terça-feira, 10 de outubro de 2023

O CONFLITO EM ISRAEL. A GUERRA CONTRA O HAMAS



A bandeira a ser empunhada é a do luto.





O ataque do Hamas a Israel, tantos já disseram, se equipararia ao ataque de 11 de setembro às torre gêmeas de Nova York. Pelo fator surpresa.

Mas, em Israel o ataque do terror foi mais grave porque de certo modo desmoralizou toda a segurança israelense que contava com a eficácia e cantava para o mundo todo.

As imagens exibidas pelo Jornal Nacional edição do dia 9 de outubro foram assustadoras.

Pensava como era possível uma carnificina nestes tempos, mesmo a guerra na Ucrânia num período no qual o planeta mostra desequilíbrio ambiental severo que faz milhares de vítimas. Tanto a fazer sobre isso! Convencer aqueles que ignoram ou são indiferentes na sua ignorância.

E essa gente se matando, soltando bombas sem olhar quem vitima. Desequilibrados são estupradores.

Vizinhos ao território de Israel há a faixa de Gaza administrada pelo Hamas com apenas 365 km2 com uma população superior a 2 milhões. Então, naquela pequena faixa, vivem 5.480 habitantes por quilômetro quadrado. Um quadro difícil mas que não tem solução fácil se é que terá alguma solução.

A Cisjordânia com 5.640 km2 concentra população de 2.7 milhões ou 4.800 pessoas por quilômetro quadrado.

Israel, então, não pode ignorar esses números, o país tem os palestinos às suas portas e mais ao sul, fazendo fronteira com o Egito, a Faixa de Gaza, banhada pelo Mar Mediterrâneo, sob o comando do Hamas,  inimigo violento e traiçoeiro.

Há uma realidade desafiante nesse território. Não quero, pois, com esses números, apor um “mas” no ataque covarde do Hamas aos israelenses e não israelenses a surpresa tenebrosa que assassinou inocentes, sem esquecer as vítimas sobreviventes que foram sequestradas e são postas como objetos de chantagem nessa guerra.


O que mais se assistirá na continuidade dessa tragédia bélica?

Quantos serão os mortos de lado a lado?

E há os que exaltam essas ações, empunhando a bandeira palestina que, bom que se diga, não é a mesma do Hamas.

Não pensem esses que comemoram o ato terrorista empunhando a bandeira dos palestinos que a dor das vítimas não é a mesma para qualquer parte no conflito. Que os palestinos também não sofrem por seus mortos e feridos?

Então, essas comemorações com as bandeiras é um escárnio humano. A bandeira a ser empunhada é a do luto, lembrando mais uma fracasso da humanidade.

Abaixem as bandeiras. Elas são desrespeitosas às vítimas. Reflitam sobre o luto, pelo fracasso humanitário, hipócritas.

Abaixem essa bandeira, ignaros. Que dão pena. Não se trata de uma partida de futebol, mas duma tragédia que mesmo que haja um vencedor ele sairá muito traumatizado e não se tem certeza se alguma coisa ficará resolvida ou será piorada.

Sou solidário ao povo de Israel, civilizado e criativo, mas pelos últimos embates políticos que de lá se divulgavam, há um governo que, parece, invertera as prioridades.

Repito: Israel tem às suas portas, “na frente e nos fundos”, a população palestina que recebe dos israelenses apoio básico para a sobrevivência digna.

Mas, esse quadro complexo não se resolverá implantando o terror, o assassinato de centenas de inocentes, a perversão como faz o Hamas desde o dia 7 de outubro.

Toda a mudança nesse quadro complexo, difícil, haveria que se dar pela negociação política, colocar na mesa as possibilidades nos órgãos que congregam a cúpula internacional.

Até mesmo esperar mudança de governo em Israel.

Não pela agressão covarde.

O que restará após resolvida essa guerra?  



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