quinta-feira, 20 de maio de 2021

BOLSONARO É A TRAGÉDIA BRASILEIRA

1. Os motivos do título

Dezessete meses de governo e nada de relevante pode ser relacionado pelo "administração" Bolsonaro que possa ter relevância para o futuro, como uma referência.

Trata-se de um governo medíocre.

E é medíocre a partir do que fala, do que faz. Há afirmações tão desqualificadas que afetam até mesmo o mercado econômico e, por tabela, o mercado de trabalho. E até a fabricação de vacinas por aqui.

Foram seus asseclas que introduziram as fake news, com sua aquiescência nas ditas redes sociais,  alimentando seus seguidores incautos e ignorantes que tomaram tantos absurdos como verdades a serem compartilhadas.

São fanáticos, com timbres de acefalia. Há o seu principal "pastor" que o endeusa tal qual os judeus no Èxadus que adoravam o bezerro de ouro, Para esse "pastor", gritão e histérico, mala feita ele adora o boi...sonaro. Quais seus interesses nessa adoração não cristã?

Há nisso tudo, um sentido forte de falsidade que vem sendo insistentemente alimentado.

Esses "pastores" vulgarizaram, pelo lucro, os Evangelhos e versículos bíblicos. São recitadores. São os pregadores de porre.

E Bolsonaro exulta, os apoia, se ajoelha perante eles, faz orações não se sabe a quem. Uma farsa em nome de Jesus Cristo. 

Para marcar posição: em tudo no que Bolsonaro mexe ou piora ou estraga.

Acessar: Agente do mal

2. Atitudes de revanche desequilibrada

Em termos de pandemia, fora e tem sido Bolsonaro um irresponsável.

Fazendo beicinho e tentando tirar a bola do jogo da qual pensava ser o dono, assim agiu após a decisão do STF que compartilhou o combate à pandemia com ações integradas do governo federal com estados e municípios. Sob coordenação do governo federal.

O seu discurso em rede nacional, repetindo o "diagnóstico" daquele médico da Globo que fala o que não tem o que falar no caso anunciando a pandemia como uma gripezinha sem qualquer base científica - e a partir dai tripudiando de modo sistemático aqueles que, com bom senso incentivavam o uso das máscaras, o isolamento e evitar aglomerações.

O que fez o Bolsonaro? Nada do que foi recomendado e saiu por aí, a ponto de limpar o nariz e dar a mesma mão a um seguidor deslumbrado sem máscara.

Na sua mente desfocada, sugeriu, num dado momento, quando a pandemia passava a preocupar, o isolamento vertical, isto é, somente os idosos seriam afetados pela medida, ficando todos os demais, supostamente fora do grupo de risco, mantendo atividades normais.

As mortes aos milhares revelaram que tal medida seria um desastre maior do que o ora vivido.

Acessar: Atos diabólicos

3. A cloroquina e as vacinas desprezadas

Como todos sabem nos primeiros impactos da pandemia e o aumento das mortes, a reação de Bolsonaro fora de desdém: "E daí?", "Não sou coveiro" e por aí seguiram suas insanidades verbais.

Mas, na sua teimosia não sei se por incentivo do seu ainda ídolo americano, Trump, passou a defender a cloroquina de modo até ridículo e outras drogas como a ivermectina e a hidroxicloroquina como capazes de resolver os efeitos da covid-19. 

E, nesse diapasão, desprezou a vacina que o mundo buscava intensamente. Assim, em meados do ano passado, fez comentário tolo sobre a corovanac - que no final das contas aplicada com sucesso em todo o território brasileiro - e ignorou o quanto pode a oferta da vacina da Pfizer.

Considerando o número de mortos e a ineficácia absoluta das drogas que receitava e exigia dos ministros da Saúde sua defesa, para não reconhecer seu erro primário, continua defendendo o chamado "tratamento precoce" porque se assumir o erro,  reconhecerá, inevitavelmente, sua irresponsabilidade.

Defendendo essas drogas, apoiado por alguns médicos negligentes, Bolsonaro vai mantendo ativa sua farsa,  vai, então, mantendo esse receituário, a alegria das farmácias, que o afasta da acusação formal de genocida. 

Mas, fora ele o gênio do mal.

E o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello? De general perante Bolsonaro foi reduzido a sargento, submisso a mais não poder,  um ministro absolutamente deslocado do cargo, extravasando incompetência.

Honras ao glorioso Exército brasileiro!

Há dias, em mais um ato de absoluta desnecessidade, sua irresponsabilidade verbal voltou a atacar a China acusando-a de produzir em laboratório o vírus da covid-19. Resultado: tanto o Butantan - que produz a corovac que tem comprovação positiva no combate ao vírus da covid-19 - como a Fiocruz que produz a AstraZeneca ficaram sem o IFA - Insumo Farmacêutico Ativo para continuar a produção. Seria uma retaliação chinesa? Os bolsonaristas negam mas tudo indica que sim.

Melhor que o "elemento presidente" calasse a boca, mas ele não tem preparo para a autocrítica, elementar que seja. É, sobretudo, um amoral.

CPI da Covid: os bolsonaristas condenam essa CPI qualificando-a de ridícula e coisa afins. Ridículo foi exibir caixa de cloroquina às emas nos jardins do Planalto. Há, nos depoimentos da turma do "governo", uma disputa ao mais mentiroso.

4. A distribuição de "lixo" em forma de fake news

Com a chegada de Bolsonaro à Presidência, foram incrementadas as fake news de modo exacerbado um modo de alimentar, nas redes sociais, seus seguidores e asseclas.

Nessas falsidades,  destacam-se seus filhos que o "assessoram" agravando o quadro de insanidades.

Essas falsidades, de modo insistente, foram e tem sido estampadas e repetidas à exaustão e esses incautos a tem como verdadeiras. E mesmo quando desconfiam da veracidade, as compartilham irresponsavelmente como se fosse uma missão em nome do "mito", um qualificativo descarado, porque de mito ele não tem nada.

E eis que numa foto, vertendo lágrimas, sob olhos azuis que nem mesmo os escandinavos ostentam...

Quer pelas fake news, quer pelo ataque que engendra o bolsonarismo radical, dá-se o conflito dos que rejeitam seu modo de agir e os que apoiam, se estendem até no âmbito familiar.

 Não, ele não tem a mentalidade do entendimento. Ele representa o conflito, a discórdia. Mesmo ao lado dos seus pastores ele tem sido qualificado de "anticristo". Bobagem? Se sim, pior e muito do que isso, são as mentiras que ele profere, as  farsas que divulga como se fosse um "escolhido".

Pela suas atitudes desastrosas, demorará muito para o país se recuperar dos seus desmandos. Do desastre.

5. Os combustíveis e o preço dos alimentos

Naquela sua linha de estardalhaço e obter o aplauso de seus asseclas e seguidores com máscaras nos olhos, ao constatar os preços dos combustíveis praticados pela Petrobrás, decidiu Bolsonaro a demissão do então presidente Castello Branco e indicou um militar para seu lugar.

Imaginava-se que os combustíveis tivessem outra forma de fixação de preços, mas tal não se deu: o novo presidente da empresa, um militar disse há dias que a Petrobrás, continuará balizando seus preços pelas variações internacionais do produto (?). E isso com o dólar em torno de R$5,30!

Esse tipo de comportamento ambíguo, faz parte do seu perfil que, no fundo, explosivo, apenas revela seu despreparo.

No tocante aos preços dos alimentos, quer pelo dólar alto, quer pelo elevado preço dos combustíveis Bolsonaro nada diz, aliás, há dias num churrasco comemorativo, estampou nacos de carne de valor elevado. O que pretendera ele demonstrar àquela parte da população com fome, vivendo da caridade? Ora, mateus, primeiro os meus.

Pessoas humildes com quem tenho conversado, começam a se perguntar, se tudo isso tem a ver com o governo. E qual a resposta que eles mesmo chegam? Será preciso reproduzir? 

Dizem, utilizando o chulo, que tudo está a mesma m...

E o ministro Paulo Guedes? Quem? Transformou-se num figura patética no governo e para se manter, na linha do chefe, tem dito bobagens. De seus discurso, palavras ao vento, na verdade uma brisa que mal se sente. Está num processo forte de desmoralização.

6. Geisel e Bolsonaro, o "mau" militar

No livro de memórias, "Ernesto GEISEL" do qual são organizadores Maria Celina D'Araujo e Celso Castro, diz o ex-presidente ao se referir a militares que ingressaram na política o seguinte sobre Jair Bolsonaro:

"Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um  caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar,"

Todos os militares dos tempos da ditadura morreram no padrão classe média.

Hoje, os militares no governo do primeiro escalão, vivendo espécie de mamata, submissos aos desmandos do chefe tiveram reajustes nos seus salário que ultrapassam em muito o teto constitucional que é de R$39.293,32. O vice Hamilton Mourão, o Gal. Ramos Netto passarão à maior remuneração em torno de  R$63.500,00. 

Hoje Geisel deve estar se remoendo no túmulo ao ver o que faz o "mau militar" na presidência da República. E os seus seguidores.

7. Voto impresso

Para desviar a atenção de seu governo caótico, Bolsonaro e deputados que o apoiam e que não se dão conta do equívoco, tentam que as eleições sejam por voto impresso.

Que se saiba, não há qualquer dado significativo que tenha havido fraude nas máquinas de votação.

Gostaria de dizer que fui escrutinador nos tempos do voto de papel, em São Caetano do Sul. Claro que ninguém naquela cidade sequer pensaria em fraude nas várias bancas instaladas, responsáveis por abrir as urnas confrontando com o número de votantes constantes da respectiva ata.

Mas, imaginem a contagem manual, registrando os votos naqueles mapas meio sem efetiva fiscalização o que pode sair desse procedimento nos rincões do Brasil "sem culpa".

No voto impresso, há o convite à fraude.

E esses deputados, apoiando o discurso retrógrado de Bolsonaro, vão de modo impensado voltando ao passado nestes tempos de alta tecnologia.

Como é possível? Turma do gado...

GAZETA DE PIRACICABA de 13.06.2021

Projetos de Lei em tramitação na Câmara dos Deputados, sobre a emissão de voto impresso pelas urnas eletrônicas.

1. Projeto de ementa constitucional n° 135. A justificativa explanada pela deputada autora, Bia Kicis, se refere aos inúmeros projetos de controle das eleições, não confiando totalmente nas urnas eletrônicas que, diga-se de passagem, os resultados nunca foram contestados de modo sério nas eleições anteriores, culminando com este PEC, que acrescenta o §12 no art. 14 da Constituição:

§ 12 No processo de votação e apuração das eleições, dos plebiscitos e dos referendos, independentemente do meio empregado para o registro do voto, é obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria.

2. Projeto de lei n° 1175/2015 de autoria do deputado Marcelo Squassoni e outro, que de certo modo “regulamentaria” o teor da emenda constitucional proposta pela deputada Kicis. Esse projeto, porém, não está tramitando. Os debates se dão sobre o projeto de EC nº 135. 

Os princípios desse projeto:

a) A urrna eletrônica emitirá prova do voto em papel, devendo o eleitor colocá-lo em urna lacrada “tradicional” (?) havida no local da votação;

b) Em audiência pública, após o encerramento da votação, o juízo eleitoral fará um sorteio de 2% delas para cidades com até 200 mil habitantes e 4% para cidades com mais de 200 mil habitantes auditando os votos encontrados na urna na qual foram depositados, comparando com os registrados na ata das urnas eletrônicas. O juiz eleitoral pode também assim agir se surgirem suspeitas de irregularidades nalguma votação;

c) O projeto não se refere à solução às eventuais irregularidades encontradas. Havendo divergências, qual o votos que prevalecerão?

Na cidade de São Paulo, com milhares de urnas (cerca de 100 mil), 4% delas auditadas se constituirá, praticamente, numa nova "apuração"? Voltando, pois, à burocracia e aos tempos do "fusca-62" que ainda funciona, quase que puxado por bois, porém.

Claro que isso tudo implicará em atrasos significativos na divulgação dos resultados finais. Essas propostas são a negação dos sistemas eletrônicos, talvez pelo histórico havido no passado de fraudes denunciadas em eleições, antes das urnas eletrônicas.

Esses projetos tramitam com forte oposição do Tribunal Superior Eleitoral. O Ministro Luiz Roberto Barroso, aos ataques às urnas eletrônicas, disse há dias:

"O sistema brasileiro de urnas eletrônicas é auditável do primeiro ao último passo. O papel da Justiça Eleitoral é zelar pela segurança do sistema. Agora, o país é livre, e as pessoas falam o que pensam. Já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional. Ganhou, leva. Perdeu, vai embora. (Donald) Trump, nos Estados Unidos, esperneou muito, mas está na Flórida, não em Washington", disse Barroso, que ressaltou que é mentirosa a afirmação de que as urnas eletrônicas não permitem recontagem de votos."

Acessar: Bolsonarices

8. O descaramento nos cuidados ao meio ambiente

Em discurso evasivo para os principais líderes do mundo, recentemente, em "lives", prometeu medidas de combate ao desmatamento para, no dia seguinte, cortar verba vultosa do Ministério do Meio Ambiente.

Se não cortada, nem sei se essa verba serviria para alguma coisa tendo como "responsável", o ministro Ricardo Salles. Talvez Salles seja a causa do corte, até porque há denúncias provindas da Polícia Federal que apresentam indícios ou mais do que indícios sua condescendência com madeireiras ilegais. O acusam de dar legalidade à devastação crescente. As investigações estão andamento do STF. 

Bolsonaro, na sua insânia, prometeu acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.

Até 2030, o que restará da Amazônia? 

É essa a promessa de quem não está preocupado com o meio ambiente. 

Acessar: A destruição da Amazônia e a hipocrisia

→ Professor Silvana (dos quadrinhos do Shazan), o vilão

.