1.
Os Bolsonaros e o Estadão
Eu
nada tenho com o petismo que, para mim, em campos essenciais, no
governo, constituiu-se numa tragédia nacional.
Mas,
por outra, eu não tenho ídolos políticos, santos
políticos. Até mesmo Fernando Henrique de quem tinha algum apreço
me decepciona a cada dia, até pelo seu partido repleto de denúncias
de corrupção.
E
o pior é que a imprensa de um modo geral o procura, numa idade em
que ele faria um favor se se calasse.
Então,
por não ter santos políticos eu não me canso de questionar
atitudes de Bolsonaro que com frequência se esquece que é
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL e se perde no twitter,
emitindo conceitos medíocres, especialmente quando
envolve seu filho Flávio.
Uma
jornalista do Estadão, em inglês macarrônico disse e isso ela
disse – e não há como distorcer como fez Bolsonaro para tentar
amenizar as desconfianças que há sobre seu
filho –, que a situação de Flávio e o pai poderia se arruinar
muito, pelas “manipulações financeiras” do seu
ex-assessor Fabrício Queiroz quando deputado estadual no Rio,
assunto perigosamente nebuloso que até receio se devidamente
desvendado.
Mas,
quem é a citada jornalista que trabalha no jornal?
Pelo
que se sabe, ela não tem nenhuma influência na linha editorial do
jornal, que se tem revelado até uma
linha moderadora.
Nos
editoriais do jornal e noticiário político, NUNCA se constatou a
disposição do Estado em derrubar o governo.
Dai
porque é hoje o jornal de maior circulação no Estado de São
Paulo.
Mas,
de modo precipitado, Bolsonaro sai para o ataque como se pouco
tivesse a fazer, alega campanha da jornalista para
sua deposição, cria problemas para si mesmo, bota mais lenha
na fogueira no “fator” Queiroz que envolve Flávio, pensando que
todo mundo ia ficar indignado com o jornal.
Uma
bobagem inacreditável que não fora do presidente da República,
seria normalmente encarada como ato de inconsequente.
Ora,
não só a tradução do mau inglês da jornalista desmente
a sua interpretação, como os órgão franceses que a
repercutiram, deram a notícia como falsa e a
‘deletaram’.
Bolsonaro
precisa deixar essas coisinhas para agradar o filho pressionado
pelo “fator” Queiroz.
2.
Os Bolsonaristas
radicais - ferozes contra a imprensa
Se
bem me lembro nem a esquerda radical nos tempos lamentáveis do PT
era tão contundente nas críticas aos jornais ou torcendo por sua
extinção.
Bom
para esses novos radicais é o jornal que apenas exalta
seu santo político e omite no que ele fraqueja e erra
ou tentam explicar o inexplicável.
Então,
todos os jornais independentes devem ser extintos e, nos moldes do
modelo cubano, a existência de um único jornal que
enaltece os atos positivos do poder
ignora os negativos “que não interessam ao
povinho”.
Algo
como o jornal Granma, “Órgano Oficial del Comité Central
del Partido Comunista de Cuba” que para bem da paz social e
política tem só uma linha, a linha que manda.
Lembro-me
de uma passagem do livro “1984” de George Orwell, neste trecho na
resenha que fiz que fala de liberdade, qual seja a de dizer que dois
e dois são quatro:
“Submetido
a todas as torturas o dissidente Wiston, "espontaneamente",
com "convicção", se convence que "dois e dois são
cinco" (o seu axioma antes fora: "A liberdade é a
liberdade de dizer que dois e dois são quatro. Admitindo-se isto,
tudo o mais decorre") e no auge de sua "recuperação"
passa a amar o "Grande Irmão".(*)
Por
isso prefiro jornais ruins, e são muitos, garantido o direito de
contestá-los duramente,
com todas as letras porque, afinal, “dois mais dois são quatro”.
3. Os filhos de Lula, milionários – comparações
Na
linha de minimizar o “incômodo” do “fator” Queiroz que afeta
o senador Flávio, muitos bolsonaristas incondicionais, se referem
aos filhos de Lula, milionários, que nenhuma autoridade ainda apurou
de modo cabal, a origem dos “créditos”.
Eles
andam por aí usufruindo das riquezas que decorreram do governo de
seu pai.
Ora,
o Bolsonaro foi eleito para evitar quaisquer manobras iguais,
semelhantes ou inspiradas no lulopetismo e tudo o mais de escândalos
daqueles dias.
Então,
dos filhos de Bolsonaro, qualquer ato suspeito de antes das eleições
não seria imaginado e sequer admitido.
E,
no entanto, a manipulação de valores de Fabrício Queiroz quando
assessor do deputado e agora senador é que pode
complicar a vida de pai e filho.
Disse
acima que receio muito a hora em que essa
“manipulação” for desvendada. Se for.
4.
Maioridade
penal – sugestão
Os
que defendem a manutença da punibilidade penal aos 18 anos dizem que
a redução para l6
anos pouco ou nada resolveria porque há o caos prisional.
Não
sei como resolver a questão das prisões que exigem grande
investimento.
Mas,
manter “meninos” acima de 16 anos como infratores e não como
criminosos nestes tempos conturbados me parece demagogia.
A
sociedade não é causa dos “menores” criminosos. E se fosse,
constitui-se absurdo inominável relevar o crime por essa alegada
“causa”.
Aliás,
a sociedade é também causa da grande maioria não violenta que dá
valor ao trabalho e à convivência pacífica.
Há
que resolver essa questão. Dai minha sugestão:
▲Redução
para 17 anos perdurando por 3 anos e depois desse prazo, reduzindo
para 16 anos.
5.
Um pouco de futebol – a seleção
de Tite
Não
gosto do “discurso” do técnico Tite que até agora formou uma
seleção muito irregular.
Ele
bajula Neymar e outros “europeus” mesmo sabendo (?) que o time
não se “enturma”.
O
comentarista Neto, disse algo interessante: Neymar menos que jogador,
seria apenas “uma celebridade” na seleção.
No
meu modo de ver, essa seleção vai ficar pelo meio do caminho,
colhendo insucessos.
Hoje
é o dia das sugestões e darei a minha, mesmo que Tite seja mantido
como técnico com aquela conversinha de boteco:
▲Constituir
uma seleção com jogadores do Brasil, como na seleção de 70, que
marcou época. Esses jogadores provavelmente, como se diz, “jogarão
a vida”.
Essa
mudança radical.
PONTO
FINAL: O Brasil será um grande país no dia em reduzir os
deputados da Câmara Federal e senadores do Senado, todas as
mordomias que lhe são garantidas, uma afronta ao padrão de vida do
país. Com isso, haverá efeito cascata nas assembleias legislativas
e câmara municipais. E dai nos outros poderes.
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