sábado, 3 de abril de 2010

A TECNOLOGIA DESAFIANTE E QUE EVOLUI SEM LIMITES

20/09/2009

A eclosão da internet, o correio eletrônico, a impressionante precisão dos mapas do Google Maps, o GPS e até mesmo o “pen drive”. Até onde chegaremos com essa tecnologia tão refinada?

Escrevo como leigo tal qual daqueles de uma geração longínqua que se deparava, para tirar cópia de documentos, por exemplo, com uma máquina de fotocópia na acepção do termo. Devagar ela ia passando no rolo, meio no escuro e depois de alguns minutos lá estava a cópia fotostática de regra bem tirada. Depois, para tirar cópias para uso comum, tal qual o fax hoje, usava-se a “termofax” com suas folhas alaranjadas, opacas.

Passei por tudo isso e, meu instrumento de trabalho, claro, era a máquina de escrever, mesmo sendo mau datilógrafo. Quantas vezes, um erro no meio de texto me obrigava a começar tudo de novo, inapelavelmente.

Com o computador, comecei a manipulá-lo para valer há uns quinze anos. Marcava as teclas principais para não “deletar” inopinadamente, o texto em digitação.

Aí, um dia “caí do mundo” com o advento da internet. A minha perplexidade chegou ao auge por tudo o que ela desvendou e desvenda.

Voltei no tempo para entendê-la.

A origem da internet vem sempre ligada ao momento mais temível da guerra fria. Ela teria sido imaginada depois que a União Soviética colocou em órbita o primeiro satélite artificial, o Sputnik. Apressavam-se os Estados Unidos, então, em produzir altos estudos que objetivavam colocá-los na liderança tecnológica e científica do mundo.

Todos os estudos em torno da idéia de intercomunicação via computadores nos idos de 60, estiveram, pois, vinculados ao Departamento de Defesa americano.

Todavia, somente em 1969 um primeiro esboço da rede, se deu com a interligação de quatro universidades americanas possibilitando que professores e pesquisadores se comunicassem via computadores.

Revelava a UNESCO, então, grande preocupação com a eventual dificuldade de acesso dos paises do denominado “Terceiro Mundo” nos equipamentos modernos de comunicação, considerados elemento de sucesso “em sua luta contra a pobreza e o analfabetismo e para ampliar sua capacidade educativa”.

Nos primeiros anos de 1990 já com a Internet mais avançada, mas meio hermética pelas dificuldades em acessá-la, foi introduzida a WWW – World Wide Web (Teia do Mundo Inteiro), simplesmente uma “teia mundial” (web = teia), uma idéia de um engenheiro britânico, Tim Berners-Lee, que veio facilitar a navegação na rede, resultando no fenômeno que é hoje.

Como sabido, tal a sua utilização universal, a internet, na verdade, malgrado os abusos que ela pode conter, popularizou a cultura mundial, a ponto de permitir que qualquer pessoa, grupo social ou país por mais pobre que seja, transmita suas idéias, cultura ou mesmo suas dificuldades sociais e políticas, disponibilizando pela rede, para o mundo todo, as informações. Ou receber informações.

Qualquer pesquisa, sobre qualquer assunto, hoje pode ser obtida ou completada na rede. E com ela o “inacreditável” correio eletrônico.

Essas afirmações são hoje até elementares. Nada há nada de novo nisso.

Mas, a rede ainda traz surpresas. E quantas ainda trará? Uma das mais intrigantes é o Google Earth. Quando se insere na tela o portal, o mundo é esmiuçado. Dependendo da localidade – e na maioria delas isso é possível – com a aproximação que o sistema possibilita, qualquer ponto do planeta pode ser identificado nos detalhes de ruas e avenidas.

Encontram-se a casa, o armazém o quartel, qualquer endereço, em fração de segundos praticamente em qualquer parte do mundo. Até mesmo as monstruosas queimadas e devastação na Amazônia.

Ficara há alguns anos meditando sobre as decorrências dessa “quebra de intimidade mundial” quando me deparei, então, com a afirmação de um general russo, Leonild Shazin, ligado aos serviços de segurança de seu país, sobre o Google Earth:

“Os terroristas não precisam mais fazer reconhecimento de alvos. Agora uma companhia americana trabalha para eles.”

Há, efetivamente, muito de verdade nisso, mais agora com a melhora da nitidez das imagens.

Quero significar com esta análise que os meios de comunicação via internet parecem não ter limites. O que ainda veremos?

Em viagem recente aos Estados Unidos me deparei com a impressionante precisão do GPS. A fonte “Respostas Yahoo” assim o define:

“GPS quer dizer Global Positioning System (“Sistema de Posicionamento Global”). Trata-se de um instrumento de navegação por satélite, criado para fins militares. O GPS é um aparelho que recebe os sinais enviados por satélite e, a partir do tempo que demora para a chegada desses sinais, determina onde a pessoa ou aquele lugar que ela busca está.

A tecnologia é recente: a primeira vez que o GPS foi usado efetivamente foi na Guerra do Golfo, em 90 e 91. Alguns anos depois, o aparelho foi liberado para o uso de civis e passou a ser comercializado.”

Pois bem, mesmo com o GPS de viva voz indicando as direções e as conversões, se houve erro no trajeto nele pré-estabelecido e pré-avisado, o sistema trata de corrigir e define outras alternativas de caminho. Por fim, alcançado o objetivo, se em inglês, do modo mais revelador e simplório, a voz: “turn right and you reach your destination”. É demais.

Por fim, o tal do “pen drive”, equipamento menor que um tabletinho de chocolate, do que um isqueirinho: armazenou ele, todos os arquivos de meu computador doméstico e cerca de 15 anos de arquivos profissionais.

Paro por aqui. Outras tecnologias estão por aí, mas eu ainda não fui nelas “iniciado”. Que se renovam e se aperfeiçoam sem parar. Repito: é demais. Demais para mim, mas ou por necessidade ou por obrigação vou, devagar, assimilando. Devagar e sempre.

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