Nestes meus
artigos, não poucas vezes, constatando a presença do lulopetismo em seu
governo, opináramos que Dilma só teria o “seu” governo quando se libertasse
principalmente da influência do seu padrinho, o ex-metalúrgico Lula.
Não fora
somente o ex-presidente que interferia por sua vontade mas constatou-se, por
outra, que quando a presidente se via diante de um dilema corria a ouvir os
seus conselhos – se assim podem ser considerados.
Ela sempre
relevou a herança que adquirira dos atos e discursos demagógicos do seu
protetor, da corrupção, de escalões acostumados às facilidades que beiravam,
como beiram, a licenciosidade, o descontrole em relação ao dinheiro público
fácil, que transita por esses supostos “elegíveis” a tanto.
O que dizer
do cartão corporativo com gastos em excesso, das idas e vindas de aviões
“oficiais” e essa mordomia toda que humilha um povo desinformado?
Os mais
pobres ainda são controlados pelo “bolsa família” como se comprovou com a
recente corrida dos beneficiários às agências da CEF por causa de uma
desinformação, um “incidente” mal explicado e que vai se perdendo no
esquecimento, sem explicações convincentes das “autoridades”.
Não sei se
para se convencer de que era a presidente que viaja e paga a conta e ainda, de
um país rico – país rico não pende para
excessos como este – na sua visita ao papa Francisco patrocinou uma
festa de apartamentos para o seu séquito em Roma, postura inacreditável, abuso
com o dinheiro público que não pode ser esquecido.
Outro ponto:
a presença de aliados de Lula nas suas portas, especialmente de Gilberto
Carvalho, essa figura ambígua, suspeita, que a assessora como Ministro da
Secretaria Geral que, especulam órgãos da imprensa, joga contra ela e informa o
seu verdadeiro chefe, o seu padrinho, de todos os engasgos da presidente.
Já não é
desta feita que constato anomalias e desvios nessa figura –até pelas bobagens que costuma
dizer quando instado.
Assim, se
quisesse Dilma assumir para valer o
seu governo haveria que exonerar todos esses aliados do seu chefe e romper
politicamente com ele.
Mas, não.
Para acobertá-lo, não o envolve nas suas próprias dificuldades que dele herdou como
é o caso, para exemplificar, dos escândalos da Petrobrás, beirando, imaginem, a
quebra moral, porque financeiramente isso não deve ocorrer porque o dinheiro do
contribuinte será usado para salvá-la, certamente.
Ao longo
desses tempos de seu governo, comprovou-se que Dilma pouco delega e, nessa
linha, assume atitude duras em relação aos seus ministros: ela os trata com
desdém e não evita pitos em público. E não age do mesmo modo com seu padrinho
que interfere negativamente em seu governo. A
psicanálise explica.
Para piorar
avolumam-se os protestos de rua, pedindo assistência médica com um mínimo de
decência, melhoria básica na educação, mobilidade urbana, anticorrupção... e
indagações sobre os gastos bilionários com os estádios megalomaníacos para a
Copa do Mundo, muito mal explicados.
Nessas
passeatas participam os “remediados” que se convenceram que a “bolsa família” é
um engodo, sem a assistência médica prestada com um mínimo de dignidade.
E qual sua
resposta, por ordem, sempre, de seu padrinho?
● Reforma política, constituinte – da qual se
retratou porque inviável – plebiscito para resolver exatamente “o quê”?
O povo prioriza nas ruas assistência médica decente e ela responde:
● “Reforma
política”, “plebiscito”!
O que pensa
ela estar fazendo?
E o pior
que, nessa tentativa em mudar o centro das atenções, a Rede Globo insiste em
pautar esse tema concedendo tempo que excede ao normal como se houvesse nele
alguma inteligência.
Ou a rede faz
o jogo do tudo muda para nada mudar. Afinal, ela é bem contida com os anúncios
do Banco do Brasil, da CEF e outros sob o patrocínio do governo federal.
E para onde
vai (ou não) indo Dilma?
Não poderá
comparecer na decisão da Copa das Confederações no Maracanã porque sabe que será
vaiada pela multidão com todos os pulmões. E esse desagrado publico se reflete em sua popularidade que caiu 27
pontos nestes dias, situando-se ora em 30%, segundo o “Datafolha”.
Para onde
vai Dilma?
Para salvar
o seu governo, precisaria romper com o lulopetismo, pernicioso, e fazer reforma
radical no interior do seu governo, começando por reduzir pela metade seu
ministério, hoje com 39 ministros em pastas que se sobrepõem.
As coisas
como caminham tendem a piorar ainda mais para ela se não tomar medidas urgentes
e drásticas no sentido de sanar “o seu governo” que ainda não começou para
valer.
E a piora do
governo Dilma me preocupa, sabem?
Pode vir por
aí uma crise institucional embora saberemos suportá-la.
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