sábado, 21 de outubro de 2023

ISRAEL-HAMAS: VIDAS E QUESTÕES PENDENTES








Lula, hoje, repudiou o terrorismo do Hamas, mas criticou severamente o revide de Israel sem "concessões" resultando na morte até agora de 1500 crianças.

Há, sim, que lamentar principalmente as crianças, mas todas aquelas vítimas que sucumbiram às bombas lançadas de cada lado que nada tinham a ver com o conflito estúpido.

Israel é governado hoje por um primeiro-ministro superado pelo tempo, Netanyahu. É possível que outro em seu lugar nada disso teria acontecido, porque no que se refere aos palestinos ele nada fez, foi omisso, não enfrentou um ajuste territorial Israel-Palestina como países independentes. Ele está no poder desde 2009. 

Então, com o conflito a partir da Faixa de Gaza, milhares de movimentos em diversos países empunham a bandeira dos palestino protestando contra os ataques israelenses.

Mas, insisto, a bandeira empunhada é um equívoco porque na sua sombra está a bandeira do Hamas cujo barbárie deu causa ao revide e que, parece, vai sendo relevada.

Houve, ao discurso de Biden no dia 19 nos Estados Unidos, críticas severas porque propôs ao Congresso  americano ajuda financeira à Israel e Ucrânia.

O pedido procede, porque por trás do Hamas, está o Irã, um país que suprimiu a liberdade de expressão, que humilha as mulheres — elas são imperdoáveis em seus pecados segundo as regras islâmica — e, claro, tenta desestabilizar Israel que adotou a cultura, a liberdade ocidental que é a negação de tudo o que pratica (o Irã) quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista religioso, este, essencialmente.

Estou surpreso, pois, com ideólogos da esquerda que não compreendem esse ponto. Empunham a bandeira palestina que nada acrescentará na solução da guerra, assumindo postura contraditória.

Ou seria apenas o antissemitismo, aquele resquício dos tempos do nazismo que sobrevive no espírito de muitos ainda hoje?

Se dependesse do Irá e o seu rancor incontido, Israel seria convertido num país muçulmano..

E a Rússia de Putin?

Há os "comunistas" de ocasião que sequer sabem do trágico Stálin e apoiam os crimes de Putin na Ucrânia, como um modo de combater, parece, a cultura ocidental, a sua liberdade de expressão e, principalmente, os Estados Unidos que seriam "culpados de tudo" o que de ruim acontece no planeta, incluindo a Rússia...

Esses ideólogos desinformados, indiretamente questionam a própria liberdade que dispõem em defender até mesmo posição tão incoerente como essa.

É porque não se apercebem que usufruem da democracia.

Na guerra Israel-Hamas apresentou a Rússia uma resolução no Conselho de Segurança da ONU propondo um cessar fogo, corredores humanitários em Gaza mas não se referindo à agressão do Hamas como se os eventos fossem uma eclosão espontânea. A proposta foi rejeitada, claro, por se constituir decisão coerente pelo que Putin faz na Ucrânia,

Por isso, o Chanceler alemão Olaf Scholz no seu Parlamento, sobre a hipocrisia de Putin ele qualificou o russo de cínico:

“Fico mais do que furioso ao ouvir o presidente russo alertar repetidamente que poderá haver vítimas civis num conflito armado [entre Israel e Hamas]. Não existe nada mais cínico do que isso".

No meu modo de ver não há demonstração de cinismo como o de Putin nesses movimentos que se espalham pelo mundo, mas ingenuidade em ostentar bandeiras que não se coadunam com uma realidade subjacente. 

Insisto que só há um aspecto que a tudo supera nessa guerra insana: cuidar das crianças, salvar vidas humanas.

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