sábado, 20 de julho de 2019

VARIEDADES TEMÁTICAS (IV)

1. A questão ambiental sempre presente, ainda mais nestes tempos de violenta degradação

Eu não consigo evitar o tema porque o governo Bolsonaro mandou o ministro do meio ambiente, um medíocre ambiental, "rever" tudo o que ainda funcionava na política preservacionista que, mesmo assim, seguia aos trancos e barrancos.

E o Ministro, para bater continência ao seu chefe, assume posições dúbias, até fazendo média com madeireiros de Rondônia há pouco, que incendiaram um caminhão tanque do IBAMA em protesto às ações desse órgão de combate à extração ilegal de madeira por ali. A folha de São Paulo chegou a usar a palavra roubo de madeira.

Esse pessoal desmata de modo desordenado, não preserva nada, mas pede liberdade para continuar serrando a floresta e a exterminando.

Ora, porque não propõe essa gente uma política de reflorestamento para compensar os prejuízos monumentais que provoca no ambiente da floresta? Não adota práticas de manejo, no sentido de manter áreas intactas ao lado de onde praticam o crime ambiental?

Nada diz sobre isso. A ideia é devastar do modo mais extremado, inconsequente num processo de desvio mental grave porque não pensa nas consequências desses atos que geram a desertificação de imensas áreas tornando-as estéreis com pouca ou nenhuma umidade.

Assista o vídeo (Rios voadores):  https://www.youtube.com/watch?v=JDdvd-XC_sI




2. Tempos de Bolsonaro, nepotismo sem tirar nem por

Assim que proclamado vice-presidente da República, o Gal. Amilton Mourão resolveu a vida profissional de seu filho no Banco do Brasil, conduzindo-lhe uma promoção. Não se sabe se por mérito efetivo ou pelo "mérito" de autoridade. 

Agora o papai Bolsonaro insiste em conceder ao filho Eduardo Bolsonaro a embaixada dos Estados Unidos, mesmo com severo desgaste político, explicando que o nepotismo não é nepotismo e explanações que até comprometem aqueles que precisam aprovar a indicação, no caso os senadores.

É até possível que o dito filhinho consiga a Embaixada mas há uma questão pendente: a alegada fluência no idioma inglês que, parece, ele não domina como exigirá a condição de embaixador, por mais hambúrgueres que tenha fritado nos restaurantes americanos.

Por isso ele deve ser submetido ao exame de proficiência no idioma inglês de tal modo que, nas negociações a que se envolverá como atribuição do cargo nos Estados Unidos, não seja com intérprete.

Tal qual Lula, que tinha um filhinho padrão "Ronaldinho", também Bolsonaro quer conceder file mignon ao filhinho. 

3. A fama do Brasil na questão ambiental

Qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade sabe que o ambiente faz parte da própria existência humana. Há, porém, uma horda de estúpidos a nossa volta que a tudo minimiza pelo dinheiro imediato que certas atividades predatórias permitem ou por interesses políticos, isto é, em defesa do seu líder tão equivocado  quanto seja

Em Portugal a atriz Lucélia Santos, dizendo-se defensora de ideais de esquerda pelo que revelou sua preocupação, a mesma do mundo, com a devastação da Amazônia, porque "querem destruir tudo", ou algo nesse sentido, disse.

Não previsa ser de esquerda para se preocupar com o meio ambiente, BASTA NÃO SER UM ESTÚPIDO.

O alemão Hans Zimmer que, entre outras muitas, compôs a trilha sonora do novo filme "O Rei Leão" em entrevista ao jornal "O Estado", à pergunta:

- O filme é naturalista. Isso o influenciou?lme é naturalista. Isso influenciou?
A resposta:

"Sim. Eu trabalhei muitas vezes com David Attenborough, é parte do meu DNA. E vou falar isso conscientemente para uma brasileira, mas o Brasil está passando por um processo de desmatamento terrível, que não é nada bom para nosso planeta. O original era muito político para o músico Lebo M (que trabalhou na trilha com Zimmer) e eu, porque estava voltando, ou seja, era o retorno do rei. Agora é diferente: Olhe a beleza deste planeta, não vamos destruir isso. Que este filme faça as pessoas perceberem que não somos as únicas criaturas neste planeta e deveríamos ser mais generosos e delicados com quem compartilhamos a Terra." 

4. Gotas apocalípticas

Duas mil carretas de cascalho embebidas em óleo são  despejadas por ano no fundo do mar brasileiro. Denúncia do Estadão (30.06.2019) que ninguém “deu bola”:

Um imenso lixão está se formando no fundo do mar brasileiro, alimentado por milhares de toneladas de cascalho encharcado de óleo, em decorrência das perfurações feitas sem o devido tratamento ambiental. O problema é grave porque pode envolver a liberação de substâncias contaminantes, como elementos cancerígenos.”

Diz mais a notícia que o lixo é abandonado por petroleiras após extração no oceano e que o Ibama suspendeu norma de 2018 que exigia que empresas, até setembro deste ano, adaptassem suas tecnologias para retirar esse material. Mas,  mesmo com a gravidade da poluição, a Petrobras nada faz. 

Enquanto o equivalente a duas mil carretas por ano (167 por mês) de cascalhos misturados com óleo são despejadas no mar, a solução “está em discussão” entre as autoridades.

O mar tem seus mistérios mas nem isso impede esse tipo de procedimento nefasto, irresponsável. Além do cascalho embebido em óleo há o despejo de toneladas de lixo e montanhas de plásticos que afetam toda a vida marinha.




As baleias são os animais mamíferos normalmente festejados ao serem avistadas por aqueles que têm um mínimo de sensibilidade.

Resultado de imagem para matança de baleias pelo japão

O Japão país civilizado, exportador de toneladas de carne bovina, suína e de aves, resolveu quebrar a regra de preservação e decidiu caçar baleias para atender sua “tradição culinária”.

O sofrimento dos animais nos matadouros materializa um circo de horrores no mais elevado grau de perversidade.

Então, os japoneses não precisam da carne das  baleias para suportar sua “tradição culinária”. 

São animais de grande porte que sequer entendemos seus instintos e modo de viver.

Mas, os arpões falam mais alto, e atrás deles, o vil metal.

5. A pilantragem  na espionagem

De repente um certo Glenn Greenwald, americano que vive no Brasil e é esposa do deputado socialista David Miranda vira celebridade por ter divulgado diálogos obtidos no WhatsApp ilegalmente de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, eis que haqueando os respectivos telefones celulares.

Esses diálogos se referem a um período intenso de ações da Lava-jato. O "verdewald" dono de uma certa InterceptBR nem sempre afirmou de modo categórico a autenticidade dos diálogos que poderiam até ter sido editados.

E a despeito da ilegalidade da invasão a esses aparelhos particulares, pessoais, que pertencem à pessoa que os possuem e, portanto, inviolável, a imprensa não perquiri a origem de tais divulgações mas se embriaga com elas de modo exacerbado.

Ora, pouco interessa resolver a invasão ilegal, o que importa é a divulgação sem limites dos diálogos.

Dá-se a repetição daquelas mensagens como se mais que aquilo não fosse a mesma linha das "revelações" já feitas.

Mas, dá para entender: a revelação diária mantém o tema em pauta.

Aí, o ministro Dias Toffoli, para garantir o "direito do cidadão", intercepta inquéritos de lavagem de dinheiro grosso, com base em dados fornecidos pelo COAF, do Banco Central e da Receita Federal, exigindo que esses procedimentos devem ser precedidos de autorização judicial.

Por isso, dezenas de processos foram interrompidos e sorte daqueles corruptos que poderiam ser denunciados por causa, exatamente, da manipulação de dinheiro sem explicações revelados por esses órgãos.

Mas, a essa decisão em defesa dos cidadãos beneficiou ninguém menos que Flávio Bolsonaro que não explica a movimentação financeira de seu auxiliar íntimo Fabrício Queiroz, aquele do já famoso "caso Queiroz".

Não há dúvidas que no STF há uma metade incompetente no sentido de incapacidade de decidir com imparcialidade os processos que julga.

E me causa espécie as declarações repletas de despeito do ministro Marco Aurélio, humilhado por Sérgio Moro ao longo do tempo, como deixa entrever, por tudo que um juiz de 1ª Instância fez contra a corrupção enquanto ele se mantem por décadas no tribunal tendo pouco a acrescentar.

Quando se aposentar não passará de uma ficha no arquivo morto do tribunal.

Disse ele:

"Espero que Moro não ocupe a vaga que deixarei no STF"

Será que o ministro é tão santo assim nas suas mensagens no WhatsApp e semelhantes?

A verdade é que a saída de Marco Aurélio do STF será um alívio, especialmente se substituído por Sérgio Moro.


 6. Distorções da reforma da previdência

A advogada Silvia Machuca comentou o seguinte sobre o primeiro embate da reforma da previdência e suas distorções:

"O valor médio das aposentadorias por idade do INSS é R$ 1.129,31, e das aposentadorias por tempo de contribuição de R$ 2.246,06.

Já dos deputados e senadores é de R$ 26.823,48, ou seja 23 vezes maior que as do INSS.

E o que propõe a reforma da previdência sobre esse panorama?
Propõe que as aposentadorias do INSS sejam imediatamente reduzidas, com regras de transição severas.

Já para os congressistas só haverá redução para quem for eleito pela 1° vez após a aprovação da emenda. Isso significa que até a molecada que acabou de entrar, como Kim e Tabata terão direito à gorda aposentadoria, enquanto os trabalhadores, que ja contam com muitos anos de contribuição, entre eles os professores, serào submetidos de imediato às novas regras.

Essa é a justiça que o estado brasileiro promove ao seu povo.

É dar nojo!!