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Perfil
Teor da entrevista para leitura:
ENTREVISTA COM NOSSO COLEGA GINASIANO VETERANO MILTON MARTINS.
Quem é Milton Martins?
Advogado, formado na PUCSP, hoje
com 75 anos, casado, com Ana Rosa, também ex-aluna do Ginásio “Amaral Wagner”, 5
filhos, 8 netos, com trabalho devolvido em multinacionais automobilísticas no
ABC, tentando ser escritor, tendo publicado dois livros, “Sindicalismo e
Relações Trabalhistas” que poderia ser minha obra prima se tivesse paciência de
o rever por mais uns 30 dias e o romance “Joana d’Art” semiautobiográfico com
boas criticas.
Qual sua relação com o “Amaral Wagner”?
Não fui aluno aplicado no Colégio
Bonifácio de Carvalho de São Caetano.
Matriculei-me, então, no Ginásio Amaral Wagner de Utinga – Santo André em 1961 frequentando o 3° ano ginasial. Formei-me em 1962.
Esses dois anos foram importantes porque, embora não fosse aplicado assumi a responsabilidade pelos estudos, sempre. Não há como esquecer o nível e a dedicação dos professores do “Amaral”.
Digamos que eu e o professor Antônio José do Nascimento, o “Caveirinha”, de Português, assumimos uma parceria que perdurou em quase todos aqueles dois anos.
Não sei se ela começou quando ele lançou o jornalzinho “O Cultural” ao qual dava uma coordenada nas colaborações, ou se depois de participar de um concurso literário sobre Joaquim Nabuco, monarquista e abolicionista – personagem que o professor Nascimento era admirador -, no qual fui classificado em 2° lugar.
Anos depois também viria a admirar o trabalho abolicionista de Joaquim Nabuco. No livro “Minha Formação” ele descreve momentos emocionantes de suas relações com os escravos. Em 1962 o professor se uniu a alguns líderes de Utinga e fizeram campanha de autonomia do subdistrito, lançando um pequeno semanário, “O Independente” do qual era coordenador e corretor de anúncios principalmente no bairro Santa Terezinha. Esse projeto de autonomia de Utinga não foi à frente.
Minhas ligações com o “Amaral Wagner” perduraram por bom tempo, tanto que em 1963, já estudando no “Clássico” do Colégio “Bonifácio de Carvalho”, ainda escrevi algumas crônicas para o jornalzinho “O Cultural”.
Matriculei-me, então, no Ginásio Amaral Wagner de Utinga – Santo André em 1961 frequentando o 3° ano ginasial. Formei-me em 1962.
Esses dois anos foram importantes porque, embora não fosse aplicado assumi a responsabilidade pelos estudos, sempre. Não há como esquecer o nível e a dedicação dos professores do “Amaral”.
Digamos que eu e o professor Antônio José do Nascimento, o “Caveirinha”, de Português, assumimos uma parceria que perdurou em quase todos aqueles dois anos.
Não sei se ela começou quando ele lançou o jornalzinho “O Cultural” ao qual dava uma coordenada nas colaborações, ou se depois de participar de um concurso literário sobre Joaquim Nabuco, monarquista e abolicionista – personagem que o professor Nascimento era admirador -, no qual fui classificado em 2° lugar.
Anos depois também viria a admirar o trabalho abolicionista de Joaquim Nabuco. No livro “Minha Formação” ele descreve momentos emocionantes de suas relações com os escravos. Em 1962 o professor se uniu a alguns líderes de Utinga e fizeram campanha de autonomia do subdistrito, lançando um pequeno semanário, “O Independente” do qual era coordenador e corretor de anúncios principalmente no bairro Santa Terezinha. Esse projeto de autonomia de Utinga não foi à frente.
Minhas ligações com o “Amaral Wagner” perduraram por bom tempo, tanto que em 1963, já estudando no “Clássico” do Colégio “Bonifácio de Carvalho”, ainda escrevi algumas crônicas para o jornalzinho “O Cultural”.
Onde reside no momento?
Em Piracicaba. Vim para cá por
oportunidade profissional importante. Daqui não voltei mais para o ABC, a
despeito das minhas constantes recaídas (homesick)
O que faz agora (ocupação)?
Sou advogado e nas horas vagas, leitor
irrecuperável e cronista/escritor quando vem a inspiração. Estou adiando o
enredo de um terceiro livro de memórias.
O que você tem a nos dizer sobre a “Semana da
Pátria”?
Hoje com tantas
alternativas no mundo, tantas mudanças políticas e sociais, ela não tem a
relevância que tinha naqueles idos, com ensaio da fanfarra e desfiles
concorridos dos alunos. Pode até ter solenidades e tudo o mais hoje, mas o
sentido da data era muito mais intenso então, até pelo empenho dos professores
muito respeitados e idealistas.
Que lembranças você possui de Utinga?
Utinga me marcou muito até porque
naqueles tempos eu corretava anúncios para “O Independente” no bairro Santa
Terezinha. Embora romanceadas, cenas reais havidas em Utinga foram expostas no
meu livro “Joana d’Art”.
Sobre os atuais eventos ginasianos: podemos um
dia contar com sua presença?
Sim, em pelo menos uma vez, tenho
que comparecer a despeito da distância.
O que tem a aconselhar aos jovens?
Nunca fui aluno aplicado, mas
jamais deixei e deixo de estudar. Aconselho aos jovens largarem um pouco o
celular e o “Facebook” e se voltem para a leitura de livros variados que abrem
espaço ao raciocínio e à cultura. “O que sabemos”, como disse Sartre, “a nós
pertence”...
Qual é o futuro que espera do Brasil?
O Brasil é um país complicado. Só
o mudaremos para melhor, com a educação e a cultura incentivadas... Prioritária.
Nessa linha, no comando: falta um estadista para imprimir novos rumos com visão
de futuro e não o imediatismo que tem prevalecido.
Algumas considerações finais.
Agradeço Dílson, sua iniciativa
por esta publicação; no meu caso me obrigando a rever com carinho aqueles
tempos de “imortalidade” num canto da memória de felicidade que renasce.
Entrevista como publicada:
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