segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PATÉTICAS ELEITORAIS

Lula e sua participação no programa do PTl tentando transformar o escândalo da quebra de sigilo fiscal em “intriga da oposição”. Demonstra, já, a angústia pela transferência do poder? Temas conexos: Fidel Castro e o regime cubano e as pesquisas eleitorais - estranhezas.

No comentário passado, explanara sobre o episódio ilegal de quebra de sigilo fiscal de próceres do PSDB e, por incrível que pareça, da filha e do genro de José Serra, nada mais nada menos do que o principal candidato da oposição. Todos os que engendraram essa ilegalidade, de um modo ou outro, são membros ou ligados ao PT – o desastre é tanto que o estrondo equivale a hipopótamos numa cristaleira.

Claro que pegou mal, muito mal, neste país sem controle e modelo de impunidade.

Nos seus descalabros verbais, Lula ironizara o abuso da Receita Federal na quebra dos sigilos, fazendo aquele discurso para a turma do entende pouco, esbravejando – “onde está o sigilo que não aparece?”

Enquanto se davam e se dão os desdobramentos do escândalo, agora um tanto ofuscado pelo escândalo que se anuncia no Ministério da Casa Civil, no qual é mencionado o envolvimento da própria ministra Erenice Guerra em atos ilegais de lobby e contratos sem licitação – “braço direito” (?) da candidata Dilma Roussef – Lula, na semana passada, aproveitando-se do horário eleitoral, fez um dos pronunciamentos mais patéticos destas eleições, quiçá de todas as eleições das quais participou.

Com efeito, o presidente da República – segundo sua candidata, se apresentando nessa oportunidade como “presidente do partido” e não como detentor do cargo máximo da nação – tentando confundir os eleitores, daria a entender claramente que todas as denúncias do sigilo fiscal violado – sem as mencionar - seriam falsidades, denúncias falsas, do mesmo padrão que já sofrera antes, ao longo de sua trajetória política.

Ora, as denúncias da quebra do sigilo são notórias e desavergonhadas, porque houve até mesmo a utilização de documentos falsos.

E, por outra mão, quais denúncias teria o próprio Lula sofrido e que se qualificariam como "intrigas da oposição"?

As do mensalão é que não foram. Neste escândalo fora socrático: "só sei que nada sei".

Faço sérias restrições a atitudes de Lula na presidência da República e as criticas que venho fazendo não têm um cunho partidário. É pelo excesso de cansaço de ver o seu oportunismo (eu o acompanho desde os tempos do sindicalismo renascido em São Bernardo do Campo), seus atos desordenados, as contradições que comente ao longo de sua trajetória, suas gestões importunas no Irã belicoso e que não respeita os direitos humanos básicos, os afagos que distribui a Hugo Chaves prepotente, a Evo Morales e, principalmente, a Fidel Castro (*)

Há, nisso tudo, particularmente na sua conduta nestas eleições, me parece, um sentimento de autosuficiência, de saudade do poder que lhe escapa do controle direto. Não sei se lhe escapará, também, o controle indireto.

Esse discurso, tanto quanto outros, tem um timbre de continuísmo, de exacerbação e doses antidemocráticas. PATÉTICAS.

Eu faço e libero geral!

(*) Apenas um desvio a esta análise: Fidel Castro disse, na semana passada. que o regime cubano não funcionava mais para nem em seu próprio país. Afinal, ocorre lá uma abertura, o cidadão cubano pode obter telefone celular e circular com os mesmos taxis destinados aos turistas!

Depois se retratou e voltou à velha fórmula de que o capitalismo não serve nem para os Estados Unidos pelas crises que provoca. Se mantivesse o posicionamento anterior, como ficariam os enaltecedores da revolução cubano vetusta, ultrapassada e insustentável? Perderiam aquele grito de meio século: Viva la revolución cubana”. José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Daniel Ortega da Nicarágua, Chaves e outros perderiam a referência...e o “grito de guerra”.

PS: Tenho desconfianças das últimas pesquisas de intenção de voto, pelo modo assombroso como se deu a virada pró-Dilma. Acho até que a insistência na repetição dos resultados na mídia constitui-se propaganda ostensiva dos candidatos que as lideram. Não sei não. Artigo importante sobre o assunto: o do colunista e jornalista Humberto Mesquita, no portal www.votebrasil.com: “Pesquisas: uma arma perigosa” de 11.09.201

Nenhum comentário:

Postar um comentário