quarta-feira, 13 de março de 2019

VARIEDADES TEMÁTICAS (II)



1. Os Bolsonaros e o Estadão
Eu nada tenho com o petismo que, para mim, em campos essenciais, no governo, constituiu-se numa tragédia nacional.
Mas, por outra, eu não tenho ídolos políticos, santos políticos. Até mesmo Fernando Henrique de quem tinha algum apreço me decepciona a cada dia, até pelo seu partido repleto de denúncias de corrupção.
E o pior é que a imprensa de um modo geral o procura, numa idade em que ele faria um favor se se calasse.
Então, por não ter santos políticos eu não me canso de questionar atitudes de Bolsonaro que com frequência se esquece que é PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL e se perde no twitter, emitindo conceitos medíocres, especialmente quando envolve seu filho Flávio.
Uma jornalista do Estadão, em inglês macarrônico disse e isso ela disse – e não há como distorcer como fez Bolsonaro para tentar amenizar as desconfianças que há sobre seu filho –, que a situação de Flávio e o pai poderia se arruinar muito, pelas “manipulações financeiras” do seu ex-assessor Fabrício Queiroz quando deputado estadual no Rio, assunto perigosamente nebuloso que até receio se devidamente desvendado.
Mas, quem é a citada jornalista que trabalha no jornal?
Pelo que se sabe, ela não tem nenhuma influência na linha editorial do jornal, que se tem revelado até uma linha moderadora.
Nos editoriais do jornal e noticiário político, NUNCA se constatou a disposição do Estado em derrubar o governo.
Dai porque é hoje o jornal de maior circulação no Estado de São Paulo.
Mas, de modo precipitado, Bolsonaro sai para o ataque como se pouco tivesse a fazer, alega campanha da jornalista para sua deposição, cria problemas para si mesmo, bota mais lenha na fogueira no “fator” Queiroz que envolve Flávio, pensando que todo mundo ia ficar indignado com o jornal.
Uma bobagem inacreditável que não fora do presidente da República, seria normalmente encarada como ato de inconsequente.
Ora, não só a tradução do mau inglês da jornalista desmente a sua interpretação, como os órgão franceses que a repercutiram, deram a notícia como falsa e a ‘deletaram’.
Bolsonaro precisa deixar essas coisinhas para agradar o filho pressionado pelo “fator” Queiroz.


2. Os Bolsonaristas radicais - ferozes contra a imprensa
Se bem me lembro nem a esquerda radical nos tempos lamentáveis do PT era tão contundente nas críticas aos jornais ou torcendo por sua extinção.
Bom para esses novos radicais é o jornal que apenas exalta seu santo político e omite no que ele fraqueja e erra ou tentam explicar o inexplicável.
Então, todos os jornais independentes devem ser extintos e, nos moldes do modelo cubano, a existência de um único jornal que enaltece os atos positivos do poder ignora os negativos “que não interessam ao povinho”.
Algo como o jornal Granma, “Órgano Oficial del Comité Central del Partido Comunista de Cuba” que para bem da paz social e política tem só uma linha, a linha que manda.
Lembro-me de uma passagem do livro “1984” de George Orwell, neste trecho na resenha que fiz que fala de liberdade, qual seja a de dizer que dois e dois são quatro:
Submetido a todas as torturas o dissidente Wiston, "espontaneamente", com "convicção", se convence que "dois e dois são cinco" (o seu axioma antes fora: "A liberdade é a liberdade de dizer que dois e dois são quatro. Admitindo-se isto, tudo o mais decorre") e no auge de sua "recuperação" passa a amar o "Grande Irmão".(*)
Por isso prefiro jornais ruins, e são muitos, garantido o direito de contestá-los duramente, com todas as letras porque, afinal, “dois mais dois são quatro”.

3. Os filhos de Lula, milionários – comparações
Na linha de minimizar o “incômodo” do “fator” Queiroz que afeta o senador Flávio, muitos bolsonaristas incondicionais, se referem aos filhos de Lula, milionários, que nenhuma autoridade ainda apurou de modo cabal, a origem dos “créditos”.
Eles andam por aí usufruindo das riquezas que decorreram do governo de seu pai.
Ora, o Bolsonaro foi eleito para evitar quaisquer manobras iguais, semelhantes ou inspiradas no lulopetismo e tudo o mais de escândalos daqueles dias.
Então, dos filhos de Bolsonaro, qualquer ato suspeito de antes das eleições não seria imaginado e sequer admitido.
E, no entanto, a manipulação de valores de Fabrício Queiroz quando assessor do deputado e agora senador é que pode complicar a vida de pai e filho.
Disse acima que receio muito a hora em que essa “manipulação” for desvendada. Se for.


4. Maioridade penal – sugestão
Os que defendem a manutença da punibilidade penal aos 18 anos dizem que a redução para l6 anos pouco ou nada resolveria porque há o caos prisional.
Não sei como resolver a questão das prisões que exigem grande investimento.
Mas, manter “meninos” acima de 16 anos como infratores e não como criminosos nestes tempos conturbados me parece demagogia.
A sociedade não é causa dos “menores” criminosos. E se fosse, constitui-se absurdo inominável relevar o crime por essa alegada “causa”.
Aliás, a sociedade é também causa da grande maioria não violenta que dá valor ao trabalho e à convivência pacífica.
Há que resolver essa questão. Dai minha sugestão:
Redução para 17 anos perdurando por 3 anos e depois desse prazo, reduzindo para 16 anos.


5. Um pouco de futebol – a seleção de Tite
Não gosto do “discurso” do técnico Tite que até agora formou uma seleção muito irregular.
Ele bajula Neymar e outros “europeus” mesmo sabendo (?) que o time não se “enturma”.
O comentarista Neto, disse algo interessante: Neymar menos que jogador, seria apenas “uma celebridade” na seleção.
No meu modo de ver, essa seleção vai ficar pelo meio do caminho, colhendo insucessos.
Hoje é o dia das sugestões e darei a minha, mesmo que Tite seja mantido como técnico com aquela conversinha de boteco:
Constituir uma seleção com jogadores do Brasil, como na seleção de 70, que marcou época. Esses jogadores provavelmente, como se diz, “jogarão a vida”.
Essa mudança radical.

PONTO FINAL: O Brasil será um grande país no dia em reduzir os deputados da Câmara Federal e senadores do Senado, todas as mordomias que lhe são garantidas, uma afronta ao padrão de vida do país. Com isso, haverá efeito cascata nas assembleias legislativas e câmara municipais. E dai nos outros poderes.

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