Publicação católica Christo Nihil Pareponere (“A nada dar mais valor do que a Cristo”) de 20 de novembro de 2017 divulgou visão do papa João Paulo II que revelara que o “o Islã invadirá a Europa”.
Nenhuma novidade porque os muçulmanos já invadiram
a Europa e até discutem a introdução da “sharia” – a lei islâmica baseada no
Alcorão e nas pregações de Maomé – e a preservação da indumentária “padrão”, especialmente
a burqa para as mulheres o que significa o corpo todo coberto com vestimenta preta.
Disse o papa naquele ano de 1993, revelada pelo
Mons. Mauro Longhi, sacerdote da Prelazia do Opus
Dei que teve estreita relação de amizade com João Paulo II (Trecho...):
"O Santo Padre acrescentou: “Invadirão a Europa, a Europa será
arruinada, uma sombra do que foi outrora, como uma lembrança de família. Vocês,
Igreja do terceiro milênio, têm o dever de conter esta invasão. Mas não com
armas: elas não são suficientes; antes, com a sua fé, vivida integralmente”.
Eis o precioso testemunho de alguém que durante anos esteve em
contato direto e estreito com o Santo Padre, com quem concelebrou inúmeras
vezes. Não é preciso ressaltar que a confissão do Papa Wojtyla remonta a
março de 1993, há vinte e quatro anos, quando a presença islâmica na
Europa era, social e numericamente, muito diferente.
Não é por
acaso que na hoje em dia tão esquecida Exortação Apostólica Ecclesia in Europa, de 2003, João Paulo II falava claramente de uma relação
com o Islã que deveria ser, ao mesmo tempo, “correta”, conduzida com
“prudência, com clareza de ideias acerca das suas possibilidades e dos seus
limites” (n. 57). Apesar da linguagem típica de um documento magisterial,
sóbrio e contido por natureza, o Santo Padre parecia implorar que os
cristãos conhecessem “de modo objetivo o islamismo.” (*)
No primeiro parágrafo do item n° 57 da Exortação
Apostólica Ecclesia in Europa (Ecclesia
= Reunião) se lê:
“Trata-se ainda
de deixar-se estimular a um melhor conhecimento das outras religiões, para se
poder instaurar um colóquio fraterno com as pessoas que aderem a elas e vivem
actualmente na Europa. De modo particular, é importante um correcto
relacionamento com o islamismo. Tal relacionamento, como várias vezes ao
longo destes anos se deram conta os Bispos europeus, «deve ser conduzido com
prudência, com clareza de ideias acerca das suas possibilidades e dos seus
limites, e com confiança no plano salvífico de Deus em relação a todos os seus
filhos». Para além do mais, é preciso ter consciência da notável
diferença existente entre a cultura europeia, que tem profundas raízes cristãs,
e o pensamento muçulmano.”
Nessa publicação referida, muitos católicos leitores preocupados emitiram opiniões alguns fazendo severas restrições
ao modo como a Igreja caminha nestes tempos tormentosos:
O papa
Francisco é comunista, o papa Francisco não é comunista; estranhamentos a atitudes
de condescendência de João Paulo II em relação ao Islã no seu pontificado; “O Papa Francisco disse que o Islã é a religião da
"Paz" – Então a palavra paz mudou de significado"...
Mas, parece que o posicionamento
atual da Igreja é manter o quanto possível um sentido de “convivência” com o islamismo que vai se
assenhoreando da Europa.
Mas, o arcebispo italiano, Mons. Carlo Liberati, deu esta opinião recentemente;
Em linguagem bem acessível eis em
linhas gerais o que é o islamismo:
Mas, o arcebispo italiano, Mons. Carlo Liberati, deu esta opinião recentemente;
“Dentro de 10 anos seremos todos
muçulmanos por causa da nossa idiotice. Na Itália e em boa parte da Europa
vive-se como se Deus não existisse. Fazem leis que vão contra Deus e cultivam
suas tradições pagãs. Toda essa decadência moral e religiosa favorece o Islã.”
Sem medir palavras,
sentenciou: “Temos uma fé
cristã fraca. A Igreja hoje em dia não funciona bem e os
seminários estão vazios. Precisamos de uma verdadeira vida cristã. Tudo isso
abre o caminho para o Islã. Além
disso, eles têm muitos filhos e nós, não. Estamos em pleno declínio”. (**)
"Fazem lei que vão contra Deus": por aqui se debocha do cristianismo em cenas da mais sórdida concepção.
"Fazem lei que vão contra Deus": por aqui se debocha do cristianismo em cenas da mais sórdida concepção.
Para
o árabe muçulmano, a denominação de infiel é dada a todo indivíduo
não-muçulmano, isto é, ao indivíduo que não aceita os dogmas do Islã e não
segue a trilha do Alcorão, que é o Livro de Allah. (*)
Um
muçulmano piedoso, sincero, quando se refere a um infiel (cristão, idolatra,
pagão, judeu, agnóstico ou ateu), isto é, quando cita o nome de um servo de
Allah que viveu no erro, nas trevas do pecado (depois da revelação do Alcorão),
por não ter sido esclarecido pela fé muçulmana, acrescenta este apelo:
-
Allah se compadeça desse infiel!
Ou
recorre a esta fórmula, que é, igualmente, piedosa:
- Com
ele (o infiel) a misericórdia de Allah!
Aceitam
os muçulmanos, como dogma, que o infiel, depois da vitória do Islamismo, tendo
vivido na heresia, longe da verdade, estará, fatalmente, depois da morte,
condenado às penas eternas. É preciso, pois, implorar sempre para os infiéis
(especialmente para os sábios), a clemência infinita de Allah, o
Misericordioso. (**)
Temos
que há vertentes do islamismo que não são misericordiosas, mas cruéis que
sacrificam cristãos, intolerantes e terroristas e que querem levar os infiéis
(e até mesmo fieis) desde logo “às penas eternas” do modo mais doentio,
hediondo. Há os fiéis soberbos, certos de que o islamismo dominará o mundo
ocidental a partir exatamente da Europa.
Todos,
olhados de longe, pela sua roupa e modo de vida transmitem falta de alegria, não
são descontraídos e, por isso, apenas por esses detalhes, há um choque cultural,
choque cultural que deve ser compreendido de modo bem amplo.
Já se
disse, é e certo, que há muitos muçulmanos piedosos que vivem ou viveram ao
lado de muçulmanos cruéis e se mantem silentes assumindo uma cumplicidade tácita
e tocando a seu modo, a vida pra frente no dia seguinte.
Com tudo isso, nas minhas meditações sobre o mundo a caminho do
caos, tenho pensando positivamente em relação à Igreja Católica – sem a
professar. Porque com todos as seus defeitos e virtudes após dois mil anos,
período no qual chegou a implantar o terror com a inquisição, hoje ou há muito
todos sabemos como ela age. Sim, há contradições e os papas têm atos falhos ou
mudanças de atitudes quebrando tradições, muitas vezes criticados sem que se busque as razões. É um modo de enfraquecê-la.
Todos os que a condenam ou não aceitam seus dogmas, criticam o
papa Francisco que foi escolhido para mudar seu modo de agir no mundo,
especialmente o combate à pedofilia, uma chaga que precisa ser extirpada do seu
corpo e, para tanto, aboliu os ditos “segredos pontifícios ".
Por quantos papas esses segredos escabrosos foram acobertados?
É por isso que o papa Francisco tem diante de si tarefas árduas.
A Igreja ainda é forte, sempre aberta. Não me canso de relembrar:
Quando ia muito a São Paulo
"descansava" um pouco na Catedral da Sé, sempre aberta, sempre
receptiva às suas vibrações ou ao seu silêncio a despeito do tamanho da metrópole.
Chegava a me emocionar com pessoas geralmente humildes ou não tanto, que se
ajoelhavam no chão, na frente de imagem qualquer e então, de cabeça baixa e olhos
fechados oravam por alguns minutos. E, depois, saiam discretamente.
Não sei, não professo a religião de
minha infância há muito passada, mas me parece que é também no catolicismo
silencioso, que faz bem para tanta gente. Uma Igreja aberta para os que quiserem entrar.
Por aqui, ao acharem defeito em tudo no catolicismo, engrandecem
essas igrejas sem fé que pululam e se multiplicam por aí. Uma delas já tem
espécie de "exército" que não é o da salvação. Como estarão daqui a
uns 20 anos? Multimilionárias e politicamente influentes? Quem as controlará?
Qual a sua "ideologia político-religiosa"? Qual será seu contraponto?
Na América Latina há essa outra espécie de invasão tão perigosa
quanto: a religião ideológica sem fé, abarcadora, descaradamente adoradora do tal bezerro
de ouro.
É preciso cuidado, muito cuidado, perante a quem se ajoelha...
O seu contraponto é o catolicismo que precisa ser fortalecido por
aqueles que não se negam ou tem inteligência para entender estes tempos incertos.
Mas, em menor escala podem contribuir outras religiões em que a fé cristã é o princípio essencial - e não a riqueza de seus fundadores.
Apêndice:
"O relatório final da reunião episcopal, realizada em outubro passado, sugere que homens casados, com liderança reconhecida pela comunidade e preferivelmente indígenas sejam ordenados na Amazônia para administrar os sacramentos. Essa seria uma forma de combater a escassez de padres na floresta, o que abre espaço para o avanço de igrejas neopentecostais e impede que fiéis recebam a comunhão com regularidade. (ANSA)"
Apêndice:
"O relatório final da reunião episcopal, realizada em outubro passado, sugere que homens casados, com liderança reconhecida pela comunidade e preferivelmente indígenas sejam ordenados na Amazônia para administrar os sacramentos. Essa seria uma forma de combater a escassez de padres na floresta, o que abre espaço para o avanço de igrejas neopentecostais e impede que fiéis recebam a comunhão com regularidade. (ANSA)"
Referências:
(*) Integra da publicação: https://padrepauloricardo.org/blog/a-visao-de-joao-paulo-ii-o-isla-invadira-a-europa?fbclid=IwAR2-X2-Oay1ajVQcBOoIxGhdIMXYBCTkMg_jj5YZBSYpqJBbMri3GRTbSwI
Mons. Carlo Liberati. Acessar: http://centrodombosco.org/2019/07/20/dentro-de-10-anos-seremos-todos-muculmanos-diz-arcebispo-italiano/
Mons. Carlo Liberati. Acessar: http://centrodombosco.org/2019/07/20/dentro-de-10-anos-seremos-todos-muculmanos-diz-arcebispo-italiano/
(**)
Todo o texto em itálico foi
extraído do livro “O Homem que calculava” de Malba Tahan (Edição de 2005 –
Editora Record).
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