sexta-feira, 3 de março de 2023

A VOLTA DO MST REVIVIDO?

Sobre o possível retorno do MST voltando invadir propriedades com baixa responsabilidade pelos eventuais abusos não nego meu desapreço.

Em 16 03.2009, há 14 anos, portanto, escrevi  de modo severo contra a impunidade do MST, então, sob o Governo Lula, especialmente no 2º mandato, pelo atos de vandalismo praticados pelo movimento nas invasões.

E, o seu principal porta-voz, então, se apresentava como um valentão, "revolucionário" que ameaçava não só a manutenção dos atos disparatados no campo como atos políticos partidários desatinados. 

E, mais, esses "revolucionários" atacavam com sua sanha, terras produtivas e improdutivas e, raivosos, praticavam predações que rigorosamente eram crimes contra a propriedade, no mais das vezes, produtivas. 

A tais atos de vandalismo inaceitáveis e, a tanto, não havia por parte do Governo Federal qualquer manifestação recomendando pelo menos moderação a tais invasões que ficavam impunes.

Então, naquele ano de 2009, escrevera eu o seguinte:

"A solidariedade proposta, em março deste ano, porém, transformou-se em vandalismo exacerbado e gratuito, ao atacar instalações da Aracruz, no Espírito Santo e lá, como se daí resultasse algo que não fosse o repúdio a tais atos, danificou duas toneladas de celulose. Promoveu, também, a invasão do Ministério da Agricultura ficando claro que toda a depredação e sujeira produzida em próprios públicos são tributados aos contribuintes extorquidos sem qualquer punição aos responsáveis dessas ações. A essas atividades recentes se somam outras mais antigas que permanecem impunes e já beirando o esquecimento. Práticas do MST que permanecem impunes, também são muitas. Há, agora a expectativa do desfecho judicial que se dará, já suplantando o rastro permanente de depredação, o assassinato de quatro seguranças de fazenda invadida por seus membros." (*)

Embora haja informação de que durante o governo Bolsonaro tenham se dado 170 invasões (**) pouco divulgadas, bastou o Governo petista começar o governo para que elas voltassem agora com estardalhaço.

Com efeito, no dia 1º de março, diz a notícia, "cerca de 1.700 integrantes do MST invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose , nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas no sul da Bahia". (**

É sempre bom lembrar que Lula, em entrevista à TV Globo durante a campanha, não negara ações do MST mas que não haveria invasão de terras produtivas, lembrando que uma parcela de assentados produziam alimentos orgânicos.

Claro que a empresa e quem mais prejudicado recorrem à Justiça que tendem liminarmente a restituir a propriedade até pelo uso da força pública. 

Mas, nesse meio, os porta-vozes do movimento, deslumbrados pela repercussão proferem aquele discurso de "vítimas do sistema" e agem, de regra, de modo predatório, como se deu numa das fazendas invadidas, na qual derrubaram árvores.








(Foto: Revista Veja)

A esses campesinos sem terra se somam milhões de desempregados que não saem, estes, invadindo empresas e depredando robôs que lhes tiraram empregos.

Então, se o Governo Federal vem fazendo discurso e ações  para aumentar a produção e os empregos, criticando os juros elevados, o que faz é simplesmente assumir a política oficial de empregabilidade, reduzindo como decorrência a pobreza e a fome. Uma obrigação.

No mesmo patamar se situam, pois, os trabalhadores do campo, sem ocupação. Eles também devem ser incluídos em POLÍTICAS DE GOVERNO em vez de serem toleradas invasões predatórias como se as situações fossem diferente entre cidade e campo. Eles devem também ocupar pauta prioritária do governo de modo a serem assentados legalmente. 

Para isso, foi instituído o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que com urgência precisa mostrar a que veio e se inserir nessa questão fundamental que o MST tem aproveitado pela tolerância oficial como se vítimas fossem mas agindo na ilegalidade. 


Referências no texto:

(*) ACESSAR: "FORÇAS REVOLUCIONÁRIAS" DO MST

(**) Jornal "O Estado" de 02.03.2023



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