segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

“DESAMAZONIZAÇÃO” NO BRASIL E O (RE) FLORESTAMENTO EM ISRAEL (DESERTO DE NEGEV)


Tenho me posicionado de modo a não deixar margem no que se refere ao descaso ambiental do atual governo.

Na resenha “Miscelânia ambiental” me refiro a essa linha de verdadeira irresponsabilidade pelo que não faz o governo e pelo que diz o presidente que tenho chamado de “bronco”.

Os textos unificados inteiros podem ser lidos (?!) neste endereço:


Mas, desses textos recentes, porque há outros mais antigos, transcrevi estes trechos:

“Atribuo ao presidente Bolsonaro essa explosão de desmate na Amazônia, pelas “senhas de indiferença” que emitiu aos grileiros e madeireiros ilegais, chegando às raias da irresponsabilidade na matéria, ao sugerir que todos segurassem a ação fisiológica dos intestinos, dia sim dia não, de modo a contribuir com a preservação ambiental.”

/...
“O extremo de sua sandice se deu em resposta a essa notícia alarmante do aumento do desmate. Disse ele:

“Você não vai acabar com o desmatamento nem com as queimadas. É cultural”.

/... 
“Ora, se tivesse um mínimo de consciência ambiental, poderia admitir que esse crime é “cultural” mas que passaria a ser combatido com as forças do governo, fossem quais fossem, chamando as ONGs para ajudar nessa luta, estas duramente atacadas desde que assumiu a presidência, mas nenhuma individualizada pelos abusos de que são genericamente acusadas.

E se houver alguma que abusa de suas ações, que seja expurgada.

Sim há um desastre ambiental se avolumando no País. E ele começou no palácio do governo. E pelo jeito que vai, tudo a piorar. É de emocionar.”

De seu perfil, acho meio duvidosa sua religiosidade, essa história de “Deus acima de todos” e tal e até sua genuflexão perante um “bispo” para demonstrar sua fé às Divindades.

Essa uma contradição porque as questões da natureza para os que refletem um pouco sobre os mistérios do planeta, não saberão explicar as matas fechadas, sua beleza e todas as espécies que nelas vivem.

Terá ele pensado no sabor de um pêssego, uma manga e não apenas num naco de carne de animal abatido? A diferença entre esses alimentos?

Poucos se dão conta disso. Todos se dão de ombros porque a linguagem sempre foi a do cifrão.

ISRAEL

Bolsonaro venera Israel e isso diz constantemente.

Enquanto a Amazônia fica à mercê da bandidagem, impunemente, eis como Israel trata o meio ambiente:

Qual a impressão que o visitante teria ao ouvir de um simples taxista em Israel, no relativamente curto trajeto entre Telavive e Jerusalém, nem 70 quilômetros e saber que os “Caminhos de Emaús” está cercado por árvores naquele solo improvável de florescimento.

Caminhos de Emaús?

No Evangelho (Lucas 24:13-35), no “Caminho da aldeia de Emaús”, descreve esta passagem:

Naquele mesmo dia, dois dos discípulos de Jesus iam a caminho da aldeia de Emaús que ficava a uns 11 quilômetros de distância de Jerusalém. E comentavam entre si tudo o que acontecera.  De repente Jesus apareceu e juntou-se a eles, caminhando ao seu lado. Mas os seus olhos estavam impossibilitados de o reconhecer.

“O que é que vão aí a discutir pelo caminho?” perguntou-lhes. E eles pararam de caminhar; estavam tristes.

 Um deles, Cleopas, respondeu: “Deves ser a única pessoa em toda a cidade de Jerusalém que não sabe das terríveis coisas que ali sucederam nestes últimos dias.” (...)

Em matéria de religiosidade, embora os israelenses não sejam cristãos, Israel é todo religioso. Ali estão os muçulmanos e os cristãos além, é claro, do judaísmo e suas divergências e confluências.

Então, o taxista ao ser abordado sobre as florestas plantadas nos desertos – os israelenses cultivam vegetais e frutas naqueles solos considerados inóspitos e inférteis com a irrigação – informa, apontando no trajeto referido “fechado” por bela vegetação - que seu país plantou milhões de árvores. Talvez tenha até exagerado um pouco o taxista orgulhoso, mas números divulgados são de grande monta:

240 milhões de árvores:

“Ao longo destes mais de 100 anos, o KKL consolidou-se como um líder global na preservação do meio ambiente, através do plantio de 240 milhões de árvores (...) e trazendo vida ao deserto do Negev.” (*)

No que se refere à preservação da natureza e dos animais, esclarece a Wikipédia:
“A necessidade de proteção à natureza local levou à promulgação de leis de conservação da natureza e para o estabelecimento de parques ecológicos nacionais, dedicados à proteção dos habitats e recursos da vida selvagem, além de uma política educacional específica. Até o momento foram criadas em todo o país 142 reservas naturais e 44 parques nacionais, abrangendo cerca de 3.500 quilômetros quadrados (de cerca de seis mil quilômetros quadrados de áreas protegidas). Juntos, eles representam todo o espectro do patrimônio natural de Israel – florestas mediterrâneas, paisagens marinhas, dunas, sistemas de água doce, desertos e oásis.

Fora dos limites de reservas naturais, centenas de espécies animais e vegetais foram declaradas "bens naturais protegidos". Foram empreendidas operações de resgate destas espécies, incluindo a criação de estações de alimentação e locais de nidificação.” (**)

Malgrado todos os conflitos que enfrenta no seu pequeno território, Israel age como país civilizado, a partir da real preocupação ambiental, um exemplo para o mundo caótico que devasta com e sem causa e imunda os oceanos e rios com tudo o que prejudica os próprios recursos essenciais à vida humana. Relembrem-se os plásticos e garrafas “pets” aos milhões boiando nas águas.


Então é assim: enquanto o Brasil facilita a desertificação gradativa da Amazônia por falta de qualquer política ambiental e abandonada aos bandidos que captaram essa mensagem de sutil mas eloquente de “degradação livre”, a Israel age diferente e inteligentemente, promovendo incansável (re) florestamento.











Amazônia em chamas











Deserto de Negev

Há ou não aí, uma cultura inteligente de Israel humilhando a cultura da omissão e do atraso que predomina por aqui?   

Fontes:

(*) www.comiteisraelita.com.br – (Trecho) Israel Verde: Trabalhando com o Brasil e com o Mundo pela Sustentabilidade

(**) Wikipédia: “Meio ambiente de Israel”

Fotos

1. João Laet/AFP"

2. Wikipédia



quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

MISCELÂNEA AMBIENTAL


Textos transcritos do FACEBOOK sobre "meio ambiente"

I
O DINHEIRO PARA O AUTÓDROMO DO RIO DE JANEIRO

Em 30 de junho último entre outros temas, escrevi sobre a promessa de construção do autódromo do Rio de Janeiro e, pelo impacto ambiental previsto, tal proposta megalômana para mim se constituía, como se constitui num despautério insuportável, até porque é um despautério.

Agora o governador do Rio de Janeiro oferece aos organizadores da Fórmula 1, R$260 milhões, três vezes mais do que oferece o Estado de São Paulo à modalidade.

No texto abaixo já observava que o Rio, de há muito, é um estado falido por série de administrações desastrosas e corruptas. Hoje, a cidade do Rio de Janeiro não paga seus funcionários e a rede de saúde se apresenta precária ao extremo.

Quando unidos Bolsonaro e o governador do Rio, o presidente apoiou a medida, para mim uma desfeita ao povo do Rio de Janeiro, relegado a uma situação de abandono em todos os serviços públicos.

Agora, com a crise entre presidente e governador, não se sabe ao certo a posição de Bolsonaro.

Então, de onde saem aqueles milhões para uma obra megalômana, desnecessária, apenas para tentar competir com São Paulo, hoje muito mais estruturada tanto que as principais promoções artísticas e culturais são destinadas para cá.

Será por isso que o Rio se empenha em obter a corrida da Fórmula 1?

Além dessa dinheirama toda que poderia ser um alento para os serviços públicos abandonados no estado, há severo impacto ambiental.

Com efeito, a construção do autódromo, implicará, segundo estudos in loco na derrubada de 70 mil árvores ou mais, porque segundo críticas da ONG “SOS Floresta do Camboatá” e do Ministério Público Federal que moveu Ação Civil Pública contra o projeto em maio último:

“A Floresta de Camboatá é o único ponto remanescente de grande porte de Mata Atlântica em área plana na cidade. São aproximadamente 200 hectares, dos quais 114 cobertos por áreas naturais e regeneradas, representativa das Florestas Ombrófilas de Terras Baixas. Este tipo de vegetação é uma das mais ameaçadas dentre as formações florestais que compõem a Mata Atlântica. (...) A Floresta do Camboatá abriga o último remanescente carioca deste tipo de vegetação”. (*)


E a esse desastre ecológico se inclui o risco grave de afetar a fauna que lá vive ou sobrevive.

Mas, esses devastadores inconsequentes pensam nisso?

Claro que não, principalmente para um governador que festejou como um gol do Flamengo a morte de um bandido, num gesto ridículo – mesmo que bandido – essa questão ambiental é apenas “um detalhe”.
  
Não se omita a promessa que de regra não é cumprida. Isso se afirma porque a “floresta dos atletas”, prometida durante as Olimpíadas de 2016 que deveria ser plantada com mais de 200 espécies diferentes não ocorreu e não deve ocorrer.

Então a promessa é esta:

“Para compensar estas perdas, é proposto um programa de reflorestamento focado em espécies da Mata Atlântica, o que prevê o plantio de seis árvores para cada uma derrubada. Esse Programa se tornará na maior intervenção privada para a preservação da Mata Atlântica, em escala até hoje não realizada, pois o plantio dessas espécies se estenderá ao longo de todo o período de 35 anos de concessão do autódromo.” (*)

É para acreditar nessa promessa?

Eu não acredito, porque considero a mentalidade antiecológica prevalente nestes tempos irresponsáveis e profundamente tristes.


(*) Jornal “O Estado de São Paulo” de 27.12.2019

O texto de 30 de junho é este:

Autódromo no Rio de Janeiro

Com tantos escândalos no Rio de Janeiro, a roubalheira da turma do Sérgio Cabral e suas consequências, a incontinência das gangues que dominam os morros, do ponto de vista artístico, cultural, exposições comerciais, etc., salvo exceções, fizeram a cidade ser relegada 2º plano.

Não fossem as Olimpíadas bem organizadas, diga-se, e o Rio de Janeiro, com todas aquelas belezas cantadas em prosa e verso estaria de modo notório, relegada ao limpo escorregadio.

Nem penso nos gastos das obras e organização das Olimpíadas e na contrapartida o montante arrecadado, incluindo impostos. Qual é o relatório atual das obras olímpicas abandonadas?

Tudo bem, há o carnaval que nem hoje detém a hegemonia com a sombra paulista.

Quem ganhou com isso foi São Paulo, com todas as suas dificuldades de locomoção, destacando-se o Allianz Parque – Estádio do Palmeiras – como o ponto de encontro de grandes promoções culturais nacionais e internacionais.

Demais, não há exposição séria, de negócios, que não seja dirigida ao Estado de São Paulo.

Mas, São Paulo enfrenta problemas severos de saneamento para ficar somente nesse item como mais o Rio de Janeiro.

Então há muito que ser atacado de tal ordem que o Estado mais rico do país consiga dar dignidade a boa parte de sua população carente. 

Eis que, certamente, considerando a crise de credibilidade carioca Bolsonaro, num repente, mas à socapa resolveu que as corridas de fórmula 1 devem se dar não mais em Interlagos – SP mas no Rio de Janeiro num autódromo ainda a ser construído.

Digamos que seja realmente construído a tempo esse autódromo para 2021.

Então, o país, com todas suas dificuldades, quase tudo por fazer ou refazer terá, não um, mas dois autódromos de padrão internacional.

Vejo aí um sentido megalômano, como nos tempos do petismo.

E então, quando o governador João Dória reclama da rasteira institucional de Bolsonaro diz o presidente que o governador de São Paulo deveria “pensar no país”.

É outra de Bolsonaro: se fosse pensar no país, jamais se erigiria outro autódromo porque, como disse, há muito que pensar “no país”. E não pensar em tirar o RJ do limbo com construção supérflua para um país carente. E no “país” se insere o Rio de Janeiro...

E, claro, há interesses não muito claros em torno dessa obra.

As “boas línguas” dizem que só há uma empresa interessada nessa construção, tanto que o jornal “O Estado” na edição de 29 de junho informa que o Ministério Público Federal aponta irregularidades na licitação, porque,

“A justificativa é de que o processo foi direcionado para uma empresa específica, a Rio Motorsports Holding S/A única a apresentar proposta e a vencer a licitação em maio”.

Desmentidos daqui e dali, mas já se sente o “odor” do petismo por perto.

Certamente que esse autódromo luxuoso, não modificará em nada os pulos dos humildes sobre os esgotos correndo pelas calçadas e córregos.

Interlagos é prova disso.

II
VERÍSSIMO E GRETA THUNBERG
26.12.2019
O comentário abaixo é de um artigo / crônica que escrevi em outubro de 2014:
“Bem, não sou fã das crônicas de Luiz Fernando Veríssimo, muitas vazias, dizendo pouco, mas preenchendo espaço que lhe garante o “Estadão”. Talvez tenha essa rejeição porque li toda a obra de seu pai, Érico Veríssimo pelo que não dá para comparar.
E também não aceito seu posicionamento político. Não sei bem porque, mas em ocasiões ele me lembrou aquela frase que explicaria de modo singelo o socialismo e o seu modus operandi: “o que é teu é meu, o que é meu continua sendo meu.”
Mas, não poderia deixar de reconhecer o texto da crônica de hoje no jornal “O Estado” porque se une ao que eu aqui no meu canto de lucubrações tenho explanado e defendido.
Desta feita ele se refere à jovem Greta e seu posicionamento neste mundo à beira do caos, ou como diz Veríssimo no rumo da “autoextinção” ou "uma compulsão suicida".

O texto completo da crônica de Luiz Fernando Veríssimo é este (dia 26.12.2019):


OBRIGADO, JOANA

É pouco o que uma adolescente pode contra uma compulsão suicida.

















Greta Thunberg é a pessoa do ano para a revista Time. A ambientalista sueca é uma das poucas adolescentes a sair na capa da revista que todos os anos destaca uma personalidade mundial notável por fazer história ou apenas fazer barulho. Tempos atrás, uma capa com Greta ou similar seria impensável. Para começar, a escolha era sempre do Homem do Ano, nunca a Mulher do Ano, muito menos uma mulher com 16 anos. E os editores responsáveis pela escolha da personalidade para botar na capa anual tinham que convencer leitores que “personalidade” não queria, necessariamente, dizer herói e notável não significava aprovado. Osama Bin Laden foi capa da Time. E os editores não precisavam de outro exemplo: o Homem do Ano da Time, em 1938, foi Adolf Hitler.
A pessoa do ano de 2019 poderia ter sido Donald Trump, se não fosse a cara limpa da Greta no seu caminho, e só por isso ela merece os agradecimentos da humanidade, setor civilizado. Não se sabe do que adiantará a simpática campanha midiática da menina contra os poderosos interesses que insistem em manter o mundo industrial no rumo da autoextinção, desde que dê lucro. Greta está fazendo história e barulho com seu ativismo idealista. Se ele vai durar ou se vai passar, como costumam passar os 16 anos, veremos. É pouco o que uma adolescente pode contra uma compulsão suicida. Mas não estamos em condição de recusar a ajuda nem da menor Joana d’Arc.

Parece certo que Trump não vai ser impixado, não só porque seu destino será decidido num Senado dominado pelo seu partido, mas porque ele já provou que pode fazer o que quiser, a loucura que lhe apetecer e a bizarrice que inventar, e não perderá um voto dos que o elegeram, justamente pela sua diferença. Ele mesmo disse depois da sua eleição, um pouco espantado, que poderia sair pela Quinta Avenida apunhalando gente e não seria detido. Eu sei, era metáfora. De qualquer maneira, mantenham-no longe de um punhal.


III
O AMBIENTE E A AMAZÔNIA: UM PRESIDENTE BRONCO

O Jornal “O Estado de São Paulo” do dia 19 de novembro estampou em manchete que o desmate da Amazônia subiu 29,5%, o maior desde 2008, segundo revelou sistema de controle do INPE.

Atribuo ao presidente Bolsonaro essa explosão de desmate na Amazônia, pelas “senhas de indiferença” que emitiu aos grileiros e madeireiros ilegais, chegando às raias da irresponsabilidade na matéria, ao sugerir que todos segurassem a ação fisiológica dos intestinos, dia sim dia não, de modo a contribuir com a preservação ambiental.

Ele e seu ministro do meio ambiente, notoriamente omisso, quando o mundo civilizado se preocupou com o discurso anti-ambiental do governo brasileiro, atacaram de modo tão irresponsável quanto inconsequente, países que ajudavam na luta contra a devastação.
Todos eram traidores com interesses escusos.

[Agora o ministro do meio ambiente fala em reduzir o desmatamento sem apresentar qualquer plano e fala também em ajuda financeira internacional! É coisa tragicômica]

E no bojo desses ataques próprios de belicosos de quarteis foi alimentada a ideia de que o mundo, ‘o universo’, estavam de olho nas riquezas minerais do solo quando, na verdade verdadeira, a luta era e é pela Amazônia “em pé”, preservada.

Alguns desses seus soldados fanatizados, batendo continência a qualquer comando, ridículo que seja, chegaram às raias da ofensa pessoal violenta aos que defendiam posições diferentes.

Como Bolsonaro não tem nenhum interesse ambiental, sempre que se refere à preservação culpa governos anteriores, ignorando de modo conveniente que no seu mandato de menos de um ano a explosão do desmatamento nas Amazônia se superou. Silencia no que se refere aos atos de redução parcial nas ações do IBAMA e até o INPE é culpado pelos dados reais que apresenta!

E como todos os outros são os culpados por esse crime, a imprensa também o é ao repercutir a degradação e o Brasil, então, tem sua imagem afetada, tão suja, direi, quanto a do petróleo ‘misterioso’ que se espalha pelas praias nordestinas.

O extremo de sua sandice se deu em resposta a essa notícia alarmante do aumento do desmate. Disse ele:

“Você não vai acabar com o desmatamento nem com as queimadas. É cultural”.

Ora, se tivesse um mínimo de consciência ambiental, poderia admitir que esse crime é “cultural” mas que passaria a ser combatido com as forças do governo, fossem quais fossem, chamando as ONGs para ajudar nessa luta, estas duramente atacadas desde que assumiu a presidência, mas nenhuma individualizada pelos abusos de que são genericamente acusadas.

E se houver alguma que abusa de suas ações, que seja expurgada.
Sim há um desastre ambiental se avolumando no País. E ele começou no palácio do governo. E pelo jeito que vai, tudo a piorar. É de emocionar.












Foto:
Área desmatada na Amazônia em Itaituba, Pará, em foto tirada no dia 26 de setembro de 2019.
Foto: Ricardo Moraes/Reuters.



IV

AMAZÔNIA EM CHAMAS
26 de agosto de 2019
Nas ditas redes sociais me surpreende muito as manifestações radicais dos bolsonaristas em defesa de qualquer ato do seu "mito” por mais discutível que seja.

Na questão da Amazônia em chamas houve em inúmeras postagens a distorção de dados e de informações, a ponto de ser anunciado que na região há 100 mil ONGs. E não se fala de onde saiu esse número, quem tem tais controles e, afinal, quantos ativistas ligam-se a essas 100 mil ONGs que, com apenas 10 deles em cada uma, o número de membros ultrapassará a população de Campinas.

Relevam as declarações debochadas de Bolsonaro que subestimou o que pôde da questão ambiental, imaginando que tudo o que dissesse, mesmo os despautérios, ficassem apenas no nível de seus defensores radicais.

Ledo engano. Para mim, os ridículos que proferiu indicou aos desmatadores que a motosserra estava liberada sem controle e sem fiscalização dando-se então, como decorrência, a ampliação do desmatamento e os incêndios. Quanto a estes alguns podem ser de origem criminosa.

Tão despropositado, sem provas culpar as ONGs por essas queimadas que o governo nem sabe ao certo quantas são ou não divulga o que sabe.

E, pior de tudo, um ministro do meio ambiente, um traste profissional, o antiambientalista, cujo atitude é o que há de obscuro. Age como se se vingasse da floresta que parece detestar tal a indiferença à sua predação.

Volto aos radicais bolsonaristas: vêm agido com tal rancor aos que se opõem ao seu “mito de barro” a ponto de transmitir inverdades e notórias distorções as vezes ilustradas com impropérios.
Se Bolsonaro disser que a Amazônia tem que ser destruída, esses subservientes o apoiarão e acharão argumentos que sejam para defender sua posição.

Me lembra, mesmo, a defesa insólita do “lula livre”, os mesmos métodos, a mesma agressividade insana, distorções assemelhadas.

Eis os radicais dos extremos que se encontram e se abraçam.
CUIDAR DA AMAZÔNIA, OBRIGAÇÃO DO BRASIL

PRONUNCIAMENTO DE BOLSONARO

O Brasil tem extensão territorial de continente o que lhe garante imensas áreas cultiváveis. Por isso a Amazônia deve ser cuidada pelo Brasil, preservada pelo que tem.

Nessa linha, muito trabalho seria gerado se houvesse projetos de reflorestamento.

Há os que amam a Amazônia apenas por saber de sua diversidade, dos animais que lá (sobre) vivem.

Bolsonaro certamente não pensava que sua omissão, seus comentários de mau gosto e do despreparo do seu ministro tivessem a repercussão internacional muito justa que tiveram.

O seu pronunciamento de hoje em rede de TV e rádio foi uma tentativa de arrumar o estrago ao qual dera origem.

Agora é esperar que seus defensores subservientes passem a defender a Amazônia, sem buscar culpados que não o seu “mito” desastrado.

Agora é esperar que cumpra o que prometeu: o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, agora e sempre.

GREENPEACE:














IV
BOLSONARISTAS DA CONTINÊNCIA DEFENDENDO A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA.

QUE EXPLODIU APÓS O DISCURSO MOTOSSERRA DE BOLSONARO.


17.08.2019

- Ai, sabe, a Alemanha tem uma fábrica que queima carvão e polui o ar;

- Ai, sabe, a Alemanha causou duas guerras mundiais e acabou com sua florestas (não é verdade!);

- Ai, sabe, o discurso de Eneas: os europeus querem explorar o subsolo amazônico pelas suas riquezas (o solo está exposto pela devastação e o que se vê, é a desertificação pelos grileiros, madeireiros e asseclas - degradação do solo nada de subsolo);

- Os noruegueses matam baleias para consumo (para mim uma violação insuportável, como faz também, o Japão. MAS, EU NÃO POSSO ACEITAR A MENÇÃO DE ABERRAÇÕES DESSA NATUREZA PARA JUSTIFICAR A ABERRAÇÃO PRATICADA NA AMAZÔNIA ABANDONADA PELO PODER CENTRAL PRATICAMENTE LIBERANDO A MOTOSSERRA).

E, por aí vai. Mas a minha “vingança” é que o Bolsonaro entram e saem dias e ele é obrigado a explicar a irresponsabilidade quando não dá respostas estúpidas.

Para encerrar, trecho de artigo do biólogo Fernando Reinach, no Estadão de hoje (17.08):

“Mas não: tudo foi paralisado e a discussão com os doadores azedou. Noruega e Alemanha perderam a confiança e pararam de enviar dinheiro. Se o objetivo dos defensores do desmate livre era facilitar o desmate, conseguiram. E, num final patético, nosso rico governo, que sequer consegue financiar bolsas de estudo, disse que o País não precisa desse dinheiro. Se a história se confirmar e o fundo acabar, ninguém tem direito de argumentar que se os países europeus querem que preservemos a Amazônia terão de pagar por isso. Eles tentaram, mas foram rechaçados pela política de desmate livre do governo Bolsonaro.”