Seriam um
equívoco os estudos que defendem o aquecimento global pela emanação de CO2 em
excesso na atmosfera, provindos da queima dos combustíveis fósseis e queima de
florestas? Tudo seria um equívoco, verdadeiro terrorismo climático?
(Este artigo complementa o de 25.06.2012,
“A Rio+20 passou. E agora”).
Os Estados Unidos,
na região oeste, vêm enfrentando incêndios florestais gigantescos. A propagação
dessa catástrofe ambiental, na opinião do professor Michael Oppenheimer, da
Universidade de Princeton, seria “uma janela para o que o aquecimento global
realmente se parece”. (1)
Essa opinião
do americano tem a ver com o “calor extremo na região, que tem facilitado a
propagação do fogo”, fenômeno que se alinha com projeções do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Por outra,
no Colorado, em Montana e Utah, diz a notícia, “a quantidade de neve ficou
abaixo dos níveis normais e o gelo derreteu rapidamente, antecipando a
temporada de incêndios”.
Nesse
desarranjo, qualquer fonte de ignição pode propagar tais catástrofes e, pior, a
saúde é afetada pela fumaça espessa: “A poluição pode atingir níveis bem piores
que em lugares como a cidade do México e Pequim”, argumenta Howard Frumkin,
especialista em saúde da Universidade de Washington. (1)
No que se
refere aos efeitos da poluição sobre os oceanos, cientistas afirmam que os seus
níveis se elevarão de modo gradativo mas irreversível mesmo que as emissões poluentes
diminuam.
“Há vários estudos que mostram o papel dos gases de efeito estufa no
aumento da temperatura do planeta. Esses gases foram responsáveis pelo aumento
de 0,17°C por década de 1980 a 2010 e pelo aumento de 2,3 milímetros do nível
do mar por ano de 2005 a 2010.” (2)
Mesmo que a elevação desses níveis pareça irrisória, todos esses estudos
têm como causa a poluição - a emissão em larga escala do CO2, agravando o
"efeito estufa".
Verifica-se, pois, espécie de consciência mundial que ressalta os efeitos dos
poluentes produzidos por várias fontes que estariam, mesmo, afetando a
temperatura do clima a ponto de tornar mais constantes, como reação, as
tragédias ambientais em pontos diferentes do planeta.
Há, porém, uma corrente de estudiosos que pensa diferente e se coloca em oposição à relação entre as emanações de CO2 e o aquecimento global.
Sintetizando:
1.) Os cálculos matemáticos que revelam as previsões de mudanças
climáticas são simplistas;
2.) Há 5.000 anos, a temperatura média era 3° mais elevada do que hoje (quem mediu?);
3. ) A “descarbonização” da economia é desnecessária, porque são
ignorados fatores astrofísicos e atmosféricos naturais;
4. ) O clima vai esfriar até 2030 e não esquentar isso por conta da “baixa
atividade solar” do oceano Pacífico, pelo que as projeções sobre o aquecimento
são alarmistas. (3)
Um climatologista que vem
sendo ouvido pela mídia, é Luiz Carlos
Molion, da UFAL – Universidade Federal de Alagoas. Suas opiniões são as
seguintes, destacando o que disse em recente entrevista:
a.) O aquecimento entre 1912 e
1960 se deu pelo aumento da atividade solar e pouca erupção vulcânica – “as erupções
reduzem a temperatura da Terra” (!)
Mas, diz ele, “o terrorismo
climático aumentou”;
b.) Seus pareceres e artigos
contraditando a teoria do aquecimento climático não são aceitos pelas
publicações científicas; espaços somente os que defendem o aquecimento global;
c.) O petróleo não vai acabar
porque há resevas petrolíferas como o
pré-sal em todo o planeta, mas será cara a extração; porém, o enxofre que emana
do carvão mineral e do petróleo é altamente tóxico;
d.) Não faltará água no século
21 porque 71% do planeta são formados por água mas se ela for poluída, ficará
mais cara;
e.) O IPCC -
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas: “Há quem diga que a ideia
da ONU é ter uma governança global. Não duvido” (3)
Quanto à
água, é sempre possível a dessalinização dos mares. Quanto à ONU ter uma “governança
global” pelo controle climático é uma notória bobagem. O que controla hoje a
ONU?
Nessa linha de certo desdém e soberba em
relação aos estudos que defendem o aquecimento global pelo CO2, a teoria de que
esses poluentes nada significam, pode abrir flancos altamente indesejáveis: a
queima de florestas para “instalação” de gado nas áreas devastadas. Afinal, o
CO2 emanado das imensas fogueiras florestais, também não afeta o clima. Ressalva
apenas à queima do carvão mineral, por ser tóxico.
E com esses elementos, os predadores de
plantão, ávidos pelo lucro dentro daquela teoria de “Brasil, celeiro do mundo”,
“alimento barato” e outros chavões até demagógicos que se repetem por aí, perdem
a compostura e partem com mais vontade para a devastação irresponsável.
Dai imensas áreas degradadas,
abandonadas, sem a necessária recomposição florestal.
Queimem-se combustíveis
fósseis a vontade que não vão faltar, apenas ficarão mais caros. A água não vai
faltar mesmo que se avancem sobre rios, nascentes e cursos d'água por conta do
desflorestamento. E a lembrar que em pleno século XXI seja ela escassa em
imensas regiões do planeta e até mesmo no Brasil..
Um prato cheio para os
economistas que não veem a floresta como patrimônio da humanidade com suas
riquezas medicinais e fauna, mas uma região a ser “conquistada” de tal ordem
que seja convertida em dinheiro.
E o mais rápido possível.
Quero concluir, apelando aos
cientistas preocupados com o aquecimento global que estaria ocorrendo nestas
últimas décadas - e estou mui propenso a acreditar nisso -, que saiam a público
para explanar com a mesma simplicidade, a validade e a segurança dos seus
estudos.
Legendas:
(1) Jornal “O
Estado de São Paulo” de 1°.07.2012
(2) idem de
03.07.2012
(3) Compilado
do “Jornal de Piracicaba” de 28.06.2012
Foto:
Nenhum comentário:
Postar um comentário