Os pedágios são muitos e caros em S. Paulo, mesmo consideradas as estradas paulistas as melhores do país. O debate na TV Band para o governo de SP foi desigual por impedir respostas do candidato do PSDB sistematicamente criticado pelos demais concorrentes. A atuação de Mercadante
Começo dizendo que no Estado de São Paulo, os pedágios nas estradas estaduais são muitos e caros, a educação não é boa e no que respeita à saúde, ruim, embora não possa atinar até que ponto o Governo Federal não participa dessa ruindade. Aliás, as denúncias de falhas gritantes nessa área ecoam por todo o país situação agravada pela falta de saneamento básico em grandes bolsões de pobreza.
No Estado de São Paulo, não me interpretem como “bairrista”, quando se saí dele ou quando se entre nele pela grande maioria das estradas, constata-se a diferença: um outro “país” tanto na saída como na chegada. “As melhores estradas do Brasil”. Mas, isso não explica o valor dos pedágios. Em artigos passados, referira-me que o PSDB em São Paulo e na campanha presidencial teria muito que explicar sobre eles.
Acompanhei trechos do debate para governador em São Paulo pela TV Bandeirantes havido no último dia 12. Se previamente combinado não sei, mas os ataques da maioria dos candidatos, salvo Fabio Feldman que encarna o PV vigorosamente, ao candidato do PSDB Geraldo Alckmin passou da conta fato que, no meu modo de ver, tornou pouco democrático o debate. Ora, sistematicamente atacado, só de modo fragmentário pode se defender e dar alguma explicação: mas, será que tudo aquilo que foi falado é verdadeiro? Será que tudo é tão ruim assim no Estado de São Paulo?
Por isso tudo, não fui até o fim no debate.
O que vem normalmente do Senado? Escândalos, abusos, uma instituição desmoralizada. Há muita gente séria defendendo até mesmo sua extinção.
Senador desde 2003 o que traz o senador Aloizio Mercadante no seu currículo? Qual sua contribuição para São Paulo? O que me lembro de relevante como fato político: por ocasião dos escândalos que atingiram José Sarney no ano passado, inscreveu no seu currículo um episódio desmoralizante. Assim o descrevi, por ocasião do “cartão vermelho” que erguera Eduardo Suplicy contra o citado senador do Amapá-Maranhão defendendo seu afastamento da presidência do Senado:
“O personagem que jogou todas as fichas pró Sarney foi Lula, que o classificou até mesmo de figura “incomum”, a ponto de desmoralizar (Aloizio) Mercadante no episódio da votação na Comissão de Ética - que queria a saída de Sarney – mas votou ao contrário do que pensava diante do “apelo emocional” de seu chefe maior. Baixou a cabeça e calou sua consciência.” (1)
No debate na TV Bandeirantes, o senador apresentou-se cáustico, zangado, como se nada prestasse no Estado de São Paulo e não me admiraria se, liderando os demais opositores que com ele faziam graça e voz perante as câmeras, todos de gravata vermelha, dissesse:
- Eu sou a verdade!
Sem os efeitos do debate – e provavelmente pouco ou nada seja alterado com ele – a última pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo revelou a subida de Geraldo Alckmin na razão seguinte:
“Pesquisa Datafolha divulgada no fim da tarde desta sexta-feira mostra que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) aumentou sua vantagem na disputa do governo de São Paulo, com 54% e venceria a disputa no primeiro turno. O petista Aloizio Mercadante aparece com 16% – mesmo índice da última pesquisa, no fim de julho. Celso Russomanno (PP) está em terceiro, com 11%.” (2)
É cedo para algum prognóstico confiável neste momento das eleições em São Paulo. A campanha para valer ainda vai começar.
Mas, pelos elementos acima já há uma tendência...
Referências:
(1) “O Cartão Vermelho de Suplicy” de 30.08.2009 neste portal.
(2) “O Estado de São Paulo” de 14.08.2010
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