Antecedentes
Num momento crítico de julgamento de seu processo no STF e,
antes, com condenação de 12 anos que lhe impusera o TRF da 4ª Região (PA), eis
que Lula e seus seguidores, um monte de quixotes, foram para o Sul em campanha
não se sabe para quê. Não havia pior momento para essa empreitada "aloprada".
O que pretendiam? Provocar o TRF? Provocar o juiz
Moro? Demonstrar coragem pela certeza do acolhimento do HC no STF? Um desafio ostensivo,
pensando que jamais seria Lula preso?
Tudo, menos a sensatez.
Essas campanhas resultaram no pior: parcelas importantes da
população local, mais esclarecidas, cansadas de ouvir sobre a corrupção que
rodeia Lula o rejeitaram de modo escancarado, como rejeitaram seus seguidores.
Essa sua “coragem” que menos que ex-presidente, revelou-o um
estorvo político, expondo uma imagem desgastada que precisaria de mais reflexão
e menos exposição.
Por isso, mesmo indiferentes começaram a torcer pela sua
prisão.
“Pensamento forte” nesse sentido.
No Supremo Tribunal
Federal
Mesmo com a exasperação de Marco Aurélio Mello que pretendia julgar não o HC delimitado apenas ao pleito que ele continha, pela Carmem Lúcia, mas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que a presidente do Tribunal, rigorosamente, as tem ignorado.
Ora, houvera um posicionamento em 2016 no STF que contemplara
a tese de que a pena seria executada a partir do julgamento da 2ª Instância.
Mas, aí entra na fila ninguém menos que Lula que em seu
círculo de influência rodeiam corruptos e corrupção com amplo espectro.
Será possível ainda aceitar que ele de nada sabia, que era
inocente de tudo o que vem se apurando dos tempos do seu governo?
De lado o apartamento no Guarujá e o sítio em Atibaia - abandonado
depois das denúncias de quem é o verdadeiro proprietário -, seria Lula culpado
por omissão, cumplicidade?
Pois bem, a ala mais “jovem” do STF é favorável ao
cumprimento da pena após o julgamento em 2ª Instância, porque parte-se de pressuposto
que todas as provas foram reexaminadas.
No julgamento de 4 de abril, sobressaiu o voto de Roberto Barroso,
objetivo, claro nos seus argumentos e, quem assistiu o momento de sua
explanação, deu para perceber o semblante embevecimento da ministra Rosa Weber pelo que
ouvia.
Não só pelo julgamento de Lula, mas Barroso tem surpreendido pelas suas posições coerentes.
Por outra, pelo seu envolvimento político antes de assumir
no STF, Edson Fachin é outra surpresa porque desvestiu seu uniforme partidário e
vestiu a toga.
A posição de Rosa Weber é, digamos, ambígua. Diz que vota
segundo decidido pelo “colegiado”, embora seja favorável ao cumprimento da pena
após esgotados todos os recursos.
Dessa ambiguidade tentou se aproveitar o ministro Marco
Aurélio que, dissera, fosse o julgamento das ADIs, e a ministra Rosa inverteria
o resultado, 6 votos contra 5 mas rejeitando a tese do cumprimento da sentença
a partir do julgamento havido na 2ª Instância.
Ela se defendeu mas pode chegar a hora em
que terá que assumir exatamente o que pensa.
No tocante ao ministro Gilmar Mendes, tudo de duvidoso pode
se esperar. Simplesmente não tem ele postura de ministro.
Ao jornal “O Estado” dissera que “nos fingimos de espertos e criamos um grave problema”.
Problema não
havia no cumprimento da pena a partir de decisão de 2ª Instância até chegar a
vez de Lula.
Ai “criou-se o grave problema”. Talvez essa
posição contraditória, até porque mudou seu voto, deve ser resultado de alguma "reflexão" havida em solo português porque lá está com frequência.
E que a ele não
se pergunte quem paga as passagens áreas de 1ª classe. Não se pergunte...porque ele pode responder com impropérios.
Há processos sobre
o tema com pedidos liminares a serem relatados por Marco Aurélio. No meu modo
de ver ele não pode fazer nada, porque há uma decisão majoritária do plenário
do Tribunal. Por mais que a rejeite, essa decisão tem que ser respeitada.
Em assim não sendo, a desmoralização será total,
A
jurisprudência foi mantida, goste ele ou não.
Por isso, a prisão de Lula deve
se firmar.
Deve
se considerar feliz Lula e seus seguidores de contarem nos quadros do Tribunal com
Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, que sempre votaram e votarão a seu favor, tanto
pela origem de ambos como pelo conhecimento jurídico burocrático que
demonstram.
Quanto a Marco
Aurélio e Celso de Mello são ministros antigos o que pode explicar a posição
legalista extremada que defendem no que se refere à presunção da inocência,
mesmo com os tempos que vive este país infeliz, cheio de corruptos.
Assim agem
porque são antigos. Olham para trás e não vivem estes novos e amargos tempos.
ANOTAÇÕES AO ARTIGO “O STF E A
CONDENAÇÃO DE LULA”
1. Gilmar Mendes não pode ter outra qualificação
que não seja o desequilíbrio mental, destacando aquele beiço abominável fazendo
cara de rigoroso. O voto dele em 2016, pró prisão após julgamento em 2ª
Instância gerou espécie de "sedimentação" da jurisprudência nesse
sentido no STF até a "chegada" de Lula. Aí ele muda o voto e critica
aqueles ministros que o mantiveram, fazendo graves acusações – não mencionou
nomes mas alguns ministros seriam simpatizantes do grupo LGBT e MST (!?). Ele
não tem compostura, constituindo-se pelo que venho notando um estorvo no
Tribunal. Definitivamente, ele não tem compostura por sua inconsistência mental
e por provocar conflitos desnecessários com os outros ministros;
2. Há análises de que Rosa Weber
poderá mudar seu voto em próximos julgamentos. Os votos dela até aqui geraram
"graves consequências". A partir de agora, seria desmoralizante dizer
que o que disse não disse, não era bem isso ou aquilo no estilo Dilma. Ela é
ministra e não pode agir como "garota volúvel";
3. Estou assumindo uma posição
condescendente em relação às atitudes de Lula em vias de viver numa cela por
pouco ou muito tempo. Uma fase melancólica de quem teve "tudo". Mas,
vejam: 1. O MST lambuzou de vermelho o prédio da ministra Carmem Lúcia. Feito
isso, provaram que são inconsequentes, burros, essa ala ligada, queiram ou não,
ao PT e que age livremente nos seus atos insanos e criminosos. Esses imbecis
pensam que ministros não sejam humanos, que não guardam mágoas pessoais, num
momento em que Lula precisava mais do que nunca de "compreensões". 2.
Esses mesmos insanos fecharam rodovias sem mais nem menos esquecendo a crítica
que a comitiva aloprada de Lula fizera em atos políticos no sul.
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