Tenho me posicionado de modo a não deixar margem no que se
refere ao descaso ambiental do atual governo.
Na resenha “Miscelânia ambiental” me refiro a essa linha de verdadeira
irresponsabilidade pelo que não faz o governo e pelo que diz o presidente que
tenho chamado de “bronco”.
Os textos unificados inteiros podem ser lidos (?!) neste
endereço:
Mas, desses textos recentes, porque há outros mais antigos, transcrevi
estes trechos:
“Atribuo ao presidente Bolsonaro essa explosão de desmate na
Amazônia, pelas “senhas de indiferença” que emitiu aos grileiros e madeireiros
ilegais, chegando às raias da irresponsabilidade na matéria, ao sugerir que
todos segurassem a ação fisiológica dos intestinos, dia sim dia não, de
modo a contribuir com a preservação ambiental.”
/...
“O extremo de sua sandice se deu em resposta a essa notícia
alarmante do aumento do desmate. Disse ele:
“Você não vai acabar com o desmatamento nem com as queimadas. É
cultural”.
/...
“Ora, se tivesse um mínimo de consciência ambiental, poderia
admitir que esse crime é “cultural” mas que passaria a ser combatido com as
forças do governo, fossem quais fossem, chamando as ONGs para ajudar nessa
luta, estas duramente atacadas desde que assumiu a presidência, mas nenhuma
individualizada pelos abusos de que são genericamente acusadas.
E se houver alguma que abusa de suas ações, que seja expurgada.
Sim há um desastre ambiental se avolumando no País. E ele
começou no palácio do governo. E pelo jeito que vai, tudo a piorar. É de
emocionar.”
De seu perfil, acho meio duvidosa sua religiosidade, essa história
de “Deus acima de todos” e tal e até sua genuflexão perante um “bispo” para
demonstrar sua fé às Divindades.
Essa uma contradição porque as questões da natureza para os que
refletem um pouco sobre os mistérios do planeta, não saberão explicar as matas
fechadas, sua beleza e todas as espécies que nelas vivem.
Terá ele pensado no sabor de um pêssego, uma manga e não apenas
num naco de carne de animal abatido? A diferença entre esses alimentos?
Poucos se dão conta disso. Todos se dão de ombros porque a
linguagem sempre foi a do cifrão.
ISRAEL
Bolsonaro venera Israel e isso diz constantemente.
Enquanto a Amazônia fica à mercê da bandidagem, impunemente, eis
como Israel trata o meio ambiente:
Qual a impressão que o visitante
teria ao ouvir de um simples taxista em Israel, no relativamente curto trajeto
entre Telavive e Jerusalém, nem 70 quilômetros e saber que os “Caminhos de
Emaús” está cercado por árvores naquele solo improvável de florescimento.
Caminhos de Emaús?
No Evangelho (Lucas 24:13-35), no
“Caminho da aldeia de Emaús”, descreve esta passagem:
“Naquele mesmo dia, dois dos discípulos de Jesus
iam a caminho da aldeia de Emaús que ficava a uns 11 quilômetros de distância
de Jerusalém. 1 E comentavam entre si tudo o que
acontecera. De repente Jesus apareceu e juntou-se a
eles, caminhando ao seu lado. Mas os seus olhos estavam
impossibilitados de o reconhecer.
“O que é que vão aí a discutir pelo caminho?”
perguntou-lhes. E eles pararam de caminhar; estavam tristes.
Um deles,
Cleopas, respondeu: “Deves ser a única pessoa em toda a cidade de Jerusalém que
não sabe das terríveis coisas que ali sucederam nestes últimos dias.” (...)
Em matéria de religiosidade,
embora os israelenses não sejam cristãos, Israel é todo religioso. Ali estão os
muçulmanos e os cristãos além, é claro, do judaísmo e suas divergências e
confluências.
Então, o taxista ao ser abordado
sobre as florestas plantadas nos desertos – os israelenses cultivam vegetais e
frutas naqueles solos considerados inóspitos e inférteis com a irrigação –
informa, apontando no trajeto referido “fechado” por bela vegetação - que seu
país plantou milhões de árvores. Talvez tenha até exagerado um pouco o taxista orgulhoso,
mas números divulgados são de grande monta:
240 milhões de árvores:
“Ao longo
destes mais de 100 anos, o KKL consolidou-se como um líder global na
preservação do meio ambiente, através do plantio de 240 milhões de árvores
(...) e trazendo vida ao deserto do Negev.” (*)
No que se refere à preservação da
natureza e dos animais, esclarece a Wikipédia:
“A necessidade
de proteção à natureza local levou à promulgação de leis de conservação da
natureza e para o estabelecimento de parques ecológicos nacionais, dedicados à
proteção dos habitats e recursos da vida selvagem, além de uma política
educacional específica. Até o momento foram criadas em todo o país 142 reservas
naturais e 44 parques nacionais, abrangendo cerca de 3.500 quilômetros
quadrados (de cerca de seis mil quilômetros quadrados de áreas protegidas).
Juntos, eles representam todo o espectro do patrimônio natural de Israel –
florestas mediterrâneas, paisagens marinhas, dunas, sistemas de água doce,
desertos e oásis.
Fora dos limites de reservas
naturais, centenas de espécies animais e vegetais foram declaradas "bens
naturais protegidos". Foram empreendidas operações de resgate destas
espécies, incluindo a criação de estações de alimentação e locais de nidificação.” (**)
Malgrado todos os
conflitos que enfrenta no seu pequeno território, Israel age como país
civilizado, a partir da real preocupação ambiental, um exemplo para o mundo
caótico que devasta com e sem causa e imunda os oceanos e rios com tudo o que
prejudica os próprios recursos essenciais à vida humana. Relembrem-se os
plásticos e garrafas “pets” aos milhões boiando nas águas.
Então é assim: enquanto
o Brasil facilita a desertificação gradativa da Amazônia por falta de qualquer
política ambiental e abandonada aos bandidos que captaram essa mensagem de
sutil mas eloquente de “degradação livre”, a Israel age diferente e inteligentemente,
promovendo incansável (re) florestamento.
Amazônia em chamas
Deserto de Negev
Há ou não aí, uma
cultura inteligente de Israel humilhando a cultura da omissão e do atraso que predomina
por aqui?
Fontes:
(*)
www.comiteisraelita.com.br – (Trecho) Israel Verde:
Trabalhando com o Brasil e com o Mundo pela Sustentabilidade
(**) Wikipédia:
“Meio ambiente de Israel”
Fotos
1. João
Laet/AFP"
2.
Wikipédia
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