O
Senado Federal, presidido por José Sarney aplica golpe contra o povo
brasileiro, apropriando-se de recursos públicos para quitar imposto de renda
devido pelos senadores. Ato imoral que não poderia ser aceito.
Também
duas frases “de feito, sem efeito. Decorrências”.
Aqui
no Estado de São Paulo se discute (ainda) o rebaixamento do Palmeiras para a “segundona”,
a participação do Corinthians no campeonato internacional de clubes – e os
corintianos em massa rumarão para o Japão não se sabe com o sacrifício e
carências do que e de quem –a presidente Dilma, por sua vez, incentiva o consumo,
decreta isenção fiscal aos carros e todos embalados nesses extremos – que o
diga a rua 25 de Março -, nessa festa surreal.
Há
generalizada despreocupação com o que se passa nos meios marginais do país,
mesmo com as chacinas na periferia da Capital, comandadas, é de pasmar, por
bandidos presos.
Muitas
coisas estão ocorrendo, porém: a continuidade do julgamento do mensalão e as
condenações pelo STF dos respectivos réus, o escárnio de Paulo Maluf mesmo que pego
em flagrante pela apropriação indébita de dinheiro público que fez quando
prefeito de São Paulo e, um assunto recente a ser “arquivado” logo, logo, muito
grave que envolve, também, o interesse e o dinheiro públicos... desta feita um ato
do Senado Federal.
Quanto
a este último tema: sabem todos que os senadores ganham 14° e 15° salários
pagos pelas contribuintes.
Já
escrevi demais que este país de palmeirense e corintianos, classe média baixa
na média, suporta deputados e senadores demais, se guardadas as proporções com
a democracia americana – não adianta malhar em ferro frio.
Pois
bem, a partir de uma decisão, pelo que sei, isolada, do Superior Tribunal de
Justiça, essas verbas adicionais (14° e 15° salários) não tinham a dedução do
imposto de renda porque eram consideradas de natureza indenizatória.
Ora, de
natureza salarial evidente – e o STJ não poucas vezes reformou decisões no
âmbito tributário – levou a que a Receita Federal cobrasse o imposto de renda devido
sobre esses salários adicionais, correspondentes ao período de cinco anos, não
atingido pela prescrição.
No
total, os valores devidos ao fisco ultrapassam R$5 milhões que os
senadores deveriam pagar por recursos próprios como faz qualquer cidadão quando
devidamente comprovados seus débitos perante o fisco federal. Até por longos parcelamentos
aplicando-se, na espécie, multas elevadíssimas ao contribuinte sem privilégios políticos..
Mas, não
foi assim decidido. Senadores não fazem parte da massa assalariada – pensam
pertencer a uma classe superior, acima do lugar comum ocupado pelo povo
brasileiro. Com a omissão silenciosa e oportunista de TODOS os senadores, o
Senado Federal, presidido por ninguém menos que José Sarney – aquele que Lula
qualificou acima do bem e do mal, o “dono” do estado mais miserável da
federação, o Maranhão – resolveu que por verba da própria casa, isto é, provinda
dos impostos pagos por todos os brasileiros, o imposto de renda de 119 senadores, ex-senadores e suplentes será pago
como uma graça, significando que esses aproveitadores do povo brasileiro nada desembolsarão. Registre-se que 46 senadores resolveram pagar o imposto de renda do próprio bolso.
Um ato
dessa espécie é de extrema imoralidade, num momento em que o escândalo do
mensalão vai sendo desvendado pelo STF ou, ainda, equivalente à alegria de
Maluf em debochar do povo brasileiro mesmo que a devolução dos valores que se
apropriou indevidamente esteja em vias de voltar aos cofres de São Paulo,
compulsoriamente por força da Justiça de Jersey.
Digo
com isenção: a busca do apoio de Maluf à candidatura de Fernando Haddad por
Lula naquele encontro deprimente, com fotos e tudo, fortaleceu o velho político
que apenas sobrevive por esse tipo de gesto importuno.
Eu não
suporto a frase “de que cada povo tem o governo que merece”. O que se verifica
é que o brasileiro é ainda muito alienado, baixa educação, faz do futebol
espécie de causa de vida.
Muitos
são os que alegam que é um modo de suportar a dureza de serem brasileiros...
Pode
até ser, mas seria melhor que esses brasileiros torcessem menos pelo Corinthians,
chorasse menos a torcida do Palmeiras e começassem a torcer pelo país, enchendo
estádios com protestos contra a corrupção, contra a imoralidade e contra atos
acintosos como esse de agora praticado pelo Senado Federal.
Quadro "Operários" de Tarsila do Amaral
Quadro "Operários" de Tarsila do Amaral
(*) O verbo não existe. Vali-me da palavra
folguedo para inventar o verbo "folguear".
DO HUMORISTA MARCELO ADNET: “Quem come menos carne, além de
melhorar a saúde, ajuda a matar e torturar menos bois, desperdiça menos água e
destrói menos floresta”
“Resposta”: ‘McDonald’s, Bob’s, Subway e Burger King inauguram em 2012 o maior número de lojas em uma década e se lançam numa disputa acirrada por espaço no mercado de alimentação fora de casa.’
Decorrências:
Haja florestas devastadas, haja água para alimentar essa manada...
DO “INCORRUPTÍVEL” PAULO MALUF, sobre o devolver US$22 milhões subtraídos
da Prefeitura de São Paulo, impune, esnobando a Justiça e todos os brasileiros:
“Recebi mais de 500 ligações em meu celular, inclusive de um Ministro de
Estado. Ele disse: Maluf, você sabe por que é tão perseguido? Porque você está
vivo”.
Decorrências:
Não sei se o “estar vivo” é um elogio ou aborrecimento por ele estar ‘ainda’
vivo – e politicamente ressuscitado por Lula . Caso como o dele, Maluf, só se
extingue quando não estiver mais vivo. Aí tudo se acalma, não as
consequências...
Por isso, Fernando Haddad, aliado de Maluf na linha do lulopetismo será discreto em reaver o dinheiro subtraído da Prefeitura - reconhecido pela Justiça de Jersey -, para não o magoar. Isso mesmo Haddad: - faça tudo em silêncio não denuncie a corrupção de seu aliado, como faz o seu partido em relação ao mensalão, que não “existiu”. Esse é o PT de hoje.
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