domingo, 23 de dezembro de 2012

“FRASES DE EFEITO SEM DEFEITO” (I)



Um punhado de aberrações, precipitações e besteiróis destes últimos dias do ano. Seria cômico...

CPI do Carlinhos Cachoeira termina em pizza



Todo mundo com um mínimo de interesse pelo que se passa na política deste país sabe que a CPI do Cachoeira converteu-se em mais uma palhaçada havida no Congresso Nacional e nós outros, perplexos, constatamos o desperdício de recursos públicos imensos para suportar mais essa comissão.
Já por demais divulgados os aspectos políticos (os beneficiados pela pizza), fico no menos: o relatório rejeitado do deputado falastrão Odair Cunha, relator, era composto de 5 mil páginas. Cinco mil páginas multiplicadas por 20 – o número aproximado de cópias geradas por esse relatório – resultaram em 100 mil folhas de papel jogadas no lixo. Pequena mostra dos desperdícios que afetam, no todo, o custo Brasil e a folha dos contribuintes. Irresponsabilidades.

Apagões e redução das contas de energia elétrica



A presidente Dilma vem recebendo um duro castigo com os apagões que se repetem em regiões do pais. É por que o ‘castigo’? Porque há pouco, para defender seu padrinho de críticas de FHC, lembrou dos apagões que ocorreram nos tempos do governo tucano.
Sobre isso, já escrevi (“A arte de morder a língua...”) (1)
E as desculpas para tais falhas graves, dadas por técnicos do setor, são esfarrapadas. A última, um raio teria sido a causa do desligamento da hidrelétrica de Itumbiara (na divisa entre Minas e Goiás) afetando 12 estados brasileiros.
Não sei não, mais a insistência dela em reduzir o valor das contas de consumo de energia promovendo a renovação automática das concessões às empresas que aceitarem essa condição sem encarar a realidade das várias empresas distribuidoras, parece ser ação precipitada num momento em que o país tem crescimento pífio. Há subestações em situação precária. Desconfio. Essa redução talvez fosse melhor em etapas num certo prazo. 
Aliás, muito do que Dilma tem apregoado nos seus discursos não tem acontecido.

Lula e o mensalão



Lula vai sendo envolvido no mensalão. Dão conta as notícias de que as denúncias de Marco Valério, no que se refere a pagamentos de despesas pessoais de Lula, são comprovadas por documentos.
A coisa estaria mais complicada para Lula se não fosse tão preservada sua imagem como até agora tem ocorrido.
E ele pede socorro. É a Dilma que o enaltece mas não vacila em exonerar diversos dos seus ex-colaboradores que ficaram no governo por imposição sua, e há pouco (18/11), oito governadores vieram a São Paulo – um do PSDB - para lhe prestar solidariedade repudiando as denuncias do seu “ex-aliado” (?).
E aí, o governador de Alagoas, do PSDB se sai com esta bobagem comprometendo o seu partido que seria de oposição:
“O presidente Lula tem um grande serviço prestado ao Brasil assim como teve o presidente Fernando Henrique. Não é uma denúncia de um Marcos Valério que vai desmanchar seu trabalho.”
Desmanchar trabalho nenhum. Não é o “seu” trabalho que está em jogo, mas o mensalão cujo processo dele, Lula, se aproxima ainda que timidamente...
E esse “um” Marcos Valério levou à condenação de 25 envolvidos no mensalão.
Lula tem feito trapalhadas imensas: buscou apoio de Maluf ao seu candidato a prefeito de São Paulo e há pouco a presença comprometedora da 'aspone' Rosemary Noronha, ‘assessora presidencial’ em São Paulo sua protegida nas suas incursões pelo mundo e agora pivô do escândalo da venda de pareceres entre outros...  

Royalties do petróleo: o veto de Dilma

O ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal concedeu liminar para rejeitar a apreciação em caráter de urgência pelo Senado, do veto da presidente no tocante à distribuição dos royalties do petróleo, porque antes dele havia, como há, 3060 outros vetos não votados ainda, desde 2000.
Diante da liminar que como decorrência beneficia os estados produtores, a manobra doida do Senado e do Sarney era votar num só dia esses 3.060 vetos para então votar no mesmo dia o veto dos royalties.
Claro que essa manobra constitui-se num absurdo sem conta. A votação do veto dos royalties foi então, adiada.
Para uma situação dessas, qual o qualificativo que transpira que não seja “vagabundagem institucionalizada” no Senado?

Asilo na Câmara a deputados com ordem de prisão

O processo do mensalão resultou em penas a políticos e deputados. Havia até há pouco o receio de todos os condenados com penas superiores a 8 anos (inclui-se João Paulo Cunha com mais de 9 anos) que o ministro Joaquim Barbosa decretasse, atendendo requerimento do Procurador Geral da República, a prisão imediata do réus.
Joaquim Barbosa, no entanto, seguindo orientação do próprio STF, rejeitou o pleito da Procuradoria, sob o argumento de que a prisão só será cabível com a decisão transitada em julgado.
Mas, o presidente da Câmara, petista Marco Maia, declarara que em caso de prisão de deputados decretada antes do trânsito em julgado, poderia oferecer asilo na própria Casa porque a Polícia Federal não teria acesso às suas instalações.
Muito bem, o asilado teria direito a vale refeição, visita íntima, banho de sol?
Nossa! O besteirol é demais, às nuvens.
E o pior é que tenho que ser comedido para não qualificar de modo ofensivo tal intenção desse deputado que felizmente não se concretizou.

Seleção brasileira, Felipão e Palmeiras



Seleção brasileira perde cinco posições no ranking da FIFA ficando em 18° lugar. Tem lá suas explicações técnico-políticas, mas no meio palmeirense, torcedores dizem que essa perda de posição se deve à chegada de Felipão que ajudou a afundar o Palmeiras com seus discursos pouco inspirados. Efeito da ‘segundona’. O técnico assumiu a seleção brasileira ileso. Há estranho silêncio no que “fez” no Palmeiras. Assunto tabu a ser evitado.

Referência no texto:

(1) “Serra e o PSDB derrotados em São Paulo...” de 28.10.2012



ESTAREI AUSENTE DESTES COMENTÁRIOS POR BOM TEMPO NESTE FIM DE ANO E RECESSO DO COMEÇO DE JANEIRO, A MENOS QUE ALGO NOVO MEXA COM MEUS BRIOS E EU NÃO RESISTA À TENTAÇÃO.
BOAS FESTAS A TODOS E 2013 SEJA UM RECOMEÇO PARA NOVAS REALIZAÇÕES E EMOÇÕES.


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

DEUSES DO FUTEBOL E A “RELIGIÃO”



O que faz o futebol no psiquismo do torcedor, seja fanático, seja moderado? A diferença de ser corintiano: os deuses do futebol baixam no coletivo da fiel e favorecem a vitória.



Já não é de hoje que reflito muito sobre esse fenômeno do futebol. Palmeirense desde sempre, nas quartas e domingos, principalmente nessa fase última que resultou no rebaixamento do grande Palmeiras para a segunda divisão do brasileirão, nesses dias, aproximando-se a hora do jogo, minha serenidade ia, na melhor das expressões, “para o espaço”.

Não tinha coragem de assistir ou ouvir o jogo. Na certeza da ocorrência do seu término pelo horário, procurava então saber do resultado para sofrer menos.

O que se passa comigo, com um simples jogo de futebol no qual meu time tenta boa sorte?

Que deuses são esses que me (nos) “infernizam”, me (nos) “angustiam”? Os deuses são fictícios, alimentados por nós todos e a religião é vazia, não tem catecismos, não tem liturgia, não tem oração, santos.

Se torcedores fanáticos quiserem se ajoelhar pedindo ajuda divina para o seu clube, haverão que buscar igrejas e templos reais. Não apelam para os deuses do futebol, não apelam para a ‘religião’, que não existe, é vazia. Imploram para o seu santo que assumiram como protetor. Lá está a imagem no altar.

Então, eu me pergunto qual o efeito de uma bola chutada para cá e para lá e a explosão interior quando ultrapassa as linhas da trave? O que se dá nesse momento no psiquismo do torcedor? A decepção real quando o seu time perde um gol feito? Quando o seu melhor jogador perde um pênalti?

A verdade é que eu também, por mais que me esforce, não consigo me libertar desses deuses e me afastar da "religião verde", que considero um “estado de espírito”.
Mas, acabado o jogo, resultado favorável ou não estou liberto desses invasores “espirituais”, desses deuses que atormentam, às vezes violentos, demoníacos.

Sim, já superei a dor de cotovelos pelos êxitos corintianos. Afinal, o Corinthians volta cheio de glórias e o Palmeiras – mesmo com a sua torcida também leal e “furiosa” -, vacilante como nunca, disputará a segunda divisão, sem uma perspectiva, em médio prazo, de dar a volta por cima, como fez o seu maior rival.

Não há como pedir milagres aos deuses do futebol. Eles não ouvem.

Esses deuses se materializam e se fortalecem quando uma massa corintiana, a fiel, invade um país tão distante como o Japão e, além de dominar a cidade e o estádio, não se envergonham em vibrar a sem se constrangerem, ostentam uma faixa com estes dizeres: “The favela is here”.

Como sobreviverão a partir da quarta-feira, quando o grito “é campeão” deixar de revolver o espírito e os deuses forem embora o que farão para superar seus compromissos assumidos com a viagem, vivendo na mesma modesta moradia? Os deuses não ajudam, só baixam quando chamados e a religião do futebol é vazia, já disse.

Há pouco, num artigo de natureza política, criticando com veemência o Senado Federal que por decisão do seu presidente de sempre, José Sarney, transferira aos contribuintes o imposto de renda devido pelos senadores, inseria este trecho:

‘Eu não suporto a frase “de que cada povo tem o governo que merece”. O que se verifica é que o brasileiro é ainda muito alienado, baixa educação, faz do futebol espécie de causa de vida.

Muitos são os que alegam que é um modo de suportar a dureza de serem brasileiros...

Pode até ser, mas seria melhor que esses brasileiros torcessem menos pelo Corinthians, chorasse menos a torcida do Palmeiras e começassem a torcer pelo país, enchendo estádios com protestos contra a corrupção, contra a imoralidade e contra atos acintosos como esse de agora praticado pelo Senado Federal’.  (1).

Estava com essas reflexões quando me ocorreu que esses deuses do futebol influenciam o mundo todo, até mesmo naqueles países de 1° mundo onde não há desdentados, analfabetos e favelados.

Os deuses estão soltos por aí e baixam quando a bola rola. A “religião” é uma questão de fé, de fé na bola uns com mais outros com menos fé.


Referência:
(1)  "Enquanto o povão "folgueia" o Senado dele subtrai" de 20.11.2012 neste portal.

sábado, 8 de dezembro de 2012

BESTEIROL PETISTA



De quando o PT por fazer e falar muito se perde nas contradições notórias que causam perplexidade e em alguns momentos com um pitada de comicidade. Uma foto de Dilma e Cristina Kirchner que pode servir de charge.

Lula / Rosemary



Lula, me responda: o que fazia Rosemary Noronha na comitiva oficial da presidência, a ponto de visitar 26 países com passaporte diplomático, verdadeira aspone?

Ministro da Justiça: explique melhor a não quebra do sigilo telefônico da Rosemary  Noronha pela Polícia Federal – ou se quebrado, não divulgado... explique.

José Dirceu / FHC - Amor enrustido

Toda vez que Fernando Henrique Cardoso diz algo sobre o PT ou contra Lula, esperem que o José Dirceu se manifesta, tenta estabelecer a polêmica e tudo o mais. O ex-ativista e condenado pela sua participação no mensalão não consegue esconder seu amor enrustido por FHC. Azar. Se Dirceu fosse filiado ao PSDB, talvez o partido estivesse um pouco melhor e não estaria ele em vias de ir para a prisão pelo seu “os fins justificam os meios”.

Eduardo Campos e o respeito a Lula

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, virtual candidato à presidência da República pelo PSB, num discurso recente em São Paulo, nas entrelinhas afirmaria que o Brasil deve tratar Lula com respeito, como com respeito é tratado Fernando Henrique Cardoso.

Está difícil... com o mensalão (“nada sabia”, “fui traído”, “o PT  deve desculpas à nação”) em cujo processo  fora Lula  poupado e agora outro escândalo como Operação Porto Seguro no qual há íntima ligação com o ex-presidente metalúrgico...

Sobre a “Operação Porto Seguro”, disse que não ficou surpreso. Mas, ele não dissera antes que fora apunhalado pelas costas?

Uma comissão de frente pró-Lula na busca do respeito: Paulo Maluf e Rosemary Noronha ambos empunhando a bandeira da respeitabilidade.

Frase de efeito inócua, tola

Do ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel: “No dia em que a “Economist” nomear ministro no Brasil, deixaremos de ser uma República”. (*)

Dispensável como muita coisa do PT. Valeria se fosse ministro da Bolívia. O PT em tudo vê o fantasma do golpe contra os “governos populares”. Até de uma reportagem opinativa de revista estrangeira.

(*) A prestigiosa Revista inglesa sugeriu, considerando o baixo crescimento do país, que Guido Mantega, ministro da Fazenda, fosse exonerado.

A “direita” quer desestabilizar o governo”

Do “Estadão” sobre documento a ser divulgado pelo PT:

“Na última reunião do ano, o Diretório Nacional do PT procurou se desvencilhar de escândalos como o do mensalão e da máfia dos pareceres, flagrada pela Operação Porto Seguro, e comparou as crises enfrentadas por administrações petistas a “tentativas de desestabilizar governos populares”, como ocorreu no passado com os presidentes Getúlio Vargas (1930 a 1945 e 1951 a 1954) e João Goulart (1961 a 1964).” (1)

Isso, desenterrem-se Getúlio (que teria dito correr um mar de lama nos baixos do palácio do Catete), o atentado contra Carlos Lacerda, Luiz Carlos Prestes (“os comunistas estão no poder mas não no governo”), Janio Quadros, recriem-se a UDN,  “guerra fria” (URSS-EUA), a crise dos mísseis (Cuba-URSS-EUA), o CGT – Comando Geral dos Trabalhadores e o grevismo, a “marcha da família com Deus, pela liberdade”... recriem-se. 

Em que planeta, hem?!

Lula tem sido preservado pela "direita" e pelas sempre mencionadas e não devidamente conceituadas, elites.

E AQUI O CÚMULO DO BESTEIROL,

... confirmado pelo “ministro” Gilberto Carvalho” (quando ele fala eu tremo mesmo não sendo petista), ao tentar criticar o Governo FHC, disse:

“As coisas agora não estão mais debaixo do tapete. A PF e os órgãos de vigilância e fiscalização estão autorizados e com plena liberdade para agir. Não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia. No governo FHC não havia. Agora há”.
E que, “a PF só passou a ser independente no governo Lula e continua assim no governo Dilma, cortando na nossa própria carne, quando necessário”.  (2)

Ora, ora, a crise da “Operação Porto Seguro”, foi deflagrada pela Polícia Federal do Governo Dilma. Esse pessoal delirante do PT tenta mesmo assim pôr a culpa dos desatinos do partido na “direita”, nas “elites”, golpismos e o que mais puderem.

Mas, é o PT autofágico por conta de seus “apetites”...

OUTROS:

1. FHC, Aécio Neves e o PSDB

Fernando Henrique Cardoso lançou o nome de Aécio Neves para as eleições presidenciais de 2014, concorrendo pelo PSDB contra a reeleição de Dilma e provavelmente contra Eduardo Campos, do PSB, atual governador de Pernambuco, atualmente muito badalado.
Não acredito que Aécio seja páreo, mas o PSDB não tem nomes. Precipitada ou não a indicação do mineiro, é um modo de afastar Serra de recaídas e voltar a pleitear a candidatura.
Todos sabem que Serra significará mais uma derrota desmoralizante do PSDB.  Que se calem os que já disputaram e não venceram e se unam em torno de um último cartucho (atual) dos tucanos.

2. Dilma e Cristina Kirchner presidente da Argentina



Legenda “possível” de uma foto do Estadão (3):

Sabe Dilminha, eu não quero falar sobre economia, índice de inflação que estou fajutando lá na Argentina e nem sobre o grupo de comunicação “Clarin” que estou tentando destruir, porque comigo nada de imprensa livre. Estou com Hugo Chaves e não abro.  - Mas, olha a minha cinturinha, está mais fina que a sua!

Referências:

(1) Jornal “O Estado de São Paulo” de 08.12.2012
(2) Jornal “O Estado de São Paulo” de 04.12.2012
(3) Foto de Dida Sampaio, jornal “O Estado de São Paulo” de 08.12.2012



terça-feira, 20 de novembro de 2012

ENQUANTO O POVÃO "FOLGUEIA” (*) O SENADO DELE SUBTRAI

  

O Senado Federal, presidido por José Sarney aplica golpe contra o povo brasileiro, apropriando-se de recursos públicos para quitar imposto de renda devido pelos senadores. Ato imoral que não poderia ser aceito.
Também duas frases “de feito, sem efeito. Decorrências”.

Aqui no Estado de São Paulo se discute (ainda) o rebaixamento do Palmeiras para a “segundona”, a participação do Corinthians no campeonato internacional de clubes – e os corintianos em massa rumarão para o Japão não se sabe com o sacrifício e carências do que e de quem –a presidente Dilma, por sua vez, incentiva o consumo, decreta isenção fiscal aos carros e todos embalados nesses extremos – que o diga a rua 25 de Março -, nessa festa surreal.

Há generalizada despreocupação com o que se passa nos meios marginais do país, mesmo com as chacinas na periferia da Capital, comandadas, é de pasmar, por bandidos presos.

Muitas coisas estão ocorrendo, porém: a continuidade do julgamento do mensalão e as condenações pelo STF dos respectivos réus, o escárnio de Paulo Maluf mesmo que pego em flagrante pela apropriação indébita de dinheiro público que fez quando prefeito de São Paulo e, um assunto recente a ser “arquivado” logo, logo, muito grave que envolve, também, o interesse e o dinheiro públicos... desta feita um ato do Senado Federal.

Quanto a este último tema: sabem todos que os senadores ganham 14° e 15° salários pagos pelas contribuintes.

Já escrevi demais que este país de palmeirense e corintianos, classe média baixa na média, suporta deputados e senadores demais, se guardadas as proporções com a democracia americana – não adianta malhar em ferro frio.




Pois bem, a partir de uma decisão, pelo que sei, isolada, do Superior Tribunal de Justiça, essas verbas adicionais (14° e 15° salários) não tinham a dedução do imposto de renda porque eram consideradas de natureza indenizatória.

Ora, de natureza salarial evidente – e o STJ não poucas vezes reformou decisões no âmbito tributário – levou a que a Receita Federal cobrasse o imposto de renda devido sobre esses salários adicionais, correspondentes ao período de cinco anos, não atingido pela prescrição.

No total, os valores devidos ao fisco ultrapassam R$5 milhões que os senadores deveriam pagar por recursos próprios como faz qualquer cidadão quando devidamente comprovados seus débitos perante o fisco federal. Até por longos parcelamentos aplicando-se, na espécie, multas elevadíssimas ao contribuinte sem privilégios políticos..

Mas, não foi assim decidido. Senadores não fazem parte da massa assalariada – pensam pertencer a uma classe superior, acima do lugar comum ocupado pelo povo brasileiro. Com a omissão silenciosa e oportunista de TODOS os senadores, o Senado Federal, presidido por ninguém menos que José Sarney – aquele que Lula qualificou acima do bem e do mal, o “dono” do estado mais miserável da federação, o Maranhão – resolveu que por verba da própria casa, isto é, provinda dos impostos pagos por todos os brasileiros, o imposto de renda de 119 senadores, ex-senadores e suplentes será  pago como uma graça, significando que esses aproveitadores do povo brasileiro nada desembolsarão. Registre-se que 46 senadores resolveram pagar o imposto de renda do próprio bolso.

Um ato dessa espécie é de extrema imoralidade, num momento em que o escândalo do mensalão vai sendo desvendado pelo STF ou, ainda, equivalente à alegria de Maluf em debochar do povo brasileiro mesmo que a devolução dos valores que se apropriou indevidamente esteja em vias de voltar aos cofres de São Paulo, compulsoriamente por força da Justiça de Jersey.

Digo com isenção: a busca do apoio de Maluf à candidatura de Fernando Haddad por Lula naquele encontro deprimente, com fotos e tudo, fortaleceu o velho político que apenas sobrevive por esse tipo de gesto importuno.

Eu não suporto a frase “de que cada povo tem o governo que merece”. O que se verifica é que o brasileiro é ainda muito alienado, baixa educação, faz do futebol espécie de causa de vida.

Muitos são os que alegam que é um modo de suportar a dureza de serem brasileiros...

Pode até ser, mas seria melhor que esses brasileiros torcessem menos pelo Corinthians, chorasse menos a torcida do Palmeiras e começassem a torcer pelo país, enchendo estádios com protestos contra a corrupção, contra a imoralidade e contra atos acintosos como esse de agora praticado pelo Senado Federal.  




Quadro "Operários" de Tarsila do Amaral

 (*) O verbo não existe. Vali-me da palavra folguedo para inventar o verbo "folguear".


FRASES DE EFEITO, SEM EFEITO E DECORRÊNCIAS:


DO HUMORISTA MARCELO ADNET: “Quem come menos carne, além de melhorar a saúde, ajuda a matar e torturar menos bois, desperdiça menos água e destrói menos floresta”

“Resposta”: ‘McDonald’s, Bob’s, Subway e Burger King inauguram em 2012 o maior número de lojas em uma década e se lançam numa disputa acirrada por espaço no mercado de alimentação fora de casa.’


Decorrências: Haja florestas devastadas, haja água para alimentar essa manada...


DO “INCORRUPTÍVEL” PAULO MALUF, sobre o devolver US$22 milhões subtraídos da Prefeitura de São Paulo, impune, esnobando a Justiça e todos os brasileiros: “Recebi mais de 500 ligações em meu celular, inclusive de um Ministro de Estado. Ele disse: Maluf, você sabe por que é tão perseguido? Porque você está vivo”.



Decorrências: Não sei se o “estar vivo” é um elogio ou aborrecimento por ele estar ‘ainda’ vivo – e politicamente ressuscitado por Lula . Caso como o dele, Maluf, só se extingue quando não estiver mais vivo. Aí tudo se acalma, não as consequências...

Por isso, Fernando Haddad, aliado de Maluf na linha do lulopetismo será discreto em reaver o dinheiro subtraído da Prefeitura - reconhecido pela Justiça de Jersey -, para não o magoar. Isso mesmo Haddad: - faça tudo em silêncio não denuncie a corrupção de seu aliado, como faz o seu partido em relação ao mensalão, que não “existiu”. Esse é o PT de hoje.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DA CONDENAÇÃO DE DIRCEU ÀS PRISÕES MEDIEVAIS DO BRASIL



Nada me impede de interpretar a fala contraditória do ministro da Justiça sobre as prisões medievais no Brasil – no seu ministério se inclui a missão de planejamento, coordenação e administração da política penitenciária nacional - que não seja um tipo de solidariedade a José Dirceu cuja pena aplicada pelo STF o levará à prisão.





Qual a realidade até aqui, no Brasil, sobre o trato dado à corrupção, lavagem de dinheiro e afins – os mesmo crimes apurados no “mensalão”?

O da impunidade e, em alguns casos, até mesmo o do escárnio. Seguramente o caso mais emblemático seja o de Paulo Maluf, procurado pela Interpol que renega as suas contas em paraísos fiscais, como o seu nome, sua assinatura, sua identidade. E, com todo esse “currículo” Lula a ele se associou para eleger em São Paulo, Fernando Haddad – que venceu porque o PSDB não tinha nome apto – um novo nome - a com ele concorrer.

Eis que dentro do burocrático e cheio de fases do processo brasileiro, instaurou-se há alguns anos no Supremo Tribunal Federal a Ação Penal 470, nome eufêmico do “mensalão” e não o contrário. No começo não levado a sério porque acumulavam-se laudas e laudas em volumes intermináveis.

E nesse imenso processo surpreendentemente, digamos, começaram a surgir severas penas para os réus e, entre eles, o sempre referido José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil – ministro que no Palácio do Planalto se situava estrategicamente bem na vizinhança do chefe Lula.

Pena de 10 anos e 10 meses de reclusão para o ex-ministro e ex-deputado cassado exatamente pelo sua articulação no mesmo... mensalão. E multa de R$676 mil.

Com a condenação do trio petista do mensalão (mais Delúbio Soares e José Genuino) surgiram críticas ao rigor das penas, de que o mensalão nunca existiu, de que o STF politizou a decisão judicial... e por aí vai.

Nada pessoal contra José Dirceu – não o tenho como réu a ser odiado. Eu o tenho como réu, ‘apenas’. Ora, dizer que o mensalão nunca existiu é por demais impróprio. Afinal, seria subestimar demais o próprio Supremo que se debruçou sobre milhares de laudas do processo. E a dosagem das penas, foram elas realmente rigorosas ou há um sentido de solidariedade para com Dirceu? Seria rigorosa fosse um réu sem a sua influência político-partidária?

 Ademais, Lula já discursou sugerindo que o seu partido haveria que pedir desculpas à nação e, num outro momento, o de que fora traído... pelas traquinagens havidas no mesmo processo.

Pois bem, com a condenação de José Dirceu a mais de 10 anos, a sua prisão em regime fechado é real. E assim, começam as alternativas para amenizar a grave pena. Afinal, é ele advogado. 

Mas, o ministro Joaquim Barbosa – relator do processo do mensalão, diz: “Prisão especial é só para quem está cumprindo prisão provisória, e não definitiva.”

- “Coitado do José Dirceu”. Uns dois anos na penitenciária não será fácil para ele, sempre tão seguro de si, soberbo, corajoso...

Mas, em meio a essa perspectiva, de repente, não mais que de repente o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso do governo lulopetista se sai com esta afirmação:

- Prefiro morrer a cumprir pena no País. E mais: “Temos um sistema prisional medieval que não só desrespeita os direitos humanos como também não possibilita a reinserção.” (do preso na sociedade).

Nada me impede de interpretar essa afirmação tão polêmica quanto de “mea culpa” como um apelo pró-Dirceu. Afinal, a solidariedade parece manifesta a seu amigo e aliado petista porque preso estará confinado numa dessas prisões medievais, “sem possibilidade de reinserção”, convivendo com bandidos de toda espécie.

E o porquê da “mea culpa” do ministro da Justiça?

Relembrem-se as “missões” (áreas de competência) do Ministério da Justiça. Na longa lista, se lê, entre outros:

I – defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais;
II – política judiciária;
III – direitos dos indios;
(...)
VI - planejamento, coordenação e administração da política penitenciária nacional.

(Omissis).

→ Garantias constitucionais. Administração da política penitenciária...

Se as prisões no Brasil do PT são medievais o que fez o governo Lula em oito anos e nos quase dois anos do governo Dilma para diminuir essa terrível realidade?

Onde as garantias constitucionais?

Nada, e se algo tivesse feito, deveria o ministro ao denunciar as condições desumanas das prisões “medievais” relatar o que está fazendo o seu ministério nesse tema tão complexo e tão carente de medidas corretivas.

Não basta a sinceridade para quem deveria fazer por melhorar algo tão premente e nada fez.

Há, nisso tudo, assim interpreto, um jogo nervoso jogado pelos principais representantes do PT com as condenações havidas no processo do mensalão. Para salvar da prisão membros influentes seus, até a mea culpa se proclama ou melhor, se reconhece publicamente a notória omissão oficial, no caso as “prisões medievais”.

Que partido é esse? Que governo é esse?


Foto: "Prisões medievais" (from Google)

domingo, 28 de outubro de 2012

SERRA E O PSDB DERROTADOS EM SÃO PAULO. PT PERDE EM CAMPINAS



A derrota de Serra e do seu discurso redundante. Bem ou mal, Fernando Haddad, a despeito do PT e de Lula por perto, significa renovação que pode dar certo na maior cidade do país. Em texto anexo, desenvolvo com mais detalhes a mordida de Dilma na própria língua sobre os apagões.

A vitória de Fernando Haddad em São Paulo, menos que a vitória do PT - que nessa campanha teve a participação de sua “tropa de choque”, constituída por Lula e Dilma entre outros – foi a derrota do PSDB, de José Serra.

O PSDB sempre forte em São Paulo, não se renovou, não tem quadros novos, os discursos são os mesmos.

Enquanto o PT sai para a luta com empenho total, o PSDB vacila e insiste, não sei se por culpa de Serra, em esconder Fernando Henrique Cardoso -que não faria na campanha o que fez Lula em prol de Haddad-, que é o seu principal quadro que tinha muito a dizer, a explicar sobre suas realizações nos dois mandatos presidenciais.

E ampliar o discurso de Serra.

Este então, por sua vez, detém o mesmo discurso, não transpira a confiança principalmente nestas eleições diante de um quadro jovem do PT que fora apresentado, uma mudança significativa de perspectivas.  Haddad significa, queiram ou não, renovação, a despeito do PT e de Lula e do mensalão por perto.

Quando do resultado do primeiro turno, surpreso com a votação de Serra, escrevera sobre esse êxito, mas, fizera a seguinte ressalva:

“Claro que no segundo turno, Serra terá que se esforçar muito para manter a vantagem que obteve e até ampliá-la porque com Lula por perto, retornará àqueles eleitores menos “nutridos” que ainda acreditam no seu discurso repetitivo, nas suas promessas e na sua demagogia... que desconhecem a gravidade do mensalão no qual estão envolvidos e sendo condenados pelo STF alguns dos seus antigos auxiliares diretos.”(1).

A derrota é de Serra e não do prefeito Gilberto Kassab mal avaliado que o apoiou. A derrota é do seu discurso, das suas renúncias e das suas múltiplas candidaturas.

O tempo o esgotou

Espera-se, agora, se continuar na política que não atrase mais o PSDB e se candidate ao Legislativo, mesmo que municipal.

O PSDB precisa de novos quadros e não só isso, o empenho da partido em cultivar esses novos nomes.

No que concerne ao plano federal, não vejo nem mesmo o tucano Aécio Neves como candidato viável, que não parece ter assumido até agora postura suficiente para derrotar a máquina petista no poder.

Nessa conformidade, o PSDB para se constituir ou continuar a principal voz da oposição, reafirmo que precisa de discursos novos proferidos por quadros novos.

Campinas e Piracicaba (SP)

Para comprovar que novos quadros abalam o PT, a melhor prova é o que se deu em Campinas na disputa entre Jonas Donizette do PSB e Marcio Pochmann do PT.

O primeiro é político da cidade; o segundo foi considerado, digamos, oportunista, porque sua única credencial, em Campinas, era ter estudado na UNICAMP e pertencer ao PT. É natural de Venâncio Aires, Rio Grande do Sul. Fora secretário de Marta Suplicy quando prefeita de São Paulo.

Dessa maneira, a “tropa de choque” do PT (Dilma e Lula, em comícios e na televisão), tentou fazer em Campinas o que fizera em São Paulo: viabilizar a candidatura de Pochmann, esse desconhecido.

Mas, o candidato do PSB tinha um discurso diferentes, menos sofisticado, mais realista em relação à cidade.

Mas, nem mesmo a “tropa de choque” do PT conseguiu reverter o favoritismo de Donizette embora tenha possibilitado que o candidato gaucho chegasse ao segundo turno.

O mesmo se deu na cidade de Piracicaba, de menor porte em relação a Campinas da qual dista 75 quilômetros, governada pelo prefeito Barjas Negri do PSDB que fez muito boa gestão.

O candidato do PT, desconhecido na cidade, abandonado pelos escalões do partido, não teve como se aproximar do candidato do PSDB, Gabriel Ferrato, renovação, apoiado pelo prefeito, eleito com 74,5% dos votos,

Referência no texto:
(1) “As eleições em São Paulo: Serra sai na frente” de 07.10.2012

A ARTE DE MORDER A LÍNGUA PERDENDO A CLASSE

Já emiti nota curta sobre os apagões que se repetem nestes últimos 30 dias no Norte e Nordeste do país.

Pretendo com este texto, mais compilando notas do que emitindo opinião, deixar bem claro as idas e vinda da presidente Dilma sobre a energia e o “terrível” castigo por ter falado demais sobre o assunto não faz mui.

Em 20.06.2011, escrevi um artigo a propósito dos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, destacando uma mensagem de Dilma, calorosa ao ex-presidente. (1)

Recordando a homenagem de Dilma:

“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.
O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.”

Depois dessa homenagem, as relações entre o ex-presidente e a presidente foram muito cordiais, até que em 02 de setembro último, FHC escreveu no Estadão um artigo duro contra o lulopetismo e o respectivo governo.

Alguns trechos do artigo de FHC:

"Mas não foi só isso: o mensalão é outra dor de cabeça. De tal desvio de conduta a presidenta passou longe e continua se distanciando. Mas seu partido não tem jeito. Invoca a prática de um delito para encobertar outro: o dinheiro desviado seria "apenas" para o caixa 2 eleitoral, como disse Lula em tenebrosa entrevista dada em Paris, versão recém-reiterada ao jornal The New York Times. Pouco a pouco, vai-se formando o consenso jurídico, de resto já formado na sociedade, de que desviar dinheiro é crime, tanto para caixa 2 como para comprar apoio político no Congresso Nacional. Houve mesmo busca de hegemonia a peso de ouro alheio.

Com isso tudo, e apesar de estarmos gastando mais divisas do que antes com a importação de óleo, o presidente Lula não se pejou em ser fotografado com as mãos lambuzadas de petróleo para proclamar a autossuficiência de produção, no exato momento em que a produtividade da extração se reduzia. (2).
[Um pequeno desvio ao ponto ao qual pretendo chegar diante das reiteradas notícias de que a Petrobrás vem enfrentando séria crise de caixa:
Quem é responsável por tal desmazelo e inversão de dólares num poço sem fundo?
Trecho de notícia de 27.10.2012:
“No caso da refinaria de Pasadena (Texas), pesa contra a venda o fato de a Petrobrás poder amargar prejuízo bilionário com o negócio. Em junho, a estatal comprou o resto das ações que faltava para obter o capital total da refinaria e encerrou as disputas judiciais com a antiga sócia Transcor/Astra.
O acerto permite que a Petrobrás revenda a refinaria. O problema é o valor a ser negociado. A estatal pagou US$ 1,18 bilhão pela refinaria, mas ela é avaliada em cerca de um décimo deste valor. Apenas no acerto de junho, a Petrobrás desembolsou US$ 820,5 milhões.”]
Mas, voltando ao artigo de FHC: em nota de defesa do padrinho que nada mais me convence que não seja hoje uma figura inconveniente para Dilma  - principalmente pelo mensalão que se desenvolveu nas suas barbas (defesa dele: “o povão não está nem aí” – mas o mensalão está) disse a Presidente, respondendo às críticas de FHC:

“Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.
Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes”.
Da homenagem de Dilma a FHC por ocasião de seu aniversário, dissera ela que fora ele “o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.”
Esse reconhecimento de Dilma fizera com que Lula parece de se referir à “herança maldita” porque ele herdara o país em condições muito favoráveis para avançar, com baixa inflação e estabilidade econômica.
Claro que esse entrevero gelou as relações entre Dilma e FHC

EM QUE MOMENTO DILMA MORDEU A LÍNGUA:



Na “herança bendita”, disse ela que recebera o país não mais sob ameaça de apagão.
Pois bem, atualmente não se trata mais de ameaça, mas nos últimos 30 dias os apagões se sucedem no Norte / Nordeste. E aí sem saber explicar o governo o que se passa nesses apagões, perdidos no escuro diz a notícia do “Estado” de 27.10.21012:

“Tão logo soube que o problema, na verdade, foi gerado na subestação de Colinas (TO) da empresa Taesa, ligada à Cemig, a presidente determinou que um avião da Força Aérea Brasileira fosse mobilizado para levar 12 técnicos de alto nível de todas as áreas para o local, a fim de verificar "in loco" o que motivou a queda de energia em cadeia e a demora no restabelecimento da luz.
Pouco oportuno. O Planalto não gostou da abordagem de Zimmermann, sugerindo que poderia ter ocorrido uma sabotagem no sistema, comentário considerado "pouco oportuno" em véspera de eleição, quando o governo quer evitar, a todo custo, politização do tema. O Palácio realmente considera que "coisas esquisitas" andaram acontecendo, mas a avaliação é que, se existe alguma coisa, isso pode estar ligado a problemas com empregados por causa dos anúncios de demissões em todas as empresas do setor por causa da renovação das concessões.” (4)
É isso aí. No governo FHC houve ameaça de apagão. No governo Lula-Dilma, a despeito da “herança bendita” as ameaças deixaram de ser ameaças e se converteram em apagões.

Referências no texto:

(1) “FHC 80 anos: Agora é o “pai da Pátria” de 20.06.2011 neste portal;
(2) “Herança pesada” de 02.09.2012 no jornal “O Estado”;
(3) “Com pressa para fazer caixa, Petrobras tenta vender ativos no exterior, mas não consegue” de 28.10.2012 no jornal “O Estado”;
(4) “Dilma fica irritada com apagão e fala de ministro”, de 27.10.2012 no jornal “O Estado”