Nestas
considerações, explano sobre os temas seguintes:
1.
Os Bolsonaros estão atrapalhando o governo?
2.
O que faz um ministro da Educação desmoralizado?
3.
Disputas residuais de poder a partir de intervenções do guru Olavo
de Carvalho.
4.
Ministro Sérgio Moro desrespeitado.
5.
O impasse da presença do ministro Gilmar Mendes no STF e o pedido de
impeachment
1.
Os Bolsonaros e um
início de governo confuso e claudicante
Bolsonaros,
porque os filhinhos do presidente estão em todos os atos mais
importantes. Um deles, o deputado Eduardo Bolsonaro, permaneceu na
conferência reservada entre o pai e Trump.
Ai,
o pai se excede no que diz e desmente e se desculpa.
Depois, um dos
filhos fala uma tolice qualquer e o (s) Bolsonaro (s) dizem que nada
do que dito era bem aquilo que fora dito.
O
presidente da Câmara Rodrigo Maia anda meio nervoso nestes dias
porque o sogro foi preso, mas ele disse algo que, quando ouvi, mentalmente aplaudi, mais ou menos
isto: O Bolsonaro tem que se dedicar
bem mais tempo ao projeto de reforma da previdência e diminuir o
tempo no twitter por onde costuma se exceder.
Será
que os Bolsonaros estão, na verdade, atrapalhando o governo?
2.
O que
faz o ministro da Educação
permanecer no governo?
Foram
muitas as trapalhadas o dito por não dito do ministro Ricardo Velez
Rodrigues.
As
notícias dão conta de que ele está sentado na cadeira de ministro,
mas está sendo tutelado.
Tudo
bem, ele levantou a polêmica do cantar o Hino Nacional nas escolas
apenas para ficar no lado positivo do que disse mas, no mais, tem se
revelado despreparado. Pensa como colombiano, sua nacionalidade de
origem.
Ele
tenta se manter no cargo mesmo desautorizado sequer a nomear membros
de sua própria equipe.
Até
quando o desgaste com um ministro desses?
Ele
não deu certo e pronto, ponto.
Que
sangria é essa?
3.
Disputas residuais
poder entre o astrólogo, dito filósofo Olavo de Carvalho, o
pastor e hostes do Governo
O sempre qualificado como guru de Bolsonaro, quando contrariado não
poupa adjetivos contra seus contestadores a ponto de tumultuar o já
confuso governo que apoia.
As
inserções nas redes sociais do “bispo” Silas Malafaia,
falastrão como é, questiona fala de...quem? Eduardo Bolsonaro quem
mais? que atribuiu ao guru a vitória do pai.
No
entrevero entre eles e também as intervenções do guru
desrespeitando membros de primeiro escalão do governo só o
complica.
Eles
também precisam ser, digamos, “administrados” porque aumentam a
divergências nestes tempos com tanta coisa por fazer.
Por
que não se calam?
Certamente
porque Bolsonaro não chega a tanto, vacila.
4.
Ministro Sérgio Moro.
Desrespeitado
Como
juiz, Moro fora endeusado pelo que fez com o projeto “lava jato”.
Referências
no exterior, homenageado em entidades de renome, aceitou o convite de
Bolsonaro para o Ministério da Justiça.
Ele
fora espécie de troféu de Bolsonaro que o apresentava como uma
conquista de seu governo. As coisas mudaram e muito.
Penso que ele nunca imaginou se situar numa “roubada”
dessas: desrespeitado, questionado, seu projeto desprezado…
a esquerda se movimentando para destruir pontos essenciais, nos quais
se situam os crimes de corrupção.
A
turma desse lado não quer nada mudar, sequer discutir com
serenidade.
Por
isso tudo, vamos ver até quando ele aguenta o “desacato político”.
Acho
que o ex-troféu está realmente perplexo, arrependido mas se deixar
o governo, não lhe faltarão oportunidades de trabalho.
5.
O impasse institucional da
presença de Gilmar Mendes no STF. O
pedido de impeachment no Senado
O
dito ministro Gilmar Mendes, no Supremo é uma anomalia, constitui-se
no membro repudiado, até mesmo aos menos interessados.
Pegou
fama de condescendência com bandidos e condenados. Liberta a todos
que têm a “sorte” de o terem como relator dos habeas corpus.
Por
tantos desmandos, três advogados de nomeada, a saber Modesto Souza
Barros Carvalhosa, Laércio Laurelli e Luiz Carlos Crema ingressaram
perante o Senado Federal com pedido de impeachment contra Gilmar
Mendes.
O
arrazoado contem 150 páginas com todos os detalhes possíveis das
articulações políticas promovidas pelo ministro, negócios do seu
interesse, além de sua influência no meio jurídico todos com o
timbre da ilegalidade, do abuso de direito e de desprezo
com determinados ritos processuais que exatamente libertam corruptos
e bandidos notórios, caso do ex-médico Roger
Abdelmassih, que
estuprou e abusou de dezenas de clientes, para ficar só nesse caso.
Outros são mencionados na petição do impeachment.
O
pedido dos advogados é muito contundente e diria, até, completo.
Mas,
teria o Senado sabedoria para fazer o processo tramitar?
Não
creio muito mas
não perdi as esperanças.
Se
tudo do ministro for relevado como até agora tem ocorrido, dá para
imaginar seus desmandos nos próximos 12 anos até que complete 75
anos?
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