papa Pio XII acusado de ter se omitido no holocausto nazista, durante a 2ª Guerra Mundial.

Esse tema, para mim, denegrindo o próprio nome do papa citado, passara do limite, sem que a Igreja Católica assumisse posição firme de prosseguir no processo de beatificação / canonização ou não.

Em 2020 é anunciado pelo Vaticano que os arquivos do papado do papa Pio XII (1939-1958) estarão disponíveis aos pesquisadores que poderão fazer pesquisas mais profundas do que realmente ocorreu antes e durante seu pontificado. 

O artigo logo depois foi criticado por bispo emérito de Piracicaba, o saudoso D. Eduardo M. Koaik (falecido em 25.08.2012) a quem muito respeitava, que por todos os meios, divulgou-o na internet em portais da própria igreja e de religiosos sempre colocando meu nome como suposto “caluniador” do Papa Pio XII.

A minha “réplica” publicada no mesmo órgão de imprensa não foi aceita por esses portais assumindo linha retrógrada de pensamento rejeitando a possibilidade do debate.

Depois de republicada no meu blog a minha “réplica”, nada mudou: o artigo do bispo foi mantido nesses portais, mas já deixara de me preocupar com ele porque fatos novos o desmentiam.

Não tenho nenhum interesse em desmerecer a figura do bispo, nem tampouco suas opiniões. Não poderia ser diferente porque, sobretudo, demonstrara ele, antes de tudo, amar a sua Igreja.

Claro que por isso, o bispo emérito assumiu em seu artigo, um pouco de emoção e posicionamento no geral, incompatível com a realidade dos dias de hoje. Há que respeitar a sua idade que pode ser a causa de sua indignação quando alguém aponta trapalhadas da Instituição que ama.

Quanto à canonização de Pio XII, vozes da comunidade judaica se amplificam condenando tal assunção, exatamente pela acusação de sua omissão nos horrores do holocausto.

Assim, coloco a polêmica dos citados artigos porque há nos textos assuntos relevantes e atuais abrindo assim o debate para todos aqueles que quiserem opinar e me corrigir. Aceitarei de bom grado as críticas venham de onde vierem.

1° ARTIGO (Editei alguns pontos para reduzir o seu tamanho)

A Igreja Católica, por sua cúpula, já se houve praticando crueldades inimagináveis como nos tempos da inquisição. Os tempos mudaram, tudo é história embora alguns atos choquem demais, são incompreensíveis porque praticados em nome do cristianismo.

Mais recente enfrenta ela série de denúncias de pedofilia praticadas pelos seus membros – tantas provadas e confessadas por religiosos sem escrúpulos – o que permite questionar fortemente, como vem ocorrendo, a instituição do celibato. O desvio da pedofilia constitui-se, sobretudo, num crime da maior gravidade, execrável, até porque atenta contra a confiança e inocência da vítima indefesa, submetida sabe-se lá sob quais subterfúgios ou ameaças.

Mas, há um tema também grave que passa ao largo da melhor análise, que vai e volta. Trata-se da beatificação do papa Pio XII, o religioso que dirigiu a Igreja nos tempos da 2° Guerra e do nazismo dominando a Europa.

Desde logo se lembre que há algum tempo, mantendo cautela com o ato de beatificação o que no caso seria até mesmo rotineiro tal a quantidade recente de santos e beatos reconhecidos pela Igreja, o papa Bento XVI resolveu instituir uma comissão de alto nível para uma avaliação mais profunda no que toca ao papa Pio XII (Eugênio Pacelli), que teria sido condescendente com o nazismo. l.”

Essa vacilação do Vaticano me leva a repensar o livro muito contestado pela Igreja: “O Papa de Hitler – A História Secreta de Pio 12” de John Cornwell.

Segundo esse autor, a personalidade de Pio XII no relacionamento pessoal impressionava os circunstantes que o consideravam, muitos, piedoso e verdadeiro candidato à canonização.

Mas, quais fatos se prestam a colocar em dúvida essas impressões naqueles dias sobremaneira conturbados? Anticomunista fervoroso Pio XII, muito ligado à Alemanha, aproximou-se dos nazistas dando início a contatos diplomáticos diversos, especialmente aqueles que se referiam à implantação do código canônico, incluindo a autonomia da Igreja em administrar seus membros, sem a interferência do governo. Nesse passo, permitiria até mesmo a ascensão do nacional-socialismo de Hitler, ultranacionalista, anticomunista ao promover gestões e alianças que resultariam na extinção do Partido de Centro Católico alemão que exatamente fazia oposição ao nazismo.

Durante a Segunda Guerra, eleito papa em 1939, preocupado em preservar Roma e até mesmo o Vaticano de represálias de Mussolini, aliado dos nazistas, apelando aos ingleses para que não bombardeassem Roma, uma ameaça real como reação aos ataques nazistas na Inglaterra do agora incontrolável Hitler e seus asseclas, pouco ou nada fizera para condenar o holocausto, porém. Nas ruas, sob as janelas do Vaticano, enquanto isso, muitos foram os judeus e outros rejeitados pelo nazismo conduzidos para o sacrifício e para os campos de concentração. As manifestações de Pio XII contra os excessos nazistas e fascistas constituíram-se apenas em reprimendas contidas que na realidade pouca repercussão tiveram, enquanto o extermínio abominável, segundo o autor, vitimava milhões de criaturas em pleno século 20.

Por isso, o autor não faz concessões ao papa Pio XII, concluindo com uma frase dura; “Ao chegar ao final de minha jornada pela vida e os tempos de Pacelli, estou convencido de que o veredito cumulativo da história o mostra não como um santo exemplo para as gerações futuras, mas sim como um ser humano de falhas profundas, de quem os católicos e nossas relações com outras religiões podem melhor se beneficiar se expressando um sincero pesar.”

Não farei do alto da minha ignorância qualquer outro comentário sobre o religioso. Mas, me parece que o melhor seria o Vaticano resolver de vez essa angústia da beatificação de Pio XII. Ou consolida de vez a santidade numa penada rotineira ou o afasta de vez de tal reconhecimento e arquiva o assunto e a polêmica assumindo a “mea culpa”. Pôr uma pá de cal na demanda e, no silêncio tumular, apenas uma página da História. O que não pode continuar é essa exposição descabida do nome do papa Pio XII que de tempos em tempos volta ao noticiário, denegrindo menos a sua imagem e mais a da própria Igreja.

2° ARTIGO (Resposta do bispo emérito de Piracicaba, Dom Eduardo Koaik): “A PROPÓSITO DA BEATIFICAÇÃO DE PIO XII (As calúnias contra o Papa Pio XII)”

Quando falam mal do Papa Pio XII (Eugenio Pacelli), não me sinto bem de ficar calado. Ao tempo de estudante de Teologia (1946–1950) na Universidade Gregoriana, em Roma, tive a felicidade de acompanhar de perto uma parte do seu longo e profícuo pontificado (1939–1958), logo após a 2ª. Guerra Mundial do século XX. No dia da minha ordenação sacerdotal (1950), celebrei minha primeira missa com o cálice que um dia antes, a meu pedido, o papa havia celebrado com ele. Esse cálice me acompanha até hoje, passados 58 anos.

Em fins de janeiro, li um artigo no Jornal de Piracicaba, assinado pelo advogado Milton Martins. A pretexto de questionar a beatificação do Papa Pio XII, cujo processo está em curso, e em razão de o atual sucessor, o Papa Bento XVI, haver constituído uma comissão de alto nível para avaliar melhor a acusação que se faz a Pio XII de que teria sido condescendente com o nazismo, em particular na delicada questão do holocausto dos judeus, o autor do artigo passa a agredir a Igreja Católica vendo nela só o mal e nenhum bem. Gente com esse olhar da história fecha a possibilidade de qualquer diálogo. Por isso estou a escrever não uma resposta, mas apenas em atenção aos leitores do Jornal de Piracicaba.

Não sei por que, nesse artigo, além de outros ataques, questiona-se até o celibato uma vez que tem havido religiosos envolvidos com pedofilia. Pelas estatísticas, este ato imoral que envergonha a dignidade de quem o pratica e não a de sua vocação, é mais freqüente com pessoas casadas. Nem por isso vai-se desacreditar a instituição do matrimônio. A Igreja Católica reconhece-se santa e pecadora. Em suas celebrações de fé, procura colocar seus fiéis, antes de tudo, em atitude de arrependimento por suas infidelidades para com Deus e para com o próximo. Na passagem do século, ano 2000, comemorou-se mais um jubileu da era cristã e o papa de então, João Paulo II, em nome de toda a Igreja, pediu perdão, em cerimônia pública na Praça de São Pedro, por seus erros cometidos ao longo da história. Sustentada pela força de Deus, a Igreja empenha-se por ser o que seu Fundador, Jesus Cristo, quer ver nela: o sinal do Reino de Deus, portadora dos bens da salvação eterna.

O autor do artigo veicula a notícia da existência da comissão sobre o processo da beatificação do Papa Pio XII, desfigurando a intenção de Bento XVI ao criá-la, e fazendo seu o que lera na imprensa: “há interesse do Vaticano de melhorar relações com Israel” tendo em vista “uma viagem do papa a Israel”. Em nenhuma de suas instâncias, a Igreja usa desse expediente em assuntos dessa gravidade. A leviandade prossegue: “O melhor meio de suspender qualquer decisão sobre o tema é criar uma comissão especial”. É preciso não conhecer a Igreja para atribuir-lhe esse tipo de molecagem. Ninguém conhece tão bem Pio XII como Bento XVI. Na sua juventude e nos primeiros anos de sacerdote, foi testemunha dos procedimentos do papa de então em relação à ditadura nazista.

Creio que Bento XVI não duvida da santidade de Pio XII. Seu propósito, com a instalação da dita comissão, será para dirimir dúvidas decorrentes de ambíguas interpretações da atuação do papa diante do nazismo quando núncio apostólico na Alemanha, ao tempo da 1ª Guerra Mundial, e já papa, no período da 2ª Guerra Mundial. Quem o sagrou bispo e o enviou como núncio foi o papa Bento XV. Em 1937, o Papa Pio XI lançou a encíclica “Mit brennender Sorge”, condenando a doutrina do nazismo. Esta encíclica foi revista pelo Cardeal Eugenio Pacelli na função de Secretário de Estado no Vaticano. Essa carta pontifícia condenava explicitamente a absolutização dos valores étnicos e nacionais. Dizia claramente: a raça ou o povo merecem respeito, mas não podem ser elevados como culto idolátrico, nem como norma suprema de tudo e também dos valores religiosos. Por ter realizado carreira diplomática na Alemanha, Pio XII, que assumiu a Cátedra de Pedro em 1939, nutria profunda estima do povo alemão, mas não era bem visto pelo governo nazista por causa da firmeza de suas posições e pelo seu papel na redação da encíclica. Como papa, procurou manter rigorosa neutralidade entre as partes na guerra, como o fez seu predecessor durante a 1ª Guerra Mundial. Mesmo assim, foi acusado de parcialidade pelas duas partes. A neutralidade não significava renúncia de denunciar as violações cometidas pelos nazistas nos territórios ocupados. Com a encíclica “Summi Pontificatus”, Pio XII condenou a invasão da Polônia em 1939.

O Papa Pio XII esteve sob ameaça de ser deportado por Hitler. O general Karl Wolff foi encarregado dessa operação mas conseguiu convencer o ditador das graves conseqüências de tal atitude. O “terrível segredo” do genocídio dos judeus não foi revelado pelo papa ao mundo porque, na ocasião, nem a Cruz Vermelha Internacional nem os aliados na guerra tinham provas mas só indícios do monstruoso acontecimento.

Numa obra de vários autores, “Processi alla Chiesa”, Enrico Nistri, escrevendo sobre a Igreja e os regimes ditatoriais do nosso século e descrevendo a “Tragédia do catolicismo na Alemanha sob Hitler,” faz essa referência: “Reprovou-se Pio XII de não ter revelado ao mundo o “terrível segredo” do genocídio dos judeus, a respeito do qual tanto a Cruz Vermelha Internacional quanto os aliados mantiveram também reserva por longo tempo porquanto dispunham de muitos indícios mas de poucas provas” (pág. 470). O historiador Francesco Malgeri, em “La Chiesa di Pio XII fra la guerra e dopo guerra”, no seu objetivo relato sobre o fato, dá testemunho: “conventos, seminários e igrejas, nos anos da ocupação nazista, tornaram-se o refúgio mais seguro para milhares e milhares de judeus… e marxistas, sem distinção de nacionalidade… e de ideologia política” (pág. 97).

O artigo termina afirmando ser descabido o nome do Papa Pio XII estar sempre voltando ao noticiário, o que só denigre a imagem da Igreja. Descabido, sim, é este leviano juízo do advogado, autor do artigo que acaba denegrindo sua própria imagem.

3° ARTIGO (“RÉPLICA”): A PROPÓSITO DA BEATIFICAÇÃO DE PIO XII

Sob o título acima, Dom Eduardo Koaik, bispo emérito de Piracicaba publicou matéria neste jornal (22/02) referindo-se a artigo de minha lavra, publicado em 23/01, “O papa e o nazismo”.

Fora vigoroso o bispo emérito em defender o papa Pio XII, com quem convivera, revelando que rezara sua primeira missa com cálice que pertencera ao citado pontífice. Fora importante o artigo do bispo porque pelo menos nestas plagas uma autoridade religiosa expõe uma versão diferente daquela que vem predominando na mídia, ensejando comentários com timbres de ironia até.

Mas, antes, alguns ajustes:

1°) Não fiz minhas as expressões da imprensa que anunciaram a comissão instaurada por orientação de Bento XVI com suposto objetivo de postergar indefinidamente a beatificação de Pio XII. Muito pelo contrário, elas me irritaram;

2°) Não há fundamento na afirmação que não vira eu nada de bom na Igreja Católica. Sobre a própria religiosidade de Pio XII dissera naquele artigo: “no relacionamento pessoal impressionava as pessoas que o consideravam, muitos, piedoso e verdadeiro candidato à canonização”.

Dissera mais e tal fora rebatido pelo bispo emérito que a Igreja se defrontava presentemente, além da beatificação há anos postergada de Pio XII, com questionamentos graves sobre a pedofilia e o celibato.

Voltemos aos tempos nazistas. Sobre a atuação da Igreja sob a opressão nazista, no documento “Memória e Reconciliação: a Igreja e as culpas do passado”, há o trecho seguinte:

“Parece, porém, igualmente verdadeiro de que “ao lado destes corajosos homens e mulheres, a resistência espiritual e a ação concreta de outros cristãos não foi aquela que se poderia esperar de discípulos de Cristo.” Este fato constitui um apelo à consciência de todos os cristãos, hoje, exigindo “um ato de arrependimento” e tornando-se um estímulo a que redobrem os seus esforços para serem “transformados, adquirindo uma nova mentalidade” e para manterem uma memória moral e religiosa” da ferida infligida aos judeus”.

O historiador alemão Gerhard Ritter, no seu livro “Xeque-Mate ao Ditador. O que foi a Resistência Alemã”, com efeito relaciona vários bispos alemães que atuaram contra o nazismo. 

Não há referência a Pio XII, ele que “nutria profunda estima ao povo alemão”.

Esse autor fora cuidadoso ao relatar os convênios (denominados “concordatas”) que resultaram na extinção do partido de centro católico alemão, que se opunha ao partido nazista, omitindo a participação decisiva do então cardeal Pacelli na assinatura desses acordos com os nazistas.

Revelara mais o autor: “Como não ousaram tocar nos bispos, voltaram-se eles (os nazistas) com muito mais zelo para os padres e capelães, e centenas deles foram enviados para os campos de concentração e muitos foram condenados pelos “tribunais do povo”.

Preservando a hierarquia dos bispos não revela o autor ameaças diretas ao papa. O bispo emérito de Piracicaba se referira, porém, à ameaça que sofrera Pio XII de ser deportado por Hitler...

Essas contradições e ambiguidades que, como dissera, vão e voltam, afetam o nome de Pio XII que haveria de ser respeitado pela sua religiosidade.

No que se refere à pedofilia, o argumento dado pelo bispo fora de que homens casados também praticam tal abominação.

Esse argumento é de extrema infelicidade, porque para os outros anormais execrável...: “se os padres podem quem não pode; se os padres são perdoados, porque também eu não sou? Eu me confesso, eu rezo. Mereço o perdão.”

Essa execração não se atina com o magistério do sacerdócio. Mais ainda o acobertamento dos seus atos
.


Há que considerar o apelo humano no que se refere à sexualidade e ao celibato. Por isso busco outra fonte para analisar o seu sentido filosófico-espiritual. De Max Heidel, místico-filósofo no seu “Conceito Rosacruz do Cosmos”:

“Por outro lado, se a pessoa se dedica a pensamentos espirituais a tendência para empregar a força sexual na propagação é mínima, de forma que qualquer parte dela que não se use nesse propósito pode ser transmutada em força espiritual. Por tal razão o iniciado, em certo grau de desenvolvimento, faz o voto de celibato. Não é uma resolução fácil de tomar, nem pode ser feita à ligeira por qualquer pessoa que deseja desenvolver-se espiritualmente. Muitas pessoas ainda imaturas para a vida superior sujeitam-se, ignorantemente, a uma vida ascética. Tais pessoas são tão perigosas à comunidade e a si mesmas quanto o são os maníacos sexuais imbecis.”

O livro de Heidel foi escrito no começo do século passado, quando havia recato e até mesmo a demonização do sexo. Imaginem nestes tempos em que o pêndulo solto sem controle, com violência foi para o lado oposto dos costumes, gerando tal erotização do sexo, incentivada pelos meios de comunicação e literatura.

Põe abrasamento nisso!

Digam o que disserem. Essas lições de Heidel nunca foram tão verdadeiras para explicar os atos desses padres pedófilos ímpios muitos dos quais ainda rezam missas, realizam casamentos.

Atualização:

Com o avanço recente dos escândalos de pedofilia atingindo a Igreja Católica, muitas são os atrapalhados e aas vozes que tentam minimizá-los. E há posicionamentos de sacerdotes que se assemelham ao do bispo emérito de Piracicaba. Com efeito, de Dom Oriani, Arcebispo do Rio de Janeiro: “Não se nega que haja problemas de cá e de lá. Mas o número de pessoas erradas em sacerdócio nas igrejas é bem menor do que em casos de pais, padrastos, professores, educadores, pessoas do dia a dia... Há um número muito maior de pessoas assim do lado de fora do que dentro da Igreja.” (2)

Que proporção é essa? Quantos são os sacerdotes e quantos são os “fiéis”?


Foto: Papa Pio XII

Referência:

(1) Blog: http://martinsmilton.blogspot.com/

(2) Portal IG / Rio de Janeiro – Entrevista a – Valmir Moratelli em 31.03.2010

Obs: Trechos em itálico foram acrescentados

2 comentários:

  1. Milton, os porta-vozes do Vaticano, exorcistas, estão botando a culpa no coitado do capeta (tem costas largas, o bicho) pela imoralidade e lascívia desbragada que hoje vem à tona. Restaria perguntar a quem, então, atribuir a culpa da atitude dúbia e oportunista dessa instituição antes, durante e depois da IIª Grande Guerra, heróicas exceções individuais à parte. Seu artigo é pertinente, e valioso documento para que possam entender melhor do que se fala, seja de canonização, seja de desvios criminosos de conduta como a pedofilia. Parabéns.

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  2. Ler Saramago em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo"
    Por causa desse livro o autor foi excomungado e quem quer comungar com a idéia de que esse papa foi santo?
    O fim do mundo de Nostradamus, é o fim da igreja católica - que era o mundo no tempo medieval.
    Bem feito!

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