sábado, 23 de março de 2019

VARIEDADES TEMÁTICAS (III)



Nestas considerações, explano sobre os temas seguintes:

1. Os Bolsonaros estão atrapalhando o governo?
2. O que faz um ministro da Educação desmoralizado?
3. Disputas residuais de poder a partir de intervenções do guru Olavo de Carvalho.
4. Ministro Sérgio Moro desrespeitado.
5. O impasse da presença do ministro Gilmar Mendes no STF e o pedido de impeachment


1. Os Bolsonaros e um início de governo confuso e claudicante

Bolsonaros, porque os filhinhos do presidente estão em todos os atos mais importantes. Um deles, o deputado Eduardo Bolsonaro, permaneceu na conferência reservada entre o pai e Trump.

Ai, o pai se excede no que diz e desmente e se desculpa.

Depois, um dos filhos fala uma tolice qualquer e o (s) Bolsonaro (s) dizem que nada do que dito era bem aquilo que fora dito.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia anda meio nervoso nestes dias porque o sogro foi preso, mas ele disse algo que, quando ouvi, mentalmente aplaudi, mais ou menos isto: O Bolsonaro tem que se dedicar bem mais tempo ao projeto de reforma da previdência e diminuir o tempo no twitter por onde costuma se exceder.

Será que os Bolsonaros estão, na verdade, atrapalhando o governo?


2. O que faz o ministro da Educação permanecer no governo?
Foram muitas as trapalhadas o dito por não dito do ministro Ricardo Velez Rodrigues.

As notícias dão conta de que ele está sentado na cadeira de ministro, mas está sendo tutelado.

Tudo bem, ele levantou a polêmica do cantar o Hino Nacional nas escolas apenas para ficar no lado positivo do que disse mas, no mais, tem se revelado despreparado. Pensa como colombiano, sua nacionalidade de origem.

Ele tenta se manter no cargo mesmo desautorizado sequer a nomear membros de sua própria equipe.

Até quando o desgaste com um ministro desses?
Ele não deu certo e pronto, ponto.

Que sangria é essa?

3. Disputas residuais poder entre o astrólogo, dito filósofo Olavo de Carvalho, o pastor e hostes do Governo

O sempre qualificado como guru de Bolsonaro, quando contrariado não poupa adjetivos contra seus contestadores a ponto de tumultuar o já confuso  governo que apoia.

As inserções nas redes sociais do “bispo” Silas Malafaia, falastrão como é, questiona fala de...quem? Eduardo Bolsonaro quem mais? que atribuiu ao guru a vitória do pai.

No entrevero entre eles e também as intervenções do guru desrespeitando membros de primeiro escalão do governo só o complica.

Eles também precisam ser, digamos, “administrados” porque aumentam a divergências nestes tempos com tanta coisa por fazer.

Por que não se calam?

Certamente porque Bolsonaro não chega a tanto, vacila.

4. Ministro Sérgio Moro. Desrespeitado

Como juiz, Moro fora endeusado pelo que fez com o projeto “lava jato”.

Referências no exterior, homenageado em entidades de renome, aceitou o convite de Bolsonaro para o Ministério da Justiça.

Ele fora espécie de troféu de Bolsonaro que o apresentava como uma conquista de seu governo. As coisas mudaram e muito. Penso que ele nunca imaginou se situar numa “roubada” dessas: desrespeitado, questionado, seu projeto desprezado… a esquerda se movimentando para destruir pontos essenciais, nos quais se situam os crimes de corrupção.

A turma desse lado não quer nada mudar, sequer discutir com serenidade.

Por isso tudo, vamos ver até quando ele aguenta o “desacato político”.

Acho que o ex-troféu está realmente perplexo, arrependido mas se deixar o governo, não lhe faltarão oportunidades de trabalho.

5. O impasse institucional da presença de Gilmar Mendes no STF. O pedido de impeachment no Senado

O dito ministro Gilmar Mendes, no Supremo é uma anomalia, constitui-se no membro repudiado, até mesmo aos menos interessados.

Pegou fama de condescendência com bandidos e condenados. Liberta a todos que têm a “sorte” de o terem como relator dos habeas corpus.

Por tantos desmandos, três advogados de nomeada, a saber Modesto Souza Barros Carvalhosa, Laércio Laurelli e Luiz Carlos Crema ingressaram perante o Senado Federal com pedido de impeachment contra Gilmar Mendes.

O arrazoado contem 150 páginas com todos os detalhes possíveis das articulações políticas promovidas pelo ministro, negócios do seu interesse, além de sua influência no meio jurídico todos com o timbre da ilegalidade, do abuso de direito e de desprezo com determinados ritos processuais que exatamente libertam corruptos e bandidos notórios, caso do ex-médico Roger Abdelmassih, que estuprou e abusou de dezenas de clientes, para ficar só nesse caso. Outros são mencionados na petição do impeachment.

O pedido dos advogados é muito contundente e diria, até, completo.

Mas, teria o Senado sabedoria para fazer o processo tramitar?

Não creio muito mas não perdi as esperanças.

Se tudo do ministro for relevado como até agora tem ocorrido, dá para imaginar seus desmandos nos próximos 12 anos até que complete 75 anos?

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